Após onze dias do bombardeio implacável a Gaza – que matou mais de 240 palestinos (quase metade dos quais eram crianças e mulheres) e deixou milhares gravemente feridos –, Israel finalmente concordou com um cessar-fogo. O bombardeio causou o deslocamento de 75 mil pessoas. Suas casas foram destruídas e graves danos foram infligidos à infraestrutura essencial: escolas, hospitais (incluindo o único centro de vacinação e teste para Covid-19), eletricidade e abastecimento de água potável. A população de Gaza pagará por muitos anos um alto preço pelo ataque de Israel.
O regime egípcio de Al-Sisi, que durante anos aplicou um bloqueio em colaboração com o estado israelense que estrangulou os meios de vida do povo em Gaza, está reivindicando o crédito por intermediar o cessar-fogo. Junto com outros regimes árabes reacionários que se puseram do lado de Israel e o apoiaram abertamente ainda no ano passado – os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita etc. –, estão todos tentando renovar suas credenciais pró-palestinas anunciando planos de ajuda e reconstrução, que usarão como alavanca junto ao Hamas ou, caso contrário, serão convenientemente engavetados na primeira oportunidade.
Todos os regimes árabes reacionários, do Marrocos à Arábia Saudita, foram pegos de surpresa pela crescente militância da luta palestina. Em particular, eles foram pegos de surpresa pela forma como isso se conectou com o sentimento revolucionário da massa da classe trabalhadora e da juventude em todo o Oriente Médio. A legitimidade desses regimes foi enormemente abalada por esses eventos, adicionando combustível às crises revolucionárias que estão sendo preparadas nesses países.
A chamada administração “progressista” de Biden mostrou mais uma vez suas verdadeiras cores. Apoiou imediatamente o “direito de Israel à autodefesa” no decorrer da campanha de bombardeio, enquanto discretamente pressionava Netanyahu nos bastidores para concordar com um cessar-fogo assim que Israel tivesse causado destruição suficiente. A hipocrisia da pretensão de neutralidade do imperialismo dos EUA está completamente exposta. Os Estados Unidos subsidiam os militares israelenses na quantia de bilhões de dólares todos os anos, enquanto exportam enormes quantidades de equipamento militar para Israel. Ninguém pode ter dúvidas sobre a posição do imperialismo norte-americano que, como sempre, está do lado dos opressores.
Temos que ser claros: Biden e o imperialismo norte-americano não estão nem um pouco preocupados com o sofrimento do povo palestino, nem com suas demandas legítimas. O que os preocupa é que as aventuras de Netanyahu podem provocar uma desestabilização adicional dos regimes árabes amigos dos EUA na área: Egito, Jordânia, as monarquias do Golfo e outras. O que o imperialismo dos EUA realmente teme é o ressurgimento da Revolução Árabe em um nível ainda mais alto do que há dez anos.
Os jovens palestinos têm liderado uma luta de massas militante contra a guerra implacável de Israel contra seus irmãos e irmãs em Gaza. É significativo notar que a luta começou dentro das fronteiras de Israel de 1948 e foi liderada e organizada por comitês, redes e organizações que estavam fora da “liderança” oficial palestina. Isso revelou a existência de uma profunda desconfiança em relação ao Fatah e à Autoridade Nacional Palestina, bem como ao Hamas. Notavelmente, vimos a organização da autodefesa em massa contra os violentos pogroms antipalestinos por parte de turbas de extrema-direita e colonos sionistas, atacando palestinos e suas casas e lojas no território de Israel de 1948, que foram realizadas com a aquiescência ou apoio aberto das forças de segurança israelenses.
Essas mobilizações ultrapassaram as divisões existentes, unificando a luta palestina contra a ocupação, a discriminação e a opressão em Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental, nos campos de refugiados palestinos e, principalmente, dentro da linha verde israelense de 1948. Esta luta está ressoando na classe trabalhadora e na juventude de todo o mundo e inspirou uma onda internacional de solidariedade que está crescendo em escala global.
