Como trabalhadores somos todos irmãos! Viva Zumbi!

Dia 20 de novembro, amanhã, o assassinato de um dos primeiros heróis do povo brasileiro, Zumbi dos Palmares, fará 317 anos.

Zumbi nasceu em uma fazenda e foi educado de forma “livre” por um padre. Como poucos de sua época, foi alfabetizado. Liderou por longos anos o maior Quilombo que se têm notícia em nossa história (local onde se refugiavam escravos, local também habitado por pessoas livres pobres e índios), o Quilombo de Palmares localizava-se na Serra da Barriga atual estado de Alagoas.

Dia 20 de novembro, amanhã, o assassinato de um dos primeiros heróis do povo brasileiro, Zumbi dos Palmares, fará 317 anos.

Zumbi nasceu em uma fazenda e foi educado de forma “livre” por um padre. Como poucos de sua época, foi alfabetizado. Liderou por longos anos o maior Quilombo que se têm notícia em nossa história (local onde se refugiavam escravos, local também habitado por pessoas livres pobres e índios), o Quilombo de Palmares localizava-se na Serra da Barriga atual estado de Alagoas.

Desde 9 de janeiro de 2003 a data foi incluída no calendário escolar através da aprovação da Lei 10.639. Algumas cidades incluíram a data como feriado.

O Quilombo dos Palmares, com dezenas de milhares de habitantes se tornou um ícone de resistência à opressão colonial e a escravidão da colônia portuguesa. Foi dizimado por um exército de 10 mil homens comandados pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.

Por toda essa história que inclusive ficou escondida por muito tempo, o 20 de novembro não deve ser apenas para um dia para relembrar a história de Palmares. No dia da Consciência Negra devemos nos lembrar da exploração e da humilhação que milhões de brasileiros passam todos os dias, da falta de serviços públicos de qualidade, da miséria, da fome, opressão e do racismo que existe no Brasil.

O racismo, assim como todas as ideologias que foram criadas com a missão de dividir os trabalhadores deve ser combatido cotidianamente de forma enérgica. Da mesma forma e com a mesma energia devem ser combatidas as políticas chamadas de discriminação positiva, como as cotas raciais. As duas ideologias bebem na mesma fonte na crença de “raças humanas” e na subordinação dos interesses de classe em detrimento da “raça”. Raças não existem,  racismo é fruto desta ideologia pseudocientífica nascida junto com o sistema capitalista, somos todos de uma única raça: a humana.

Alguns tentam distorcer a história para apagar a luta de classes e transformá-la em luta entre “raças”, entre povos com cores de peles diferentes. Tentam convencer que a culpa da escravidão e do racismo é dos “homens brancos” e não da sociedade de classes e da opressão e exploração de uma classe social sobre a outra.

Recusamos-nos a acusar os “brancos”, nos recusamos a apagar a luta de classes. Nós, os trabalhadores, somos irmãos de classe independentemente da cor da pele, do sexo, da religião, da orientação sexual, do país em que vivemos.

A violência

No último período temos acompanhado uma evolução da violência, em especial nos bairros das periferias das grandes cidades. Não estou de acordo que exista um genocídio e nem o agravamento da repressão, em especial contra a juventude. A repressão é resultante da política de criminalização dos movimentos sociais empreendida pelas elites dominantes. Não podemos nos calar diante desta situação.

Devemos continuar firmes na luta por salário igual para trabalho igual, vagas para todos nas escolas e universidades e que sejam públicas e gratuitas; serviços públicos gratuitos e de qualidade para todos, reforma agrária, estatização das empresas privatizadas. Cadeia para os racistas, unidade entre os trabalhadores!

Viva a Zumbi, herói do povo brasileiro!