Agitação na Grã-Bretanha: para onde estamos indo?

Análise sobre a situação política britânica, em meio aos poderosos processos acelerados com o resultado do referendo sobre a saída da União Europeia.

Os eventos se movem agora à velocidade da luz. Diariamente há uma nova reviravolta na situação política do país e a Grã-Bretanha tornou-se um ponto focal para a crise europeia e até mesmo mundial. Como explicamos em artigos anteriores, a crise que se iniciou em 2008 representou a chegada a um ponto crítico que teria repercussões maciças em todo o mundo.

Editorial da Socialist Appeal, seção britânica da Corrente Marxista Internacional.

O movimento em direção à revolução se expressa hoje como uma crise política e institucional. Isto é, na verdade, reflexo dos limites do sistema capitalista, assim como aconteceu nos anos 1930.

A crise do capitalismo britânico, que já está aí há décadas, construiu pressões e contradições colossais. Os fechamentos de fábricas, a escassez de empregos, o arrocho constante e a atual austeridade se tornaram um pesadelo para os trabalhadores britânicos. Isso produziu uma raiva generalizada, especialmente contra as classes dominantes.

Isso explica em grande parte o resultado do referendo para saída da União Europeia, que tem sido descrito como uma espécie de rebelião espontânea, um grito de desespero e raiva. Grandes setores da sociedade, especialmente aqueles em áreas devastadas por anos de declínio econômico, revoltaram-se contra sua condição. No entanto, o Brexit tomou uma direção reacionária dado o fracasso dos líderes trabalhistas em oferecer uma alternativa real. Por outro lado, milhões votaram pela permanência na EU, especialmente a juventude, enjoados pela xenofobia de Farage e Johnson. Esta foi uma reação saudável, apesar de seu caráter ambíguo.

As consequências do Brexit abalaram as estruturas do sistema e tudo ficou de ponta-cabeça. Provavelmente elas irão levar a Grã-Bretanha a uma recessão, com paralisação dos investimentos e queda na produção. A libra teve sua pior queda em 40 anos e a Grã-Bretanha perdeu sua nota máxima de crédito, o que significa que os custos da dívida vão começar a subir. Impotente, Carney diz que o Banco da Inglaterra pode fazer muito pouco a respeito.

Com o déficit em conta corrente britânico no valor de £100bn, a saúde da economia está nas mãos de especuladores, que vão direcionar seu dinheiro para onde houver mais lucro. As rachaduras que foram ocultadas até agora finalmente começam a aparecer.

A classe dominante entra em pânico

A crise britânica se tornou uma crise europeia. Pela primeira vez na história um estado importante votou para sair do mercado comum e o establishment capitalista entrou em estado de pânico com medo de que a tendência do Brexit seja contagiosa. Eles temem que a Itália seja a próxima, dado seu pesado débito bancário, mas a Grécia também está à espreita. Muitos veem o Brexit como o princípio do fim.

“Os bancos europeus começaram a se mostrar instáveis, com preços de ações despencando e preços de títulos também sob pressão”, afirma o Financial Times (08/07/16).

Neste período de mudanças drásticas e repentinas, as turbulências poderiam facilmente provocar uma nova crise mundial, o que é uma possibilidade bastante plausível. A globalização claramente atingiu seus limites. Há tendências agora em direção ao protecionismo e ao isolacionismo até mesmo nos EUA. Estas tendências podem facilmente transformar uma crise econômica em depressão, como foi o caso nos anos 1930. Esta é a perspectiva para os próximos anos, o que vai intensificar por toda parte a raiva e o pessimismo generalizados.

Este sentimento explosivo deu vazão ao fenômeno do populismo na direita e na esquerda. Quanto mais fundo se observar a classe trabalhadora, mais intenso é este sentimento. Essa situação gerou um sentimento antiestablishment generalizado internacionalmente.

A Grã-Bretanha nunca esteve tão polarizada. Há um imenso abismo entre os bilionários e as classes mais baixas, os 99%. Isto está tendo consequências revolucionária à medida que os pilares do status quo são derrubados um após o outro.

