2007: promessa de muitas lutas

O ano novo começa com ventos poderosos que sopram em direção ao aprofundamento da situação revolucionária na Venezuela, Bolívia e em toda a América Latina.

ano novo começa com ventos poderosos que sopram em direção ao aprofundamento da situação revolucionária na Venezuela, Bolívia e em toda a América Latina. Na Bolívia, após a reação da burguesia às medidas anunciadas no final do ano passado (reforma agrária e nacionalização de outros setores da economia), trabalhadores e pequenos agricultores da província de Cochabamba saem às ruas para protestar contra o governador direitista, Manfred Reyes Villa, que se refugia em Santa Cruz após os manifestantes tomarem o palácio de governo para criar um “governo revolucionário ” provisório. Na Venezuela, o Presidente Chávez declara em sua posse a estatização de setores como gás, energia, telecomunicações, além da não-renovação da concessão do sinal de TV à reacionária rede RCTV. Na posse de seu Ministério, Chávez declara que é trotskista e adepto da teoria da revolução permanente.

Estas notícias animam as lutas dos povos da América Latina. Em São Paulo, os trabalhadores da Multibrás (fabricante de fogões) ocupam a fábrica em resposta à transferência da instalação para uma cidade do interior de SP. Ao mesmo tempo, uma tragédia anunciada mata 7 trabalhadores no acidente do metrô, causado pelo criminoso contrato “turn key” (os contratados entregam a obra ‘pronta’ para o governo) entre o governo do PSDB de São Paulo e as quatro maiores empreiteiras do país para executar a linha 4 do metrô. Apesar das constantes denúncias do sindicato dos metroviários, foi só depois da tragédia que os meios de comunicação e o governo falaram sobre o assunto. Tragédia é o que pode acontecer quando a ‘raposa toma conta do galinheiro’. Este é o resultado das famosas PPP´s (Parceria Público Privada) e da privatização dos serviços públicos.

O governo Lula anuncia o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que mantém o pagamento da impagável dívida interna e externa e ainda dilapida o patrimônio público, ao propor a venda de ações do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobrás e, ainda, com proposta de pedir empréstimo ao Banco Mundial.

Este filme nós já assistimos. A verdadeira “trava” da economia é a política de superávit e o pagamento da dívida interna e externa, que enche de alegria os banqueiros nacionais e internacionais. E continuará intocável com a proposta do PAC, ou seja, as verdadeiras causas não serão combatidas.

Por isso, tem toda a razão a tese que a Corrente O Trabalho [Maioria] apresenta para o III Congresso do PT: “a única coalizão que o povo precisa é a de um governo do PT, sem ministros burgueses, mas junto do movimento operário e camponês e suas organizações. É a estes que Lula e nosso partido devem o segundo mandato. Só um governo deste tipo pode retirar as tropas do Brasil da ocupação do Haiti, pode fazer a Reforma Agrária, reestatizar a Vale do Rio doce, as ferrovias, os serviços públicos, anular a dívida interna e externa e abrir um caminho para o socialismo”.

Companheiros: 2007 será um ano de grandes lutas da classe operária e do povo trabalhador. Desejamos a todos muita energia e força para enfrentar os grandes momentos que se avizinham. Juntem-se a nós para construirmos uma esquerda marxista no PT, que defenda os interesses imediatos e históricos do povo trabalhador.

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