Defensores das cotas reconhecem crueldade das ações afirmativas
A construção do Movimento Negro Socialista vem crescendo em todo País, através das posições do MNS, contrárias às cotas e ao Estatuto da Igualdade Racial, e a forma como tem feito suas intervenções em todos os debates, fóruns, seminários, afirmando que numa sociedade de classes, tais “políticas de inclusão das minorias” fazem parte da estratégia dos exploradores, de dividir a classe operária e trabalhadora por critérios de etnia e raça, e assim continuar mantendo o processo de exploração.
Isso é reconhecido inclusive por defensores das tais políticas de cotas e do estatuto da igualdade racial.
Em artigo publicado no site da Afropress com o título “Ação Afirmativa nos EUA: um ‘fracasso’?”, Vania Penha Lopes, doutora em Sociologia pela Universidade de Nova Iorque e pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2006-07), defensora das cotas, diz textualmente: “Os vociferantes críticos brasileiros do programa americano ignoram os sucessos que os mais de 40 anos de políticas de ação afirmativa alcançaram. Se é verdade que as políticas não eliminaram o racismo nos EUA, pelo menos elas criaram condições para a acumulação de riqueza não só durante a vida de uma pessoa, mas também de geração para geração. Numa sociedade de classes, faz sentido tentar incluir as minorias, ou poderia haver um descontentamento ainda maior entre elas”.
O MNS quer justamente o contrário, ou seja, pôr fim à sociedade de classes que tem no racismo um de seus pilares de sustentação. Fica mais evidente do que nunca que os cotistas radicais sabem o que estão fazendo: traindo a classe trabalhadora e seu maior extrato que é a população negra, pois sabem que neste modelo de sociedade, alguns com o privilégio das cotas poderão “se deus ajudar e o diabo não atrapalhar”, adquirir riqueza, e se integrar na elite dominante do País, a mesma elite que difunde e propaga o racismo.
A necessidade de organização política da população negra nunca foi tão necessária. Por isso, devemos travar uma batalha para organizar os Núcleos do Movimento Negro Socialista, nas escolas, fábricas, universidades, instrumentos centrais na luta para ajudar a população negra e a classe trabalhadora a se libertarem da exploração capitalista.
Para constituir um Núcleo do MNS, bastam três militantes que tenham acordo com a carta de Princípios e o Programa de Ação, e que assumam o compromisso de se reunirem e atuarem seguindo os princípios do Movimento. Entre em contato!