O Dia Nacional de Luta, 11 de julho, convocado pela CUT e demais centrais sindicais realizou-se em pelo menos 19 Estados com greves, manifestações, atos, passeatas e bloqueios em vias e rodovias. Em algumas cidades ocorreram grandes manifestações e as paralisações adquiriram contornos abertamente de greves.
Em São Bernardo a mobilização agrupou 20 mil trabalhadores e jovens, em Porto Alegre praticamente ocorreu greve geral. A disposiçao de luta transbordou as direções que acanhadamente foram às ruas com uma pauta rebaixada, mas que, por levantarem pontos de interesse geral dos trabalhadores, estes acabaram imprimindo sua marca e fazendo, em muitos casos, as manifestações irem muito mais adiante do que gostariam as direções. Em Campo Grande foram para as ruas mais de 30 mil pessoas. No Paraná ocorreram greves e manifestações em muitas das grandes cidades. Em Florianópolis, os servidores municipais (Saúde, Educação, Secretarias e a empresa de lixo) paralizaram todo o dia e uniram-se a inúmeras outras categorias que se mobilizaram pela tarde em uma enorme passeata que tomou o centro da cidade.
Os trabalhadores, apesar do quase nenhum empenho prático das direções das Centrais Sindicais, mostraram que estão insatisfeitos e dispostos a lutar. Apesar, também, da confusão provocada pelas manobras de sindicalistas da CUT, e da direção do PT, que buscavam apresentar a convocação de um Plebisto sobre Reforma Política na pauta do Dia de Luta, a classe trabalhadora deu uma demonstração de que está dispostas a conquistar suas reivindicaçoes e que é possível ir até uma greve geral. O fato é que as direções sindicais majoritárias estão presas à colaboração de classes, na prática apoiam a política governamental e bloqueiam a plena potencialidade do movimento. Eles convocaram este Dia Nacional de Luta para soltar pressão. Mas, a classe trabalhadora vai continuar a lutar e no próximo período vai impor seus métodos de combate e tentar arrancar suas reivindicações maios sentidas.
A Esquerda Marxista participou e ajudou a impulsionar as lutas em Joinville, no ABC, em Recife, em Florianópolis, Campinas, Bauru, Rio de Janeiro, Dourados, Campo Grande, Curitiba, Cuiabá e outras localidades, exigindo: Publica, Gratuita e para todos: Transporte, Saúde e Educação. Fora os ministros capitalistas!