Por Agência Pulsar
22/09/11
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto do governo que cria a Comissão da Nacional da Verdade. O Grupo Tortura Nunca Mais se nega a reconhecer essa Comissão nos moldes em que foi criada. A proposta da Comissão também deverá ser aprovada no Senado.
A Comissão será formada por sete integrantes, todos indicados pela presidenta Dilma. Um dispositivo proposto pelo Partido Democrático (DEM) impede a participação de militantes que lutaram contra o regime militar na Comissão.
Cecília Coimbra, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, explica que o grupo é contra essa Comissão por ter um formato antidemocrático e sem autonomia.
Para a ativista, o governo está fazendo uma “encenação” diante da comunidade internacional, após sofrer pressão por responder sobre as violações dos direitos humanos ocorridas no país, principalmente no período da ditadura militar.
Cecília ainda lembra que o Brasil é o país mais atrasado da América Latina em relação a reparação dos crimes cometidos durante a ditadura militar. Ela explica que os militantes entendem reparação de acordo com o conceito defendido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com a ONU, reparação seria um processo de investigar, esclarecer, tornar público e responsabilizar os envolvidos pelos crimes cometidos em um regime de opressão.
Site do grupo Tortura Nunca Mais, http://www.torturanuncamais-rj.org.br/