Dica de Leitura: Minha Vida, de Leon Trotsky

“Minha Vida”, de Trotsky, é um livro incrível, escrito sob o fogo dos acontecimentos e um resumo de um dos trechos mais ricos da história da humanidade, narrado a partir do ponto de vista de um dos seus mais importantes personagens. Um livro de cabeceira para todo revolucionário.

Leon Trotsky, nascido Lev Davidovich Bronstein, foi um dos mais importantes personagens da história humana. Logo nos primeiros anos de militância política revolucionária foi enviado à prisão, de onde fugiu para a Inglaterra, onde teve o primeiro contato com Lenin e a direção do Partido Operário Social Democrata Russo. Com a cisão do partido, manteve uma posição entre Bolcheviques e Mencheviques, defendendo a reunificação das duas tendências, um erro que reconheceu mais tarde.

Com as primeiras mobilizações de 1905, voltou à Rússia e foi um dos dirigentes desta revolução, o chamado “ensaio geral” para a revolução e a tomada do poder pela classe operária russa 12 anos mais tarde. Enviado à prisão, nova fuga e mais uma vez o exílio, passando por diversos países até chegar aos EUA. Manteve durante todo o período até 1917 atividade militante constante e fé inabalável nos trabalhadores russos e sua capacidade de pôr o regime czarista abaixo.

Em 1917, aos primeiros raios da revolução, retornou à Rússia e, ao lado de Lenin, esteve à frente do Partido Bolchevique que conduziu a tomada do poder pela classe operária em outubro. Nos anos que se seguiram organizou o Exército Vermelho e o comandou durante a guerra civil que a burguesia organizou contra o governo dos trabalhadores. Durante essa guerra viveu quase que permanentemente em um trem, fazendo a ligação entre as frentes e, mesmo com os pedidos de Lenin para que não se colocasse em perigo, ele relata no livro os episódios em que considerava necessário se dirigir às linhas de batalha para elevar o ânimo das tropas.

Sua luta contra Stalin e a degeneração do estado operário – a perseguição e expulsão de sua terra natal – são narradas sob a perspectiva da batalha política. Quando concluiu o livro no exílio na Turquia, em 1929, estava ainda a alguns anos de seu assassinato no México, em 1940. Era um cidadão sem passaporte que vagava pelo mundo, mas prosseguiu com firmeza o combate pela construção do partido internacional da revolução socialista, fundando a 4ª Internacional em 1938.

A Editora Sundermann lançou, no ano passado, uma nova edição de “Minha Vida” como parte das comemorações dos 100 anos da Revolução Russa.

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