Os palestinos em luta saudaram o cessar-fogo com manifestações desafiadoras, alegria e alívio, mas também com a consciência de que nada de fundamental foi resolvido. Eles mostraram determinação e vontade de continuar lutando.
Como marxistas, saudamos com entusiasmo o surgimento de uma luta de massas palestina unificada como a conquista mais importante das últimas semanas.
As manobras cínicas de Netanyahu ficaram expostas
Netanyahu e o exército de Israel afirmam que alcançaram seus objetivos militares. No entanto, essas afirmações são vazias e pouco convincentes. Ao contrário do que Netanyahu deseja que todos acreditem, está claro que nada foi resolvido do ponto de vista da classe dominante israelense.
O cessar-fogo é apenas uma manobra tática, mas a estratégia da direita sionista de deslocar a população palestina, efetivamente roubando suas casas e meios de vida e progressivamente restringindo seus direitos, continua.
O programa dos colonos sionistas foi resumido por Arieh King, vice-prefeito de Jerusalém: “Quero que Jerusalém seja protegida para sempre como uma cidade judia, e a única maneira de protegê-la dos muçulmanos radicais é sendo mais numerosos do que eles”, ele disse. “O coração da nação judaica é o Monte do Templo – e as muralhas que protegem o Monte serão a presença judaica ao seu redor.”
O objetivo de Israel – ou melhor, de Netanyahu – nunca foi o de destruir o Hamas, mas sim de contê-lo. Netanyahu e seus aliados de direita precisam do Hamas.
Do ponto de vista militar, os foguetes do Hamas, embora melhorados em número e precisão, não são páreo para o poder de fogo de Israel, e 90% deles são interceptados por suas defesas da chamada Cúpula de Ferro. No entanto, o som das sirenes de ataque aéreo em Israel é muito útil para Netanyahu do ponto de vista político. Tem o efeito de reunir os judeus israelenses em torno do estado e do governo “em face do inimigo externo”. Esse foi o cálculo cínico de Netanyahu quando escalou as provocações na mesquita Al-Aqsa durante o Ramadã, quando um governo de coalizão, que o excluiria, estava prestes a ser formado.Além disso, Israel tem todo o interesse em jogar contra o domínio do Hamas em Gaza contra a Autoridade Palestina de Abbas, liderada pelo Fatah, garantindo a divisão e fragmentação da chamada liderança palestina. Por último, Israel não quer destruir o Hamas porque é a única força existente capaz de controlar – suprimir e policiar – a população palestina em Gaza. Nos últimos anos, Netanyahu chegou ao extremo de intervir – nos bastidores – para pressionar o regime do Catar a fim de garantir uma salvação financeira ao Hamas.
O principal objetivo de Netanyahu era usar cinicamente a escalada de guerra que ele provocou deliberadamente a fim de se salvar da pressão crescente contra ele e consolidar sua posição instável à frente de um governo em ruínas. Netanyahu não tinha meios melhores de conseguir isso do que jogar o velho jogo já testado e comprovado de confronto com o Hamas, reunindo apoio em torno de si mesmo e assumindo seu papel favorito como homem forte de Israel em face de uma emergência nacional. Exceto que, desta vez, a aposta de Netanyahu não parece ter valido a pena.
Por que não houve invasão terrestre de Gaza?
Netanyahu garantiu aos judeus israelenses que o povo palestino havia sido neutralizado, dividido, derrotado e desmoralizado. Ele assegurou-lhes que os regimes árabes vizinhos estavam dispostos a aceitar e reconhecer a existência de Israel, apesar da persistente opressão ao povo palestino e da ocupação de suas terras. Ele assegurou-lhes que, sob seu punho de ferro, Israel havia se tornado um lugar seguro para os judeus. Todas essas garantias estão sendo expostas como mentiras aos olhos da população israelense.
