Bolsonaristas aterrorizam comunidade quilombola em Joinville: Todo apoio às famílias do Caminho Curto

No início da tarde de terça-feira (01/11), uma comunidade quilombola de Joinville, Santa Catarina, sofreu intimidações e ameaças de grupos bolsonaristas que se reúnem na BR-101, próximo a um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os moradores decidiram realizar um ato para chamar a atenção das empresas de ônibus e da Prefeitura de Joinville. Em conjunto, tiveram a ideia de parar o trânsito na rua, pois o acesso ao transporte coletivo foi interrompido no início da semana e o fluxo de veículos na via aumentou desde o fechamento da rodovia no km 25, que é afastado do local.

“Aqui é uma das vias em que passam pra levar coisas como pneus e barro, para a paralisação na marginal do Posto Rudnick. A gente falou: ‘se a gente bloquear a rua, não vai ter mais o protesto, não vamos mais precisar queimar as coisas, e vão deixar passar o ônibus pra trabalhar, sem ter risco de vida’. Fizemos uma barreira pacífica, com madeiras. Aí foram chegando os carros. As pessoas estavam com raiva, sangue nos olhos. Passaram por cima e quase atropelaram três meninas da comunidade. Minhas irmãs ficaram furiosas com isso e tacaram fogo na barreira. E, num período de 5 minutos, começou a chegar muita gente que estava na paralisação na BR-101. Vieram com paus e armas, e até chegaram numa picape com 15 pessoas. Foi assustador, terrível mesmo! Temos vários vídeos disso. Queriam avançar e entrar na comunidade”, explica a coordenadora da Associação de Moradores da comunidade.

O pedido dos moradores é que o transporte coletivo retorne ao normal, para que possam voltar a se deslocar para o trabalho e também que as crianças consigam ir para a aula. As famílias sofreram ameaças e foram vítimas de racismo. Foram obrigados a fazer vigília durante a madrugada do dia 1º ao dia 2 de novembro. Ainda assim, pessoas continuam a passar de carro provocando e, na madrugada, um motociclista transitou portando arma de fogo e atirando para o alto.

O bolsonarismo precisa ser combatido de maneira organizada, nas ruas e na luta concreta contra o capitalismo. Essa tendência reacionária, resultado da degeneração deste modo produtivo, promove ações fascistas como a relatada nesta publicação. Só esmagaremos esses elementos atrasados e inimigos da classe trabalhadora e da juventude com uma efetiva construção de frente única.

  • Todo nosso apoio às famílias da comunidade quilombola do Caminho Curto!
  • Abaixo o capitalismo!
  • Viva o Socialismo Internacional!