Camaradas que participam ativamente da luta de classes vão assumir a tarefa de apresentarem aos trabalhadores a luta dos marxistas pelo socialismo.
A Esquerda Marxista apresenta nesta edição os nomes dos militantes que comporão a lista de candidatos a deputados federais e estaduais, a serem homologados pelas convenções internas do Partido dos Trabalhadores, nos estados de Santa Catarina e São Paulo.
Essas candidaturas se inserem na linha de combate pela vitória do PT contra a direita,
elegendo Dilma, que, sendo a única candidata existente, foi aprovada por unanimidade no congresso.
“Para os marxistas não é,de maneira alguma, indiferente que ganhe o PT ou o PSDB, evidentemente. Mesmo que o programa de Dilma não reflita os interesses imediatos e históricos doproletariado nem abra caminhopara o socialismo, uma vitória da direita teria um tremendo impacto negativo em todas as lutas de classe no Brasil e na América Latina (…).Com uma vitória de Dilma, ou seja, do PT, os marxistas ficam em melhores condições de continuar a para a importância da organização e da utilização das entidades representativas e do Partido dos Trabalhadores para lutar contra a burguesia e o capitalismo.
O PT deve estabelecer um governo apoiado na Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento Sem Terra (MST) e demais organizações e movimentos operários para que Dilma construa sua governabilidade com os trabalhadores do campo e da cidade, sem ministros capitalistas, para avançar na aplicação de um projeto socialista.
batalha no interior do movimentooperário pelo programa correto,por nossas idéias e pelo verdadeiromarxismo. O que inclui a continuidadeda luta pela ruptura doPT com a colaboração de classe com a burguesia e a retomada da luta pelo socialismo.” (Serge Goulart, JLC, edição 29. Membro da DN do PT e do CC da Esquerda Marxista).
A prioridade das candidaturas é a defesa incondicional das reivindicações dos trabalhadores e da
juventude, sob a base do programa socialista. Suas principais tarefas serão a conscientização popular
Os pré-candidatos da Esquerda Marxista
Este ano os trabalhadores brasileiros irão às urnas escolher novamente deputados estaduais e federais, governadores, senadores e presidente da república. A Esquerda Marxista, corrente interna do Partido dos Trabalhadores, participa desse processo lançando a candidatura de quatro legítimos representantes da classe operária com extensas histórias de luta.
Em Santa Catarina, o vereador de Joinville Adilson Mariano, mais votado da história do PT/SC, será candidato a deputado estadual; Airton Sudbrack, de Jaraguá do Sul, concorrerá a deputado federal.
Em São Paulo, para deputado federal, a EM apresenta o vereador de Bauru e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários, Roque Ferreira e para deputado estadual o ex-metalúrgico Miranda, que obteve 15% dos votos para Prefeito de Caieras nas últimas eleições.
Os pré-candidatos apresentados pela EM estarão na linha de frente da luta pelas reivindicações dos trabalhadores e pela ruptura do PT e do governo com os partidos da burguesia.
ADILSON MARIANO
É vereador de Joinville desde 2001 e membro da Esquerda Marxista desde 2004. Foi operário metalúrgico e professor de história da rede estadual de ensino. Seu mandato defende incondicionalmente a classe trabalhadora, apoiando greves, posicionando-se contra os aumentos da tarifa de transporte, lutando contra a privatização dos serviços públicos, defendendo os empregos e os direitos dos trabalhadores da Cipla, Interfibra, Profiplast, Busscar, entre outras empresas.
Mariano sempre apoiou a reivindicação do passe livre para estudantes e, desde 2008, luta pela conquista da gratuidade da passagem para os idosos acima de 60 anos. Ele defendeu o direito ao trabalho dos artesãos, ambulantes, dos trabalhadores em lanches rápidos e dos mototaxistas. Mariano se posiciona a favor da redução nacional de jornada para 40 horas sem redução de salários e criticou duramente as empresas da região que praticaram a redução de horas de trabalho com diminuição de salários no período da crise econômica mundial. Apóia também as campanhas pela Petrobrás 100% estatal e pela reestatização da Vale. No município, defende a criação de uma empresa pública de transporte coletivo.