Aqueles, dentro e fora de Israel, que apoiaram o bombardeio de Gaza como um meio de “proteger vidas israelenses da ameaça do Hamas” agora se perguntam: como pode o governo israelense alegar que a capacidade do Hamas de montar e lançar foguetes foi destruída por esses chamados bombardeios “cirúrgicos”? Uma das principais lições dos ataques israelenses anteriores contra Gaza – martelada pelos meios de comunicação israelenses – foi precisamente a de que, sem uma invasão terrestre, o bombardeio por si só será ineficaz – mesmo supondo que Israel tenha acesso aos equipamentos de inteligência mais precisos sobre o que alvejar. Isso foi deixado claro em outubro de 2020 por Avi Kochavi, chefe do Estado-Maior de Israel, como relatou o jornal Haaretz: “É impossível alcançar o êxito sobre nossos inimigos sem a manobra [terrestre], sem uma entrada maciça de forças”.
A conclusão que os israelenses comuns estão tirando disso é naturalmente de ceticismo. Mais uma vez, haverá outra trégua incômoda – até a próxima escalada inevitável. O capitalismo e o sionismo, independentemente da figura de Netanyahu, não estão criando condições para uma vida digna ou um porto seguro para os judeus em Israel. Tudo o que eles podem garantir é a continuação do pesadelo atual e uma opressão e ódio mais profundos em linhas nacionais e religiosas.Durante o bombardeio de Gaza, em vários momentos as forças israelenses anunciaram que estavam considerando invadir Gaza – como fizeram em 2014 (matando 2.400 palestinos). Mas a ameaça de invasão terrestre nunca se materializou. Por quê?
Haaretz apontou a própria posição precária de Netanyahu como um fator-chave:
“Quanto ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no momento ele tem um mínimo de crédito público para lançar ações controversas. É difícil entrar em uma incursão militar perigosa que irá gerar pesadas baixas quando metade da população não acredita em uma só palavra do que você diz e suspeita, com algum grau de justiça, que você deliberadamente aqueceu a tensão em Jerusalém por razões políticas e pessoais.”
Os palestinos israelenses no centro da luta
As consequências imediatas do cessar-fogo confirmam, no entanto, que algo mudou na situação – e de forma bastante dramática. Longe de ser domada e desmoralizada pela exibição assimétrica de força bruta por Israel, a luta de massas palestina, liderada pela juventude, conquistou o centro do palco.
A greve geral palestina de 18 de maio, junto com o crescente desafio e determinação demonstrados ao longo do período passado pela juventude palestina dentro de Israel e nos territórios ocupados, mostrou o poderoso impacto que o movimento da classe trabalhadora pode ter sobre os acontecimentos.
Pela primeira vez em décadas, a greve geral mostrou claramente – na prática – o que temos defendido por muito tempo: que uma luta de massas unificada contra a ocupação e opressão ao povo palestino em todo o território da Palestina histórica era necessária e representaria um avanço. Não só era possível – tornou-se uma realidade.
Este é o resultado de anos de ressentimento acumulado causado pelo aumento da pressão sobre os palestinos pelas políticas discriminatórias e opressivas do Estado israelense. Nos últimos anos, testemunhamos uma rápida aceleração do projeto reacionário sionista, projetado para marginalizar e discriminar a minoria palestina dentro de Israel, junto com o crescimento do movimento de colonos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, agora totalizando mais de 650 mil colonos judeus ilegais.
Netanyahu proclamou Jerusalém como a capital indivisa de Israel, apoiado pelo anúncio de Trump de que estava transferindo a embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém. Isso foi respaldado pelo reconhecimento dos EUA das reivindicações israelenses sobre as colinas de Golan ocupadas. Enquanto isso, vimos a intensificação dos assentamentos apoiados pelo Estado israelense na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, a ponto de Israel ameaçar a anexação unilateral de partes da Cisjordânia colonizada. A aprovação da racista Lei do Estado da Nação Judaica destruiu o que restava de identificação da vasta maioria dos palestinos israelenses com o Estado israelense e provocou a revolta aberta e a alienação das camadas mais leais e conservadoras da população palestina, notadamente os drusos.
