Bauru parou geral no dia 28 de abril, mais de 10 mil nas ruas

Mais de 10 mil trabalhadores participaram de uma das maiores manifestações da história da classe trabalhadora da cidade de Bauru, interior de São Paulo.

Trinta e cinco Sindicatos constituíram um “Pacto de Unidade e Ação” para construir a greve geral e as manifestações na cidade, em conjunto com Movimentos Sociais como o MSLT, MST, MSN, Conselho da Comunidade Negra, Liberdade e Luta, entidades estudantis e culturais.  Várias categorias paralisaram suas atividades integralmente, como os condutores.

Ato de 28/4 em Bauru

A luta começou de madrugada com as concentrações em frente às garagens de ônibus para apoiar os condutores que paralisaram por 24 horas. Paralisados os ônibus, às 6 horas da manhã Centrais Sindicais, sindicatos dos metalúrgicos, ferroviários, construção civil, químicos, bancários, alimentação, de refeições coletivas, aposentados, a Esquerda Marxista, MSLT e MST, FAL, se concentraram na Praça da Paz, onde deram início a uma grande passeata pelo rodovia Marechal Rondon, entrando pela Avenida Nações Unidas e se dirigindo para a Câmara Municipal, onde outras categorias e movimentos estavam concentrados.

Em frente à Câmara Municipal de Bauru uma grande concentração com estudantes, representantes de várias categorias como dos Correios e da FAMESP que estão em greve, servidores públicos municipais, estaduais e federais, trabalhadoras e trabalhadores de empresas privadas, movimentos, partidos políticos, de onde saíram em passeata pela Avenida Rodrigues Alves.

O ápice da manifestação ocorreu quando as duas marchas se encontraram na Avenida Rodrigues Alves, com a Rua Treze de Maio. As marchas se unificaram compondo uma passeata de mais de 10 mil pessoas, dizendo não às reformas da previdência, trabalhista e às terceirizações, de Temer e sua quadrilha.

Durante a marcha pelas principais ruas do centro da cidade, lojas fecharam suas portas e funcionários aderiram à passeata. O mesmo ocorrendo com agências bancárias. A marcha chegou em frente à Câmara Municipal, onde foi realizado um grande ato público, quando representantes de várias entidades e movimentos, utilizaram a palavra para exigir o fim das reformas, o Fora Temer e o Congresso Nacional.

No caminhão de som também foi denunciado o racismo e o assassinato da juventude pobre e negra, assim como denúncias de violência praticada por policiais militares contra os moradores do Acampamento Morada da Lua com mais de 350 famílias, cujo despejo foi marcada para 23 de maio.

Este que foi um dos maiores atos da história de Bauru, e a grande adesão que ocorreu nacionalmente, demonstram que a classe trabalhadora e a juventude têm muita disposição de luta, cabendo às entidades e suas direções que representam os trabalhadores e a juventude que organizem a luta e a levem em frente. O “Pacto de Unidade e Ação” construído em Bauru mostra que isso é possível. Unidade e Luta.