O sectário teórico, pensador e dirigente do PSTU, Valério Arcary, em artigo divulgado no sitie www.pstu.org.br declarou no dia 23: “Quando a direção do PT decidiu, por iniciativa direta de Lula na campanha de 1994, aceitar dinheiro das grandes corporações, o destino do PT estava traçado. O vale-tudo eleitoral tinha, desde o início, um endereço trágico. Era, no fundo, só uma questão de tempo para que o PT evoluísse do financiamento “legal” dos monopólios para um sistema de caixa dois – a exemplo dos partidos tradicionais – e, depois, para a transferência de recursos arrecadados para os partidos aliados, o sistema de mensalão para assegurar maioria no Congresso, culminando com o enriquecimento de alguns de seus chefes, o que é sórdido.” (…)Valério consegue errar várias vezes em uma única frase.
O sectário teórico, pensador e dirigente do PSTU, Valério Arcary, em artigo divulgado no sitie www.pstu.org.br declarou no dia 23: “Quando a direção do PT decidiu, por iniciativa direta de Lula na campanha de 1994, aceitar dinheiro das grandes corporações, o destino do PT estava traçado. O vale-tudo eleitoral tinha, desde o início, um endereço trágico. Era, no fundo, só uma questão de tempo para que o PT evoluísse do financiamento “legal” dos monopólios para um sistema de caixa dois – a exemplo dos partidos tradicionais – e, depois, para a transferência de recursos arrecadados para os partidos aliados, o sistema de mensalão para assegurar maioria no Congresso, culminando com o enriquecimento de alguns de seus chefes, o que é sórdido.” (…)Valério consegue errar várias vezes em uma única frase.
1- Ele afirma que a direção do PT decidiu aceitar em 1994, dinheiro das grandes corporações. Se ele tivesse afirmado que a maioria da direção do PT aceitou financiamento de campanha das grandes corporações estaria correto. Como para todo sectário, o amalgama e embaralhamento foi escolhido como método.
2- A partir de 1994, quando o PT aceitou dinheiro dos empresários, o seu destino estava traçado. Nada mais falso. O PT traçou seu destino definitivamente em 1992 quando deu posse a Itamar depois da queda de Collor, com medo e se recusando a exigir eleições livres e diretas, as quais, muito possivelmente dariam vitória a Lula. Pouco antes, ainda em 92, a Convergência Socialista, organização que antecedeu o PSTU, provocava a sua expulsão do partido, no auge da luta Fora Collor.
3- Valério não quer ver que a decisão de aliar-se à burguesia foi a responsável pelas conseguintes práticas burguesas do PT, dentre as quais a de receber dinheiro de empresários e do estado burguês. Mas se esquece de que o PSTU também aceita, de bom grado, receber dinheiro do estado burguês (fundo partidário).
4- Depois, como fez o STF, Valério imputa ao PT a responsabilidade de aliciamento e compra de votos de parlamentares para “assegurar maioria no Congresso”. Tal qual o reacionário STF, o PSTU e seu dirigente acusam, não provam e aplaudem a criminalização dos que teriam praticado o caixa dois e a compra de votos.
5- Baseando-se no circo montado pelo STF que declarou culpados os dirigentes do PT, o sectário intelectual do PSTU declara que eles não merecem nenhuma solidariedade. Mas considera abjeta e repulsiva a hipocrisia que cercou o circo do julgamento do mensalão no STF. E não vê nada de anormal em aceitar, fiar-se no tribunal que gerou a repulsiva, abjeta e desprezível hipocrisia que foi circo do julgamento.
6- Incapaz de compreender, que o PT deixou o flanco aberto para a direita atacar a esquerda e as organizações da classe trabalhadora e que a burguesia usou isso para inaugurar sucessivos e cada vez mais contundentes ataques contra as entidades e movimentos, por ignorância e um doentio sentido de vingança, Valério concluiu que os dirigentes do PT não devem receber nenhuma solidariedade. Logo, viva a farsa, viva o circo, escancare-se as portas para que a reação ataque as organizações. Para ele nada disso importa, apenas louva a Santa Inquisição contra os hereges, nenhum recurso e defesa a eles. À fogueira! Sem imaginar que amanhã nela poderá também arder o sectário esquerdista.
Mas Zé Maria, presidente do PSTU, escorrega e diz no sitie acima citado: “O STF está frente ao desafio de, além de condenar aqueles contra os quais haja provas de corrupção no processo em curso do mensalão (…)”. Qualquer tribunal só pode condenar mediante provas, e no caso citado nenhuma prova foi apresentada, a não ser o circo, com o qual está de mãos dadas Zé.
Para fundamentar-se Zé Maria recorre ao relator do julgamento: “o Ministro Joaquim Barbosa, afirmou em seu voto que a aprovação da Reforma da Previdência em 2003 (além de outras leis importantes aprovadas neste período) foi garantida na base da compra de votos de parlamentares”. Ouvir isso de um dirigente que se diz socialista é tão repugnante e indigno quanto aceitar a Inquisição do Ministro Barbosa e seus pares. Se coerentes fossem Zé Maria e seu partido, exigiriam a condenação de todos os parlamentares ‘comprados’, o desmonte do STF e a demissão de todos os Ministros do STF por prevaricação. Mas isso não pode, porque para os sectários incorrigíveis trata-se de defender a ordem burguesa para que ela julgue o mensalão mineiro e demonstre-se justa, útil e não unilateral.
Amém. Salve Joaquim! Viva as cruzadas! Morte ao PT! Deveriam gritar Zé Maria e Valério.
Desnorteado e com sua cabeça embaralhada no redemoinho sectário, Zé Maria, para se consolar, cria cortina de fumaça vermelha e implora ao próprio STF que revogue a Reforma da Previdência feita por Lula. Nada mais patético e aviltante para as organizações de esquerda. A reforma de Lula e as de FHC devem ser derrubadas pela força das ruas e junto com elas todas as instituições burguesas. Zé se esqueceu, Valério se esqueceu, o PSTU se esqueceu das básicas lições do ABC do Comunismo.
Com a aceitação por maioria dos Ministros, de que cabem recursos relativos às sentenças dadas aos condenados, o STF mantém erguida a espada afiada para o ano de 2014. Segue pairando a ameaça, como aviso e alerta às organizações de massas. Certamente a burguesia tirará o máximo proveito disso para calar as greves e nas eleições de 2014. O PSTU entrará nessa. Certamente a santa aliança seguirá. Nós exigimos: revogação imediata das decisões da farsa do julgamento.
Para a Esquerda Marxista a defesa das organizações da classe trabalhadora e dos dirigentes, mesmo os que se aliam à burguesia, deve ser questão de princípio. A condenação e acerto de contas com os dirigentes deverão ser feitos pelo próprio movimento e suas organizações. Há que demolir as velhas e podres instituições do estado burguês e por sobre elas edificar o estado das repúblicas dos conselhos.
Nenhuma confiança no STF!
Fora Ministros burgueses!
Contra a criminalização dos movimentos!