AIRTON SUDBRACK
É advogado, atua na defesa dos trabalhadores nos conflitos trabalhistas. Foi um dos fundadores do Centro dos Direitos Humanos de Jaraguá do Sul, em 1997, do qual é atualmente assessor jurídico. Exerceu a advocacia trabalhista no município de Caçador.
Em Jaraguá do Sul, foi assessor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário e, mais recentemente, da Associação Recreativa dos Servidores Públicos Municipais de Jaraguá do Sul (Arsepum). É secretário de Formação Política da Executiva Municipal do PT de Jaraguá do Sul.
Ativo militante nos movimentos sociais e sindical, Airton tem dedicado sua vida à luta em defesa dos direitos, contra o capitalismo. Seguirá lutando contra a criminalização dos movimentos sociais; contra as terceirizações e privatizações; pela reestatização de todas as empresas públicas privatizadas; na defesa da construção de empresas públicas para o transporte coletivo; pela jornada de 40 horas semanal, sem redução de salário.
Recentemente tem combatido a Prefeita Cecília Konel (DEM) e seu marido, que juntos com o exprefeito, Ivo Konel, estão no centro de uma série de denúncias de corrupção
que estão sendo investigadas por uma Comissão Especial de Investigação (CEI).
ROQUE FERREIRA
Roque é ferroviário. Dirigente sindical, há tempos luta com todas as suas forças contra a privatização das ferrovias. Desde cedo se uniu ao combate pela fundação do PT e da CUT. É dirigente do Movimento Negro Socialista (MNS). Enquanto vereador em Bauru tem lutado para organizar os movimentos em defesa dos direitos dos moradores, destacando-se nas mobilizações dos trabalhadores do comércio, contra o trabalho aos domingos, nas greves e lutas de diferentes categorias.
No último período se destacou na defesa dos servidores públicos, exigindo o direito à readaptação funcional por motivo de saúde; na luta por mais vagas nas escolas de ensino infantil e na batalha por transporte público. Além disso, posicionou-se contra o pagamento da dívida federalizada que a população é obrigada a pagar de R$ 108,3 milhões, além do valor já pago pelo município em anos anteriores, o que reduziu drasticamente a aplicação de recursos em infra-estrutura, saneamento, lazer, saúde, educação, esporte etc.
MIRANDA
Miranda foi ferroviário e integrou desde muito jovem o combate pela construção da CUT e o PT. Quando metalúrgico, na década de 80, militou ativamente, junto com a Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo, contra os dirigentes pelegos e a estrutura que atrela os sindicatos ao Estado.
No PT sempre atuou no apoio à organização dos trabalhadores, não apenas em sua região, mas na Macro Região do PT e outras. Apoiou lutas populares, como a ocupações das fábricas Flakpet, em Itapevi; Flaskô, em Sumaré e da Ellen, em Caieiras.
Miranda se destacou atuando no Movimento Negro Socialista (MNS), combatendo contra a racialização, cotas, estatuto da igualdade racial e racismo; levantando sempre a bandeira da unidade entre os trabalhadores, contra o capitalismo e pela construção do socialismo. Foi candidato a Prefeito de Caieiras nas eleições de 2008. Apoiado pelos petistas conseguiu enfrentar a direita e empolgar os militantes, apoiadores e moradores.
Agora, com sua candidatura a deputado estadual, voltará a mobilizar não só a população de Caieiras, mas também estudantes e trabalhadores vidreiros, químicos, metalúrgicos, professores, entre outros, combatendo também nas cidades do interior e na capital do estado, contra o candidato do PSDB e pela vitória do PT.