Em 31 de março, completam-se 53 anos do golpe civil-militar de 1964, que tirou do poder o presidente João Goulart. Esta ditadura contra a qual os ferroviários se insurgiram desde o primeiro momento, durou até 1985.
Em 31 de março de 1964, a sede de nosso Sindicato foi invadida pela antiga Força Pública que atacou com uma violência brutal os ferroviários que realizavam assembleia para organizar a resistência ao golpe. Em Bauru, assim como em várias cidades do país, centenas de ferroviários foram presos, torturados, assassinados, sindicatos colocados sob intervenção, a maioria dos dirigentes presos.
Em 1960 os ferroviários, marítimos e portuários paralisaram o país, reivindicando paridade nos direitos de aposentadoria que era concedida aos militares. Pela firmeza da luta o governo de Juscelino Kubitschek se viu obrigado a aprovar a lei, não sem antes ameaçar e reprimir os ferroviários que não se renderam.
Durante os 21 anos do regime militar, o Congresso foi fechado duas vezes, houve cassação de mandatos de vários políticos, repressão às pessoas contrárias ao golpe, prisão de líderes, tortura em quartéis, mortes, banimentos, restrição às liberdades de reunião e livre expressão, com censura aos meios de comunicação. Em 1985 ocorre a redemocratização do país. Ditadura Nunca Mais!