Isso removeu quaisquer ilusões de que Israel algum dia permitiria um estado palestino viável e independente. Qualquer pretensão de negociação bilateral foi posta de lado. Também significou que, embora os palestinos em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental estivessem sujeitos a um flagrante regime de ocupação, dentro de Israel a minoria palestina foi relegada à posição de cidadãos de segunda classe.
O movimento de massa contra o despejo de palestinos em Sheikh Jarrah e a violência desencadeada pelo Estado israelense contra os fiéis palestinos em Al-Aqsa no auge do Ramadã marcaram uma virada na consciência dos palestinos.
O bombardeio de Gaza então se tornou o ponto focal, unificando a luta palestina dentro e fora da Palestina, juntando-se a um amplo movimento de solidariedade internacional que mobilizou centenas de milhares de pessoas.
Impacto da greve geral palestina de 18 de maio
Os apelos por uma greve geral já estavam circulando nas redes sociais bem antes de ser formalmente adotada pelo Alto Comitê de Acompanhamento, a liderança unida da população palestina de 1948 (aqueles que vivem em Israel). A principal força motriz que organizou a greve em 18 de maio foi a rede de comitês auto-organizados e grupos de jovens que estiveram no centro dos protestos até então. Esses comitês auto-organizados surgiram apesar da passividade da chamada liderança tradicional e, em muitos casos, a desafiaram abertamente.
O site Mondo Weiss publicou um interessante relatório de um desses ativistas em Haifa, revelando a relação real entre a liderança oficial do movimento e os ativistas locais:
“Os ativistas estão acostumados a desconfiar da liderança do Comitê de Acompanhamento e alguns achavam que uma greve geral de um dia não era suficiente. Mas, em breve, no espírito da unidade e do empoderamento que permitiu o levante atual, todas as energias foram unidas para o sucesso da greve.”
O apelo se conectou com o clima existente de desafio em massa e se transformou em uma luta contra o bombardeio de Gaza, contra a ocupação, por dignidade, igualdade, em defesa do direito elementar dos palestinos de defender seus meios de subsistência e contra a violência e a opressão do Estado israelense.
A greve geral foi uma demonstração extraordinária de militância. Apesar das medidas repressivas e ameaças de retaliação anunciadas por empresas e autoridades israelenses contra os trabalhadores palestinos em greve e sem a cobertura legal dos sindicatos israelenses, a greve teve um impacto notável.
A Associação de Construtores de Israel admitiu que apenas 150 dos 65 mil trabalhadores da construção civil palestinos compareceram para trabalhar, paralisando completamente a indústria da construção. A greve também afetou os transportes, as entregas, a limpeza pública e a saúde dentro de Israel, e foi sentida em todos os setores onde há uma maior presença de mão de obra palestina.
O anúncio da greve foi recebido com forte hostilidade pela mídia. No entanto, a linguagem da luta de classes pode abrir passagem e ser entendida pelo resto da classe trabalhadora israelense, mesmo em um estágio em que a maioria dos trabalhadores israelenses judeus não estão apoiando a luta palestina, mas estão respondendo ao que eles percebem como uma ameaça à sua segurança, apoiando assim o Estado israelense.
