Apesar de todas as benesses governamentais, que contando inclusive muitas vezes com o apoio das direções dos sindicatos e da CUT, os capitalistas mais uma vez demonstram que na hora em que seus lucros são ameaçados, são os trabalhadores, os produtores de todas as riquezas é quem ficam sem os seus empregos.
Apesar de todas as benesses governamentais, que contando inclusive muitas vezes com o apoio das direções dos sindicatos e da CUT, os capitalistas mais uma vez demonstram que na hora em que seus lucros são ameaçados, são os trabalhadores, os produtores de todas as riquezas é quem ficam sem os seus empregos.
Em São Bernardo do Campo, a crise econômica mundial acaba de vitimar 380 trabalhadores, que perderam seus empregos por causa do fechamento da planta da empresa Mangels na cidade. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC divulgou carta aberta dos funcionários da empresa: “Não é pelo fato da empresa estar encerrando suas atividades nessa planta de São Bernardo, mas sim pela forma insensível como se fez o processo de fechamento. Nós, funcionários da Mangels, estamos profundamente decepcionados com os administradores da empresa, e em especial com o presidente do grupo da Mangels, Sr. Robert Max Mangels, mais conhecido como Bob. Pois trabalhamos anos enfrentando sol, chuva e frio para atender as expectativas da Mangels e honrar os compromissos com seus clientes. Ajudamos a Mangels a alcançar o status que ela ocupa hoje no mercado nacional e internacional.
Muitos de nossos companheiros de trabalho são funcionários velhos de casa e com idade avançada. Muitos não sabem sequer preencher um currículo e venderam sua mocidade para a Mangels.
Acreditamos que merecíamos mais consideração e respeito. A Mangels se diz transparente em seus relacionamentos de negócios, mas não enxergamos transparência alguma. Pelo contrário, e isso ficou provado nesse momento em que fizeram o anúncio do fechamento dessa unidade de aços, sem se importar com os danos que viriam a causar aos funcionários. Na foto, greve dos trabalhadores contra o fechamento da Mangels.
Muitos deles haviam contraído dívidas como empréstimos pessoais, financiamentos de casa, apartamento, compra de motos e carros, justamente para facilitar o deslocamento para ir e vir até a Mangels, confiantes no emprego.
Vivemos momentos de tortura dentro da fábrica buscando respostas para várias dúvidas sem que houvesse respostas concretas. Sentimos-nos perdidos, desamparados, largados à sorte, e de uma hora para outra, sem que houvesse um preparo, vem o aviso bombástico que a Mangels iria parar com as suas atividades. Onde está a transparência que nos foi prometida?
Nesse momento nos vemos sem chão, sem palavras para comentar com nossos familiares. Resolvemos então nos unir e trabalhar juntos por uma causa e buscar algum diferencial para minimizar ao máximo os impactos que estão por vir em nossas vidas.
Estamos nesse momento unidos, juntos com nossos representantes sindicais, e com certeza iremos conquistar o que para nós estava sendo negado.
Vamos à luta companheirada, estamos no mesmo barco!”
Mais uma vez fica provado que a as benesses do governo federal, como redução de impostos, financiamento de bancos estatais com juros subsidiados e etc.. servem apenas para proteger os lucros da burguesia, e muito pouco ou nada ajudam a manter empregos, salários e direitos. Somente a luta independente e unida da classe trabalhadora poderá abrir os caminhos para a superação dessa crise.
Somente com o PT rompendo a aliança com os partidos da burguesia, e a CUT rompendo com o tripartismo, é que poderão cumprir a sua tarefa histórica de construir o governo socialista dos trabalhadores e garantir o emprego de todos. Nenhum conchavo preservará os empregos! Crise? Que a paguem os patrões.