100 anos da Revolução Alemã analisados em Joinville, cidade de colonização germânica

Neste sábado (13/12), a Esquerda Marxista realizou mais uma formação em comemoração aos “100 anos da Revolução Alemã”. A atividade contou com a presença de cerca de 60 pessoas, no plenário do Sindicato dos Servidores Municipais de Joinville. A responsável pela formação foi a militante da EM Maritania Camargo.

Na exposição a camarada enfatizou a necessidade de os trabalhadores terem acesso à história que lhes pertence, lembrando o fato de que Joinville é uma cidade de colonização, predominantemente operária e muitos com ascendência germânica. Porém, lamentavelmente, a maior parte desses trabalhadores nem mesmo sabe que em 1918 aconteceu uma revolução na Alemanha, onde os trabalhadores tomaram o poder.

Maritania salientou no decorrer da discussão que a burguesia lembrou e comemorou o fim da guerra, mas não fez nenhuma menção ao fato de o fim da mesma ser também o marco da revolução. Obviamente que não há nenhum interesse da classe dominante em lembrar esse evento, portanto, cabe às organizações de classe cumprir esse papel.

O informe teve duração de uma hora com a explanação de uma linha cronológica das origens aos principais momentos da Revolução.

Para finalizar, foi enfatizada a necessidade de organização e que a lição central da derrota da Revolução Alemã foi a traição da socialdemocracia e, portanto, a não existência de um partido de massas revolucionário que estivesse à altura de dirigir o levante da classe operária alemã. Explicou-se que a Liga Spartakus era a única organização com uma política que poderia ter dado outro rumo aos acontecimentos, mas que era muito pequena, relacionando com a necessidade de nos organizarmos.

O plenário estava composto de um público predominantemente jovem e atento. Com certeza serviu de incentivo para que o estudo da Revolução Alemã nos ajude a entender os tempos atuais e a urgência eminente de nossa construção.