A Esquerda Marxista (EM) promoveu na noite desta quarta-feira (29/7) uma plenária de ruptura com o Partido dos Trabalhadores, na Câmara de Vereadores de Joinville. Na atividade, o vereador Adilson Mariano apresentou sua saída por justa causa da sigla, acompanhada da desfiliação de mais de 300 petistas de Joinville.
A Esquerda Marxista (EM) promoveu na noite desta quarta-feira (29/7) uma plenária de ruptura com o Partido dos Trabalhadores, na Câmara de Vereadores de Joinville. Na atividade, o vereador Adilson Mariano apresentou sua saída por justa causa da sigla, acompanhada da desfiliação de mais de 300 petistas de Joinville.
Mariano abriu a plenária lembrando que os militantes da EM ajudaram a construir o PT e, dentro dele, combateram as alianças com partidos de direita e o abandono à Carta de Princípios, entre outras medidas. “Sempre denunciamos que essa política levaria o PT a abandonar sua base, mas esta avaliação só ficou explícita para a classe após as últimas eleições, com o estelionato eleitoral de Dilma”, disse. “Os trabalhadores votaram no PT, mas têm um governo do PSDB”.
Mariano explicou também que sua organização decide em setembro a forma de intervenção no parlamento e que uma das possibilidades é a entrada no Partido Socialismo e Liberdade (PSol).
Luiz Gustavo Rupp, coordenador do Centro dos Direitos Humanos (CDH), também falou sobre a base social perdida pelo PT. “Em 1986, o PT elegeu 16 parlamentares para a Assembleia Nacional Constituinte e com esse pequeno número de deputados fez mais do que faz hoje, simplesmente porque esses parlamentares não travavam uma luta institucional, mas nas ruas, ao lado da classe trabalhadora”.
Para a coordenadora do Sinte – Regional Joinville, Clarice Erhardt, os rumos do PT deixam sérios problemas nas entidades de classe como os sindicatos e a CUT, mas é preciso ter claro que a CUT não é um partido e, diferente do PT, ali temos espaço de disputa e precisamos colocar nov
amente essas entidades na defesa dos trabalhadores e da juventude e que é preciso ter um plano objetivo, de classe. Clarice enfatizou que uma Frente de Esquerda Unida contribui muito neste diálogo.
A trajetória da falência do PT teve releitura local na narrativa de Osni Batista. Filiado desde 1985, sempre fez campanha para os candidatos e, inclusive, assumiu função comissionada durante a gestão municipal de Carlito Merss. Para ele, a primeira grande decepção local foi ver na prática a política de alianças, que significou a entrega de importantes secretarias da Prefeitura a partidos hostis aos trabalhadores. A segunda mais importante, na sua concepção, foi o acordo assinado pelo então chefe de Executivo que reconhecia uma suposta dívida com as empresas Gidion e Transtusa.
Estiveram representados na mesa da atividade, além da Esquerda Marxista, dirigentes do CDH, da UNE e do Sinte. No plenário, estavam dirigentes da União Joinvilense de Estudantes Secundaristas, da Associação de Moradores do Adhemar Garcia, do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região, entre outros. Participaram da plenária de ruptura cerca de 100 pessoas.
A Esquerda Marxista impulsiona agora a construção de uma Frente de Esquerda para unificar jovens, trabalhadores, partidos de esquerda, organizações e movimento sociais pelas reivindicações dos trabalhadores e da juventude, na luta pelo fim do capitalismo e pela construção do socialismo.
As atividades de formação, plenárias e discussões sobre a Frente de Esquerda tem impulsionado militantes e jovens de origens diversas a participarem da Esquerda Marxista. Convidamos todos os militantes e ativistas a participarem das próximas atividades, para conhecerem melhor a Esquerda Marxista e a proposta de uma Frente de Esquerda que combata pelo socialismo.