Conferência Nacional da Esquerda Marxista do PT reafirma que o racismo é um instrumento de opressão capitalista, como descrevia Steve Biko dizendo: “Racismo e capitalismo são as duas faces de uma mesma moeda”.
Na Conferência Nacional, a Corrente Marxista do PT debateu em profundidade a questão do negro no Brasil. Decidiu se engajar no processo de apoio à construção do Movimento Negro Socialista, compreendendo que o MNS se constrói e se construirá no combate ao racismo e à divisão imposta pela engenharia política e social que se expressa nas “Políticas Afirmativas” e cuja expressão maior é o pretenso “Estatuto da Igualdade Racial”. Este nega a igualdade jurídica conquistada pelo povo desde a Grande Revolução Francesa. E que tenta dividir em “raças” o povo brasileiro com objetivo de “dividir para reinar”, aplicando a política imperialista de destruição de conquistas e “redução do custo do trabalho”.
A Conferência Nacional da Esquerda Marxista do PT reafirma que o racismo é um instrumento de opressão capitalista, como descrevia Steve Biko dizendo: “Racismo e capitalismo são as duas faces de uma mesma moeda”. E por isso o MNS e toda a Esquerda Marxista do PT combinam a luta contra o racismo com a luta contra a “tribalização” da sociedade impulsionada pelo imperialismo (Conferência de Durban, etc), pelas ONGs e pela esquerda pequeno-burguesa e degenerada que assim se põe objetivamente a serviço do capital e da barbárie imperialista. O combate contra o Estatuto da Igualdade Racial e as Políticas Afirmativas é uma tarefa de todo trotskysta.
Como parte desta luta, a Esquerda Marxista do PT apoiará as iniciativas do MNS, que na medida de suas forças fará o lançamento e divulgação do Livro “Divisões Perigosas”, que é produto de nosso combate de Frente Única com intelectuais, artistas e outras personalidades.
Este trabalho, que será necessariamente muito amplo, não deve entretanto nos desviar de nosso objetivo central, que é contribuir na construção e implantação do MNS em luta pelo socialismo combatendo contra o racismo e a política de divisão da classe.
Por isso é preciso perseverar e continuar a campanha até aqui vitoriosa contra a votação do PL de Cotas e o Estatuto, construindo as bases do MNS enraizadas nas fábricas, escolas, repartições, etc. A Conferência Nacional da Esquerda Marxista do PT assume a batalha pela vitória do Encontro Nacional do MNS, no 13 de Maio, que será um importante momento deste combate revolucionário. Este Encontro de 13 de Maio deve ter como resultado uma ampliação de nossa implantação e influência, assim como o lançamento de um Boletim Nacional do MNS e de um plano de publicações de livros e brochuras sobre a questão negra, que será detalhado pela Comissão MNS da Direção Nacional da Esquerda Marxista do PT.