A Esquerda Marxista participa e chama todos à luta no dia nacional de paralisações e mobilizações.
Leia aqui o panfleto distribuido pela Esquerda Marxista nas atividades do dia 29/05. Abaixo as MPs 664 e 665! Abaixo o PL 4330! Unidade, mobilização e independência de classe para enfrentar os ataques de governos e patrões. A saída é pela esquerda!
Panfleto da Esquerda Marxista distribuído nas paralisações e atos do dia 29 de maio.
A crise internacional do capitalismo chega cada vez com mais força ao Brasil e tem significado ataques contra os direitos conquistados pela classe trabalhadora, ampliação das demissões, aumento de impostos, repressão e criminalização das lutas sociais. Diante de tudo isso, é a unidade, a mobilização, a luta de classes, que pode abrir uma saída.
Centrais sindicais e movimentos sociais convocam para 29 de maio um dia nacional de paralisações e mobilizações “Contra a Terceirização, as MPs 664 e 665 e o ajuste fiscal. Em defesa dos direitos e da democracia”, apontando a construção da “Greve Geral”.
A Esquerda Marxista participa ativamente das mobilizações do dia 29, dos atos e paralisações, convocando todos a ir à luta nesse dia.
A CUT, maior central sindical do país, deve ir além dos chamados gerais, deve explicar o significado dos ataques, organizar e mobilizar a base, colocando toda a estrutura da central e dos sindicatos para a construção de atos massivos em todo o país.
Mas a realidade é que não tem sido essa a postura da direção da central. Poucos dias antes do dia 29, não havia em destaque no site da CUT o local, data e hora dos atos em diferentes capitais, incluindo São Paulo. Isso, é claro, tem uma razão política. A direção da CUT é pressionada pela sua base a fazer alguma coisa, mas está presa pela política do tripartismo e pela defesa da colaboração de classes do governo Dilma.
Isso fica evidente quando a CUT se une à UGT e à Força Sindical e escreve uma carta à Dilma propondo o PPE (Programa de Proteção do Emprego), que significa na prática a redução da jornada de trabalho, acompanhada pela redução do salário.
A CUT também defende como alternativa para o Fator Previdenciário, a fórmula 85/95, recentemente aprovada no Congresso Nacional, escondendo que esta fórmula segue prejudicando os trabalhadores mais pobres e que começam a trabalhar mais cedo.
A MP 665, que restringe o acesso ao seguro desemprego e ao abono salarial, e a MP 664 com ataques a direitos previdenciários, foram aprovadas nos últimos dias no Senado, sem mobilização da central.
Como consequência dessa política, as lutas da classe trabalhadora seguem fragmentadas. Para construir a unidade real, a CUT precisa romper com o tripartismo, com a colaboração de classes, e defender as bandeiras que de fato representam os interesses dos trabalhadores, opondo-se sem vacilação às medidas do governo Dilma contra nossa classe.
O governo federal, aliás, intensifica a cada dia os ataques. Além das MPs e dos cortes verbas para saúde e educação, seguem as privatizações. Novos pacotes de estradas estão sendo avaliados para venda ou concessão. A Petrobras coloca à venda vários ativos, a maioria concessões do pré-sal. A BR distribuidora vai ser vendida ou terá seu capital aberto. Coloca-se em questão o controle da União sobre a Petrobras (a maioria das ações sem direito a voto estão em mãos privadas. Com a não distribuição de dividendos estas ações podem ganhar direito a voto e a união perde a maioria votante na Petrobras).
A classe trabalhadora em todo o mundo busca resistir e abrir uma saída pela esquerda. É o que vimos nas eleições do último domingo na Espanha, em que a esquerda, em especial o PODEMOS, saiu como grande vencedora nas principais cidades e regiões do país com um discurso contra a austeridade e os ataques do capitalismo.
É a luta por um futuro digno livre da opressão e exploração, por uma nova sociedade em que a classe trabalhadora tenha vez e voz, que pode abrir uma saída diante da crise do capitalismo. Por isso propomos a constituição de uma Frente de Esquerda que agrupe todos os que querem seguir o combate (militantes, sindicalistas, grupos, movimentos, coletivos, partidos, etc.) com independência de classe e pelo socialismo.
- Abaixo as MPs 664 e 665! Abaixo o PL da terceirização!
- Estabilidade no emprego para todos! Redução da jornada, sem redução de salários!
- Petrobras 100% estatal! Reestatização de todas as empresas privatizadas!
- Não pagamento das dívidas interna e externa!
- Fim do fator previdenciário! Revogação das Reformas da Previdência de FHC e Lula!
- Viva a luta internacional da classe trabalhadora! Viva a luta pelo socialismo!