Doria mantém escolas abertas em Mauá, mesmo com novos casos de Covid-19 e ausência de condições sanitárias

Os professores da rede estadual de São Paulo, na cidade de Mauá, aprovaram em assembleia regional a necessidade de debate com o dirigente da Diretoria de Ensino de Mauá. O objetivo era exigir o levantamento das escolas que têm casos de Covid-19 confirmados, e obter esclarecimento quanto aos reais motivos que causam o impedimento de suspensão imediata do trabalho presencial de professores e funcionários em escolas com casos confirmados. Foi usado como exemplo a E.E. Carlos Drummond de Andrade, onde a diretora testou positivo e até agora não existe confirmação de testes realizados, além de manter o quadro de funcionários cumprindo horário.

Nesse contexto, foram discutidas várias outras suspeitas de contaminações em outras escolas e a impossibilidade de voltar às aulas com um índice de contaminação maior do que no ano passado.  Em discussão, foi cobrada a fala do secretário de Educação Rossieli Soares que afirmou no Programa Roda Viva (8/2) que os professores da rede estadual de SP estão sendo testados. Ele citou também ser necessário ter unidade com postos de saúde e vigilância sanitária. Entretanto, sabemos que não há testes para quem está trabalhando com suspeita de contaminação, o que expõe o discurso vazio e mentiroso do secretário, que coloca a comunidade em risco novamente. Muitas informações dadas por ele não condizem com a realidade, o que deixa todos preocupados com a falta segurança para a reabertura das escolas.

Outra questão levantada foi a falta de funcionários em número suficiente para manter a higienização nas escolas e garantir o protocolo de segurança sanitária. O dirigente citou que em relação à contaminação nas escolas, ele não tem autonomia para colocar professores e funcionários em home office e, com isso, providenciar testes a todos e todas que precisem.  Quanto à falta de funcionários da limpeza, ele explicou que reconhece muitas falhas na contratação de funcionários pelas empresas terceirizadas, mas a secretária da saúde deve se posicionar atuando contra a reabertura das escolas uma vez que não existe higienização suficiente. Ficou entendido que o secretário e dirigente concordam com a autonomia das empresas terceirizadas responsáveis pelas contratações, permitindo trabalho precarizados na rede estadual. Mediante a explicação do secretário Rossieli, os professores que participaram da assembleia regional exigiram as providências do dirigente para que se cumpra o que foi citado pelo secretário da educação do estado de São Paulo.

Sabemos que não podemos confiar em um governo burguês para a defesa das vidas proletárias. Só podemos confiar em nossas forças! Por isso, seguiremos em luta pela greve total da categoria para derrotar Doria e Rossieli e impor o retorno das aulas presenciais só com vacina para todos! Junte-se a nós!