Um comentário, relatado pelo Haaretz, de um trabalhador israelense de guindaste é sintomático do clima. Observando os canteiros de obras abandonados no dia da greve geral, ele disse: “Se todos nós lutássemos dessa forma pelos direitos dos trabalhadores talvez conseguíssemos algo”. Independentemente da opinião que este trabalhador tinha da luta palestina, é importante destacar que a greve colocou em sua mente, assim como na de muitos outros trabalhadores, a questão do que poderia ser alcançado por uma ação coletiva unida da classe trabalhadora.“Paz” imperialista – a continuação da guerra por outros meios
A luta do povo palestino contra a opressão enfrenta constantemente o risco de ser atalhada pelos apelos da classe dominante israelense à população israelense judaica para se reunir em torno do Estado contra ameaças externas. É vital para o movimento de libertação palestino que, como parte da luta geral pela libertação, táticas e formas de luta, ao longo das linhas de classe e de alargamento da divisão de classes, sejam desenvolvidas para romper conscientemente o apoio ao Estado Israelense dentro da própria população judaica. Para tanto, as camadas mais conscientes e consistentemente revolucionárias do movimento não podem se limitar a demandas puramente democráticas. Essas demandas desempenham um papel vital na luta, mas, por si mesmas, não podem resolvê-la. A solução socialista deve ser apresentada com ousadia.
Nas últimas semanas, testemunhamos pequenas manifestações conjuntas entre judeus e árabes, onde organizações de base judaica desafiaram o clima geral de hostilidade e se manifestaram abertamente em apoio à luta contra o bombardeio de Gaza. Essas manifestações são relativamente pequenas, alguns milhares no máximo, mas são importantes do ponto de vista sintomático. Como marxistas, saudamos esses movimentos e vemos como nossa tarefa lutar para quebrar as divisões nacionais e religiosas fomentadas pela classe dominante, ao longo das linhas de classe.
Agora que o bombardeio de Gaza foi suspenso, a “paz” imperialista será uma continuação da guerra por outros meios. O regime israelense tentará controlar as forças que escaparam de seu controle. A política de reduzir gradualmente os direitos palestinos e responder a quaisquer protestos com duras medidas repressivas continuará. Esta semana, centenas de palestinos foram presos em Israel. A política de despejos continua, com um novo impulso para remover famílias palestinas da área de Batn Al-Hawa, em Silwan, na Jerusalém Oriental ocupada. A recente greve geral e os protestos em massa são um desenvolvimento importante para mostrar como enfrentar isso e como o Estado israelense reacionário pode ser combatido e exposto.
O movimento palestino é parte do movimento revolucionário internacional contra a exploração capitalista e a opressão imperialista. É claro que a luta pela libertação dos palestinos não se limita às fronteiras da Palestina histórica. Está ligada à luta contra os regimes reacionários do Oriente Médio e seus apoiadores em Washington.
Um após o outro, os atuais regimes reacionários no Oriente Médio serão abalados em suas fundações por movimentos revolucionários generalizados. Como mostram o movimento revolucionário egípcio de 2011, que derrubou o regime de Mubarak, e a revolta revolucionária de 2013 contra o governo de Morsi: não basta derrubar regimes reacionários se o capitalismo também não for derrubado e se a classe trabalhadora não tomar o poder.
A luta em Israel e na Palestina só pode ser resolvida em bases socialistas, como parte da transformação revolucionária de todo o Oriente Médio. É com base nesta perspectiva que a juventude palestina revolucionária e todos os israelenses judeus que estão preparados para desafiar o Estado sionista opressor devem abordar sua luta.
O movimento revolucionário das massas na Palestina histórica está se conectando com o processo revolucionário geral contra a opressão imperialista e o capitalismo que está ocorrendo em todo o Oriente Médio. No próximo período, veremos onda após onda de movimentos poderosos da classe trabalhadora e da juventude que tentarão derrubar um regime opressor após o outro na região. É no contexto dessa perspectiva que os marxistas estão apresentando o programa de um Estado Socialista Federal de Israel/Palestina, como parte de uma Federação Socialista do Oriente Médio, onde a opressão pode ser eliminada por meios revolucionários e todos os povos, incluindo os judeus e palestinos, e todas as outras nacionalidades na região, terão o direito de decidir sobre seus próprios destinos e encontrar um caminho comum para a prosperidade.
TRADUÇÃO DE FABIANO LEITE.
PUBLICADO EM MARXIST.COM