Não podemos esperar as eleições enquanto Bolsonaro atrasa a vacinação e destrói a educação pública

29 de maio: Dia de luta para pôr abaixo o governo Bolsonaro!

Editorial da 2ª Edição do jornal Tempo de RevoluçãoFaça sua assinatura e receba no seu e-mail!

Mais de 450 mil mortes por Covid-19 e o Brasil chegando no topo da lista de mortalidade por coronavírus no mundo. Bolsonaro foi o porta-voz da burguesia hipócrita que falava que se o isolamento social fosse feito, teríamos fome, miséria e desemprego. Não há isolamento social desde que a pandemia começou, mas os famintos aumentaram na casa dos milhões, trabalhadores estão usando fogão à lenha porque não podem pagar o gás de cozinha e o desemprego é mais um dos recordes sinistros de um governo voltado para os interesses dos patrões.

A CPI da Covid, longe de atacar realmente o problema, é o meio que parlamentares encontraram para conseguir arrancar do governo as verbas para obras em seus estados, que podem preparar o terreno para a reeleição em 2022. A imprensa burguesa aproveita para desferir seus golpes contra Bolsonaro e apresentar seus candidatos à presidência da República, mais confiáveis e menos capazes de inflamar a ira popular com declarações esdrúxulas, porém, tão submissos ao imperialismo quanto Bolsonaro.

Entretanto, aqui ao lado, Colômbia e Chile dão os sinais da disposição de luta de jovens, trabalhadores e camponeses que derrubaram ministros, reformas que visavam atacar diretamente a vida das massas e, no caso do Chile, a direita que historicamente dominou a política nacional foi derrotada nas eleições da Constituinte. Esse processo de despertar das massas está apenas iniciando e não parece que vai terminar tão cedo.

No Brasil a situação não é diferente. A insatisfação das massas é cada vez maior e Bolsonaro está perdendo apoio popular. Esta situação poderia ser ainda mais acentuada se a “esquerda” que dirige as principais organizações da classe trabalhadora (partidos, sindicatos, movimentos sociais) não se negasse a organizar o combate contra esse governo. Greves, paralisações, atos etc., todos organizados para que durem um dia, como forma de dar vazão à ira acumulada, nada mais. Se a burguesia decide fechar uma fábrica, jogando milhares no desemprego, os dirigentes buscam, no máximo, uma negociação de indenização. A promessa é de que tudo se resolverá em 2022 com as eleições.

Novas mobilizações foram chamadas, para 26 e 29 de maio, e as direções apresentam reivindicações que estão muito distantes das demandas reais dos trabalhadores. A Esquerda Marxista estará presente neste dia defendendo a necessidade de realmente lutar para pôr abaixo o governo Bolsonaro, já! Este não pode ser apenas mais um dia de luta, não podemos esperar pelas eleições enquanto a pandemia ceifa a vida de milhares diariamente, enquanto Bolsonaro zomba das vítimas às portas da terceira onda da Covid-19 e atrasa a vacinação da população. Um governo que corta verbas da educação pública e a destrói, que ameaça a existência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), precisa ser derrubado, já!

Dia 29 vamos às ruas e estamos construindo nossa participação desde já, realizando atividades on-line, dialogando diretamente com os contatos e preparando nossos blocos. Seguimos também na preparação do “Encontro Nacional de luta: Abaixo o governo Bolsonaro! Por um Governo dos Trabalhadores, sem patrões nem generais!”, que ocorrerá no dia 10 de julho. Participe conosco, siga os protocolos de segurança e faça parte de um bloco da Esquerda Marxista. Junte-se a nós pelo Abaixo o Governo Bolsonaro, já! Por um governo dos trabalhadores sem patrões nem generais!