Às 13h30 desta sexta-feira, dia 20 de setembro, o batalhão de choque da Polícia Militar invadiu a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a mando do governador Cláudio Castro (PL). O batalhão de choque entrou nas instalações da UERJ usando a força bruta para retirar os estudantes, com gás de pimenta e bombas de efeito moral. Muitos estudantes foram agredidos e imobilizados à força. Três estudantes foram presos. O deputado federal Glauber Braga que estava no local em apoio aos estudantes da UERJ também foi preso. Todos foram levados para a Cidade da Polícia Civil (CIDPOL), no bairro do Jacaré, na capital carioca.
Mais um episódio que mostra que o aparato policial burguês, quando quer, passa por cima de qualquer princípio democrático. Em uma só tacada violou o princípio da autonomia universitária e os direitos democráticos de um deputado federal eleito e no exercício de seu mandato. Cláudio Castro e a juíza de plantão foram os protagonistas da vez dessa violação de princípios democráticos.
Os estudantes da UERJ estão há quase dois meses em luta para garantir suas verbas estudantis de permanência, que foram cortadas pelo Ato Executivo de Decisão Administrativa nº 38 de 2024 (conhecido como “AEDA da fome”), em 26 de julho. Desde então os estudantes ocuparam a reitoria da UERJ, com atividades culturais e grupos de formação política, sem nunca causar danos ao patrimônio da universidade.
Essa é mais uma expressão da política de austeridade imposta ao Estado brasileiro, que conta os centavos para pagar a dívida pública realizada para garantir o pagamento da dívida interna e externa, tanto na esfera federal como na esfera estadual. Para atender as políticas do novo arcabouço fiscal restringe-se cada vez mais as verbas universitárias e utiliza-se da repressão policial para impedir que estudantes e trabalhadores lutem contra essas medidas. Nos solidarizamos aos estudantes em luta, ao deputado Glauber Braga e exigimos:
- Liberdade para os três estudantes da UERJ e Glauber Braga!
- Por todo dinheiro necessário para educação pública!
- Pelo retorno aos patamares anteriores das verbas de permanência!
- Pelo não pagamento da dívida interna e externa!