EDITORIAL: O que é bom para os EUA é bom para o Brasil?
Nas últimas semanas vimos pelo menos duas atitudes da diplomacia brasileira seguindo fielmente o governo Trump. Na primeira, o governo Bolsonaro decidiu votar a favor do candidato americano ao Banco Interamericano de Desenvolvimento. A segunda foi liberar a importação de álcool para o Brasil com taxas de 0%.
LEIA MAISQuando a polícia sobe o morro, o sangue escorre: guerra contra as drogas ou contra o proletariado negro?
Felipe Araujo
Todos os dias ouvimos notícias de operações policiais que alegam combater o narcotráfico e garantir paz para os moradores das favelas. Contudo, sempre que há operações vemos relatos de abusos policias e inocentes sendo mortos. Ao passo que o tráfico segue a todo vapor, cada dia lucrando mais e controlando mais áreas nos bairros operários da cidade e do campo.
LEIA MAISUm mês de aulas presenciais no Amazonas: mentiras, contágios e nenhuma segurança
Moisés Adom
Após meses de paralisação por causa da pandemia, no dia 10 de agosto professores e alunos do Ensino Médio de Manaus foram obrigados a voltar às aulas presenciais nas escolas da rede pública estadual. A justificativa do governo é que os números da Covid-19 no Amazonas estariam em queda e que um protocolo estaria sendo preparado para garantir a segurança de todos. A realidade, no entanto, não sustenta nem uma coisa, nem outra.
LEIA MAISA arapuca da “democracia” e da “liberdade”: judiciário ou mídia burguesa?
Pedro H. Corrêa
Globo, Portal GGN, revista Crusoé, TV RBS e perfis de redes sociais de ativistas e políticos sofreram este ano diversas censuras diretas ou censuras prévias pelo judiciário. Os argumentos jurídicos para tais atos são pomposos: impedir a difamação do patrimônio dos acionistas do banco BTG Pactual, combate às fake news, defesa da honra de um respeitável parlamentar como Flávio Bolsonaro etc. Os contra-argumentos das empresas midiáticas são também muito bem escritos pelos redatores profissionais: houve violação da liberdade de expressão e de imprensa, dos direitos constitucionais e do sistema democrático.
LEIA MAISEntrevista entre universitários: a crise do capital, a pandemia e os impactos no ensino superior privado
Liberdade e Luta
Uma prova de que Bolsonaro e o Congresso Nacional não representam os trabalhadores é a proposta de orçamento do governo para 2021, que prevê cortes de investimentos em educação, ciência e saúde. Estes cortes impactam diretamente nas vidas dos trabalhadores e da juventude, ainda mais sob uma pandemia, na qual a saúde é uma questão emergencial para salvar vidas. Neste contexto, a grande maioria dos trabalhadores depende dos serviços públicos de saúde, enquanto os ricos se tratam nos melhores e mais caros hospitais privados.
LEIA MAISA nota de R$ 200 e a inflação (final)
Lucy Dias
Na segunda parte dessa série, explicamos que um processo inflacionário não poderia ocorrer pela via da impressão das novas notas de R$ 200. Primeiro porque o valor das mercadorias não permaneceu constante, mas sofreu uma elevação acumulada de +2,31% nos últimos 12 meses (julho/2020) e, sobretudo, porque o custo de produção da nova nota, “valor do dinheiro”, do ponto de vista bancário, é irrelevante para elevar os preços. Neste último artigo da série vamos explorar o “valor do dinheiro” e a inflação do ponto de vista real, isto é, através das variações do câmbio.
LEIA MAISBolsonaro corta recursos da universidade no momento em que a pesquisa mais necessita de investimento para combater a pandemia
Fábio Ramirez
Durante a pandemia, o governo abriu o caixa para salvar o capitalismo e agora começa a enviar a fatura para os trabalhadores. Nunca o Estado brasileiro transferiu tanto dinheiro público para os cofres burgueses. Isso tem um preço alto e um dos setores que paga a conta é a educação.
LEIA MAISInjúria racial e racismo
Luiz Gustavo Assad Rupp
Nos últimos dias, repercutiu a decisão de uma juíza do Paraná que condenou um homem negro utilizando argumentos de cunho racial, conforme se observa neste trecho da sentença:
“Sobre sua conduta social, nada se sabe. Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos. E o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente”.
LEIA MAISO Wikileaks e o ativismo de Assange
Levy Sant’Anna
Assange é um trabalhador de tecnologia, programador, que criou o site Wikileaks, onde são vazados documentos sigilosos dos governos e monopólios de todo o mundo. Assange encontrava neste tipo de ativismo algo para que pessoas pudessem ter acesso aos dados dos documentos disponibilizados, semelhante às ações de Aaron Swartz, ativista estadunidense que se suicidou após intensa perseguição e repressão do capital.
LEIA MAISReforma Administrativa: a volta às origens do Estado burguês no Brasil
Nathan Belcavello de Oliveira
Começar um artigo que se propõe ir contra o novo ataque iniciado pelo governo Bolsonaro, concebido pelo Chicago Boy Paulo Guedes e traduzido na pretensamente chamada Reforma Administrativa com citações que demonstram desacordo, inimizade e ânsia pela capitulação do Estado, pode soar contraditório. Contudo, o que pretendemos é deixar claro contra o que lutamos.
LEIA MAISFilosofia, Ciência e Misticismo (Filosofia da História – parte 1)
Luiz Bicalho
Hegel explicou que a Filosofia da história é a própria filosofia. Em outras palavras, o conjunto do saber humano está concentrado na sua história. Mas ele enxergava isso de forma idealista. Para ele, existia um ser em constante evolução que se diferenciava de si mesmo ao adquirir novos conhecimentos através da história e se reencontrava em si ao fazer a síntese do seu eu anterior com o seu eu atual. Marx inverteu este desenvolvimento dialético idealista ao colocar a história como sendo a história feita pela humanidade em seu desenvolvimento.
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Editor: Luiz Bicalho.
Comitê Editorial: Aline Seitenfus, André Mainardi, Evandro Colzani, Francine Hellmann, Henrique de Macedo, Luiz Bicalho, Michel Goulart.
Arte de Capa: Henrique de Macedo.
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