Crise no partido conservador

O Brexit levou o partido conservador a uma crise. Cameron foi forçado a renunciar após apostar todas as suas fichas no resultado do referendo. Essa jogada política abriu uma caixa de Pandora e colocou um contra o outro dentro do partido, envenenando completamente as relações com Gove esfaqueando Boris Johnson pelas costas e afundando suas ambições de liderança. Agora, com Andrea Leadsom forçada a sair da disputa, Theresa May foi coroada líder dos conservadores e, portanto, Primeira-Ministra. Mas isso não irá evitar uma ruptura no futuro.

Foi isso que nós afirmamos em nossa mais recente nota sobre as perspectivas para a Grã-Bretanha:

“Em que o referendo, possivelmente programado para o verão ou outono de 2016, irá resultar é incerto. Enquanto escrevemos, pesquisas de opinião sugerem que uma maioria está contra a permanência na União Europeia. Isso pode mudar à medida que a campanha esquentar. A possibilidade de um resultado pela saída da União Europeia é grandemente fortalecida pela imensa instabilidade a pela crise da própria União Europeia, que se encontra em declínio terminal. Outra quebra da crise da dívida, um ataque terrorista, um número maior de imigrantes ou o sucesso da extrema-direita em outro país da União Europeia fariam um resultado pela saída muito mais provável. O que quer que aconteça, tudo indica que será um resultado apertado. E quanto mais apertado for o resultado, mais ressentimento irá alimentar.

“Dada a volatilidade, é possível que haja uma maioria pela saída da União Europeia. Este seria um golpe mortal contra Cameron, cuja autoridade estaria esfarrapada; ele poderia até mesmo ser forçado a renunciar. Por sua vez, isto poderia forçar a SNP a pedir um novo referendo pela independência da Escócia. Da maneira que a tendência está se desenvolvendo aqui, o resultado mais provável seria a independência da Escócia.”

Estas perspectivas têm sido corroboradas pelos acontecimentos.

A guerra dentro do partido conservador, temporariamente em trégua, poderia ainda preparar o caminho para uma cisão em algum momento. Como nós explicamos, “em outras palavras, o Partido Conservador, em sua atual forma, dificilmente vai durar muito”.

Os setores mais poderosos da classe dominante estão furiosos com Cameron e querem permanecer na Europa. Portanto, muita pressão será exercida sobre o governo do partido conservador para que negocie a permanência no mercado comum a qualquer custo. Isso colocará Theresa May em rota de colisão contra a militância do partido que votou pela saída.

Se ela recuar no Brexit, irá enfrentar a cólera dos eurocéticos dentro e fora do parlamento. O partido UKIP iria capitalizar em cima disso e a atitude seria vista como uma traição aos partidários do Brexit. Estas tensões e conflitos iriam provocar um racha no partido conservador. Em um cenário como este, a gangue dos eurocéticos iria acabar se fundindo ao UKIP para formar um novo partido nacionalista reacionário. Dada sua pequena maioria, o governo do partido conservador iria cair rapidamente.

O que quer que aconteça, o governo conservador está fadado à crise. O que quer que eles façam será errado. A crise do capitalismo britânico significa a crise de todos os partidos da classe dominante.

O movimento a favor de Corbyn

A eleição de Jeremy Corbyn transformou o cenário político, refletindo a raiva e o ressentimento colossais presentes na sociedade. A vitória de Corbyn provocou abalou a direita, assim como a classe dominante britânica, que ficou alarmada com a possibilidade de Corbyn chegar ao poder e com as forças que estão por trás dele.

O antigo ritmo lento de eventos que caracterizaram os últimos 30 anos na Grã-Bretanha foi completamente aniquilado. Como nós escrevemos em nossas perspectivas: “Um novo período de turbulência se abriu na Grã-Bretanha, algo semelhante ao que aconteceu no período entre guerras”. Nós vemos isso claramente confirmado nos eventos recentes.

