Em assembleia realizada, dia 31 de março, os garis do Rio de Janeiro recusaram a proposta da prefeitura e a greve continua. A categoria reivindica um aumento de 25% para repor a inflação desses três anos de congelamento de salários.
Na audiência de conciliação, realizada no dia 30, a prefeitura apresentou uma proposta de 10% de aumento, escalonados da seguinte forma, 6% agora, 2% em agosto e 2% em novembro. A categoria reunida em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já indicava que rejeitaria a proposta e saíram em passeata pelo centro da cidade para dialogar com os demais trabalhadores e explicar suas reivindicações.
O sindicato marcou assembleia para o dia 31, às 15h, em Campo Grande, bairro da Zona Oeste a 40 quilômetros do Centro do Rio e mesmo assim a categoria lotou o local da assembleia. A categoria passou por cima da direção do sindicato e rejeitou a proposta da prefeitura por ampla maioria. Os piquetes continuarão firmes em frente às unidades da Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb).
A cidade já sente o impacto da greve dos garis e o prefeito Eduardo Paes (PSD) continua ameaçando e ofendendo os trabalhadores, além disso, continua cometendo irregularidades ao contratar pessoal sem qualificação e sem equipamentos de seguranças para fazer a limpeza urbana.
Todos esses ataques só fazem aumentar a força da greve, que parece estar ganhando a magnitude da greve histórica de 2014. Os garis do Rio novamente estão na vanguarda do movimento operário e a vitória de sua greve mostrará o caminho para as demais categorias lutarem pela reposição de seus salários, que foram duramente atacados no período da pandemia.
Mais uma vez os garis mostram sua força e a perspectiva de um serviço de limpeza urbana completamente estatal está mais próxima do que possa parecer.
- Todo apoio a greve dos garis!
- Pela readmissão dos garis demitidos!
- Pela estatização dos serviços de limpeza urbana!
- Trabalhadores de todos os países, uni-vos!
Rio de Janeiro, 31 de março de 2022.