Novamente, como nós escrevemos:

“Como explicou Marx, há tempos em que 20 anos passam como se fossem apenas dias, mas há também tempos em que 20 anos de acontecimentos parecem se incorporar em um único dia. Para nós, os dias lentos estão acabados. Os acontecimentos estão se movendo rapidamente. Os últimos meses têm sido uma montanha-russa de eventos, um surgindo rapidamente após o outro”.

Mas este era apenas o começo. Os acontecimentos iriam se desenrolar muito mais rapidamente do que nós havíamos previsto. É claro que é impossível prever com exatidão o ritmo dos acontecimentos. A tarefa do Marxismo é esboçar os processos gerais que se desenvolvem na sociedade.

Nossa análise afirmou que “o clima de descontentamento e raiva se expressou no movimento histórico acontecido na Escócia acerca do referendo. Ele funcionou com um condensador de toda a frustração e a raiva reprimidas ao norte das fronteiras… Nas eleições gerais de maio, o SNP deu uma lavada conquistando 56 dos 59 assentos disponíveis. O até então dominante Partido Trabalhista, sob a liderança dos blairistas [NT – facção de Tony Blair], perdeu todos os seus assentos exceto um. Foi uma derrota humilhante e um sinal do que ainda está por vir, com mudanças drásticas e repentinas na ordem do dia. Tudo o que o restante da Grã-Bretanha precisava era um ponto de referência”.

Este ponto de referência veio com a eleição de Jeremy Corbyn, A classe dominante na prática perdeu controle sobre o Partido Trabalhista. Sua única base de suporte estava na bancada parlamentar do partido.

Desde que Corbyn foi eleito, a direita tem se empenhado em uma guerra civil radical para retirá-lo do poder. Por trás deles está a classe dominante, que está determinada a restabelecer o Partido Trabalhista de volta a mãos confiáveis, e. ao campo capitalista.

A todo tempo os blairistas têm tentado desacreditar Corbyn, seja sobre o projeto nuclear Trident ou o bombardeio à Síria. Sobre a Síria, 66 parlamentares trabalhista votaram com os conservadores dando uma indicação real de suas futuras intenções. Hilary Benn assumiu o papel de líder de torcida deles e foi a principal responsável pelo último golpe. Como nós previmos, “na verdade, isto revela que na verdade há dois Partidos Trabalhistas, que inevitavelmente irão se separar em algum momento”.

Diante desta situação, mais da metade dos novos membros que se juntaram recentemente ao Partido Trabalhista apoia uma nova escolha obrigatória dos parlamentares. Infelizmente, os líderes do Momentum [NT -movimento que apoia Jeremy Corbyn] têm resistido fortemente em levar adiante este direito democrático dos membros do partido por medo de provocar a direita. Mas os blairistas não precisam de qualquer provocação para estarem determinados a se livrar de Corbyn na primeira oportunidade.

Guerra civil no Partido Trabalhista

A última tentativa de golpe aumentou a temperatura na amarga guerra civil dentro do partido. Todo o establishment britânico está tentando derrubar Corbyn. Mas isso também criou uma reação contrária, com reuniões em massa sendo realizadas por todo o país.

Cerca de 130 mil novos membros se juntaram ao partido desde o resultado do Brexit, muitos dos quais apoiariam Corbyn em qualquer votação se tivessem a oportunidade. Não obstante, um número impressionante de 180 mil pessoas pagou a taxa de £ 25 e se inscreveu como apoiador registrado no espaço de apenas dois dias.

Estes números sem precedentes são um claro indicador da radicalização que se instalou na Grã-Bretanha, com uma nova camada de milhares de trabalhadores e jovens sendo atraída à atividade política pela primeira vez.

Como explicamos anteriormente, a direita não apenas domina a banca parlamentar do Partido Trabalhista, mas também possui apoiadores entre os membros dos conselhos trabalhistas e das facções que controlam a estrutura partidária em nível local. Estes agora estão sendo mobilizados – os votos de cemitério – para tentar derrubar Corbyn.

Originalmente a direita era forçada a esperar o momento certo, mas os últimos acontecimentos forçaram ela a pesar a mão. Eles não podiam esperar nem mais um minuto e o referendo deu-lhes a deixa para agir.

Os líderes sindicais, sob pressão da militância, se manifestaram contra o golpe e deram apoio a Corbyn. No entanto, eles não são completamente confiáveis e tentaram uma espécie de “compromisso negociado” em certo momento. Mas a direita e os capitalistas não querem um compromisso que deixe Corbyn no cargo. Eles já tentaram todos os truques que tinham para tirá-lo do poder, inclusive uma ação fracassada na Suprema Corte esta semana. Mas derrubar Corbyn não tem sido tão fácil quando eles haviam pensado.

Corbyn agora foi forçado por parlamentares golpistas a disputar uma nova eleição para a liderança do partido. Em uma disputa homem a homem com Owen Smith, pesquisas entre os membros do Partido Trabalhista mostram que Corbyn pode conquistar uma impressionante maioria. Isso antes mesmo dos votos dos apoiadores registrados e dos sindicalistas filiados serem inclusos. As nomeações de dezenas de núcleos distritais do Partido Trabalhista já mostram Corbyn recebendo quatro vezes mais votos que Smith.

É possível até mesmo que Corbyn tenha uma maioria ainda mais ampla que a conquistada na eleição do ano passado. Este seria um golpe devastador contra os blairistas, que desde o começo tentam desesperadamente evitar uma nova e humilhante derrota democrática.

Desta vez, no entanto, não há volta. Está é uma luta definitiva. Os grandes capitalistas deram a eles a ordem para marchar. Há apenas um resultado possível neste processo: um racha no Partido Trabalhista. É para isto que eles estão se preparando.

Em algum momento, portanto, a classe dominante vai chegar à conclusão de que Corbyn não pode ser retirado e que eles não têm escolha a não ser dividir o partido a criar uma nova legenda pró-europeia de centro, com o SDP dos anos 1980. Os porta-vozes mais sérios dos capitalistas já estão colocando essa ideia na mesa. Como o Partido Conservador dividido e tornando-se cada vez mais impopular, eles não podem permitir que o Partido Trabalhista de Corbyn, baseado na rejeição à austeridade, chegue ao poder.

Como nós escrevemos em nossas perspectivas para a Grã-Bretanha:

“Novamente, a ideia de dividir o Partido Trabalhista seria parte dos cálculos deles. Isto poderia servir para manter o Partido Trabalhista longe do poder com em 1983, quando o SDP dividiu o voto dos trabalhistas. No entanto, diferente de 1983, a classe dominante poderia ir além e encampar a ideia de um Governo Nacional como o de 1931. Esta seria uma maneira de criar um governo mais estável composto por elementos de todos os partidos majoritários”.

No entanto, diferente de 1931, quando um punhado de parlamentares trabalhistas votaram contra a determinação do partido, a vasta maioria dos 172 que receberam a moção de desconfiança provavelmente sairão do partido. Eles têm tanto em comum com os conservadores pró-europeus que a formação de um novo partido de centro seria tarefa fácil. Isto poderia facilmente levar à formação de uma espécie de Governo Nacional.

Em um certo momento pode ser que vejamos a divisão do Partido Conservador e a criação de uma legenda de extrema-direita de um lado e de outro a fusão dos conservadores pró-europeus com os dissidentes blairistas, absorvendo ainda o que sobrou do Partido Liberal Democrata. Esta é a reconfiguração da política britânica que a classe dominante está preparando agora.

Ao mesmo tempo, o Partido Trabalhista, com a direita sendo despejada para fora, iria se mover drasticamente para a esquerda. Corbyn iria liderar um já radicalizado partido de esquerda reformista ou até mesmo de centro, com o apoio dos sindicatos e de centenas de milhares de trabalhadores e jovens recém-politizados.

Nós inicialmente acreditamos que isso aconteceria nos próximos dois ou três anos, mas o processo se desenvolveu mais rapidamente do que nós previmos. Os acontecimentos estão se movimento à velocidade da luz. Isto abrirá grandes possibilidades para as ideias marxistas. Nós precisamos construir nossas forças urgentemente de forma que possamos influenciar os acontecimentos.

Defender Corbyn! Lutar pelo Socialismo!

Nossa tarefa é apresentar de maneira clara um programa socialista revolucionário que possa oferecer uma saída para a crise capitalista. Todas as tentativas de “reformar” o capitalismo irão falhar e preparar o caminho para uma virada à direita.

No entanto, mesmo se um Governo Nacional for criado, ele não durará por muito tempo. Uma nova crise mundial irá devastá-lo. Todas as tentativas da classe dominante de restabelecer o equilíbrio econômico levarão ao desequilíbrio político e social.

As estruturas estão ruindo por toda parte e essa polarização está desestabilizando todo o cenário. Eventualmente isto assentará as bases para a chegada ao poder de um governo trabalhista de esquerda sob a liderança de Corbyn. Isso abrirá um novo e turbulento capítulo na Grã-Bretanha.

A classe dominante tentará minar este governo de esquerda, que estará sob pressão da classe trabalhadora. Ele será considerado completamente inconfiável do ponto de vista dos capitalistas.

Como na década de 1930, isso provocará uma profunda luta de classes. Nos bastidores, a classe dominante estará se preparando para um confronto com a classe trabalhadora. Como aconteceu antes da Segunda Guerra Mundial na Europa e até mesmo na Grã-Bretanha, eles se verão diante da necessidade de destruir as organizações dos trabalhadores.

À medida que a crise se aprofunda, a classe dominante não terá outra alternativa senão voltar-se à reação. Para a classe dominante, a democracia é apenas um mecanismo para fortalecer seu domínio de classe. Quando os direitos democráticos se tornam um obstáculo para o sistema capitalista, eles buscam acabar com eles. Uma leitura dos escritos de Trotsky sobre a Grã-Bretanha na década de 1930 podem servir para iluminar os processos dramáticos que se desenvolvem hoje.

Nós devemos alertar o movimento trabalhista sobre o que está em jogo. A continuação do capitalismo em um período de declínio terminal irá ameaçar seriamente os direitos democráticos da classe trabalhadora. A substituição do sistema de se torna uma tarefa cada vez mais imperiosa.

Qualquer tentativa por parte de um governo trabalhista de resolver a crise sem derrubar o capitalismo irá simplesmente intensificar a crise. Isso significará que os banqueiros e os capitalistas continuarão controlando a economia. Eles responderão com sabotagem e resistência furiosa, farão uma evasão de capitais, provocarão uma corrida pela Libra e realizarão toda sorte de chantagem para forçar o governo a se render.

O beco sem saída do capitalismo

Há somente dois caminhos: render-se ou derrubar o sistema capitalista. Não há caminho do meio. Ou a classe trabalhadora toma o poder e estabelece o socialismo ou sofrerá uma derrota esmagadora.

Toda a situação na Grã-Bretanha irá se transformar e retransformar. Isso oferecerá aos marxistas grandes oportunidades para construir um movimento de massas.

Nós devemos nos manter atentos aos desenvolvimentos que agora acontecem rapidamente. Nós devemos participar integralmente na luta contra os blairistas e intervir de maneira enérgica com nossas ideias e nosso programa.

Não há saída dentro do capitalismo. Estamos diante de uma crise permanente. Nós devemos compreender completamente o que isso significa e tirar as conclusões necessárias.

“Na atual situação mundial, o tempo é a mais preciosa matéria-prima”, disse Trotsky.

A crise da sociedade é uma crise de liderança revolucionária. Nós devemos assumir a tarefa de construir a corrente marxista na Grã-Bretanha com senso de urgência.

Artigo publicado originalmente em 29 de julho de 2016, no site seção britânica da Corrente Marxista Internacional (CMI), sob o título “Upheaval in Britain: where are we heading?.

Tradução de Felipe Libório.