Ela não chegou a durar dez anos. Pensando em tempo histórico, é um tempo muito, muito pequeno. Mas ela revolucionou céus e terras, modificou para sempre a consciência do proletariado e preparou o caminho para a revolução proletária.
A I Internacional
Pela primeira vez o proletariado se organizava de forma independente da burguesia a nível internacional, preparava o seu caminho de forma sistemática. Pela primeira (e única) vez todas as tendências políticas do proletariado se reuniam num único partido e este tomava em suas mãos a bandeira “Proletários de todo o mundo, uni-vos!”. Pela primeira vez o proletariado tomou o poder (Comuna de Paris) e proclamava a sua ditadura, “assaltava aos céus” e mostrava que já tinha condições de dirigir a sociedade.
Extratos da Mensagem Inaugural da I Internacional:
(…) Conquistar poder político tornou-se, portanto, o grande dever das classes operárias. Parecem ter compreendido isto, porque em Inglaterra, Alemanha, Itália e França tiveram lugar renascimentos simultâneos e estão a ser feitos esforços simultâneos para a reorganização política do partido dos operários.
Possuem um elemento de sucesso – o número; mas o número só pesa na balança se unido pela combinação e guiado pelo conhecimento. A experiência passada mostrou como a falta de cuidado por este laço de fraternidade, que deve existir entre os operários de diferentes países e incitá-los a permanecer firmemente ao lado uns dos outros em toda a sua luta pela emancipação, será castigada pela derrota comum dos seus esforços incoerentes.
(…)
Se a emancipação das classes operárias requer o seu concurso fraterno, como é que irão cumprir essa grande missão, com uma política externa que persegue objectivos criminosos, joga com preconceitos nacionais e dissipa em guerras piratas o sangue e o tesouro do povo? Não foi a sabedoria das classes dominantes, mas a resistência heróica das classes operárias de Inglaterra à sua loucura criminosa, que salvou o Ocidente da Europa de mergulhar de cabeça numa cruzada infame pela perpetuação e propagação da escravatura do outro lado do Atlântico. A aprovação desavergonhada, a simpatia trocista ou a indiferença idiota com que as classes superiores da Europa assistiram a que a fortaleza de montanha do Cáucaso caísse como presa da Rússia e a heróica Polónia fosse assassinada pela Rússia; as imensas e irresistidas usurpações desse poder bárbaro, cuja cabeça está em Sampetersburgo e cujos braços estão em todos os Gabinetes da Europa, ensinaram às classes operárias o dever de dominarem elas próprias os mistérios da política internacional, de vigiarem os actos diplomáticos dos seus respectivos Governos, de os contra-atacarem, se necessário, por todos os meios ao seu dispor, [o dever de,] quando incapazes de o impedirem, se juntarem em denúncias simultâneas e de reivindicarem as simples leis da moral e da justiça, que deveriam governar as relações dos indivíduos privados, como as regras supremas do comércio das nações.
O combate por semelhante política externa faz parte da luta geral pela emancipação das classes operárias.
Proletários de todos os países, uni-vos!
Para entender um pouco o clima reinante, vamos olhar um pouco alguns exemplos de hoje. Quando o Partido dos Trabalhadores foi constituído no Brasil, só ficaram de fora os stalinistas mais empedernidos (PC, PCdoB e o MR-8). A felicidade com que todos os trabalhadores, a juventude acorria ao partido, a riqueza das discussões e a vontade de construir algo diferente se notavam em cada olhar, nos semblantes, na euforia e na disposição dos que ali se reuniam. Reinava a camaradagem e mesmo as discussões mais duras terminavam com um sentimento de que demos passos a frente. De forma semelhante, a constituição do PSUV e de seus batalhões incendeia a revolução Venezuelana e cria em todos os seus participantes uma vontade, uma disposição que antes, separados, não tinham. E, tal qual no Brasil, os stalinistas mais ranhentos também ficaram de fora.
Imagine agora a constituição de um partido internacional, com seus círculos, seus carnês de contribuição, seus ramos espalhando-se por todos os países industrializados do mundo, imaginem este partido com a presença de todos os representantes do proletariado.
Dirigida por Marx e Engels, a I Internacional atraiu todos os representantes do proletariado, socialistas utópicos, os comunistas remanescentes da Liga dos Comunistas, sindicalistas de todo o tipo, setores da pequena burguesia radicalizada. E a organização crescia e espalhava seus tentáculos por toda a Europa, difundia-se nos EUA e atraia a fúria, a raiva e o desespero da burguesia, impotente para impedir o seu crescimento. Claro, nem tudo eram flores, e o desenvolvimento político da Internacional se fazia através de uma luta renhida entre suas diferentes frações políticas. Mas a disposição se expressava nos números e a Internacional crescia a olhos vistos desde a sua proclamação.
Desde a sua fundação (1864) a Internacional já colocava como seu objetivo a conquista do poder político pelo proletariado e alertava para a necessidade de se ter uma posição sobre a situação internacional e acompanhar a política internacional. Já na preparação do seu primeiro congresso (1866), o Conselho geral propôs a luta pela redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, o fim do trabalho noturno para mulheres e crianças, a redução drástica das horas de trabalho infantil e apresentava uma orientação tática de trabalho sindical que, constatamos, é até hoje válida (hoje chamamos estas uniões de ofícios de sindicatos):
Uniões de Ofícios.
O seu passado, presente e futuro
(a) O seu passado.
O capital é força social concentrada, enquanto o operário tem à sua disposição, somente, a sua força de trabalho. Por consequência, o contrato entre capital e trabalho não pode nunca ser estabelecido em termos equitativos nem mesmo no sentido de uma sociedade que coloca a propriedade dos meios materiais de vida e trabalho, de um lado, e as energias produtivas vitais, no lado oposto. O único poder social dos operários é o seu número. A força dos números, no entanto, é quebrada pela desunião. A desunião dos operários é criada e perpetuada pela inevitável concorrência entre eles próprios.
As Uniões de Ofícios [Trades’ Unions] nasceram das tentativas espontâneas de operários para remover ou, pelo menos, controlar essa concorrência, a fim de conquistar termos de contrato tais que os pudessem elevar, pelo menos, acima da condição de meros escravos. O objetivo imediato das Uniões de Ofícios estava, por conseguinte, confinado às necessidades de todos os dias, aos expedientes para obstrução das incessantes usurpações do capital, numa palavra, a questões de salários e tempo de trabalho. Esta atividade das Uniões de Ofícios não é só legítima, é necessária. Não pode ser dispensada enquanto o presente sistema de produção durar. Pelo contrário, terá de ser generalizada pela formação e combinação de Uniões de Ofícios por todos os países. Por outro lado, sem terem consciência disso, as Uniões de Ofícios estavam a formar centros de organização da classe operária, tal como os municípios e comunas medievais o fizeram para a classe média. Se as Uniões de Ofícios têm sido necessárias às lutas de guerrilha entre capital e trabalho, elas são ainda mais importantes como agentes organizados para a substituição do próprio sistema de trabalho assalariado e dominação do capital.
(b)O seu presente.
Demasiado exclusivamente viradas para as lutas locais e imediatas com o capital, as Uniões de Ofícios ainda não compreenderam completamente o seu poder de agir contra o próprio sistema de escravatura assalariada. Por consequência, elas mantiveram-se demasiado afastadas dos movimentos sociais e políticos gerais. No entanto, ultimamente, elas parecem ter acordado para algum sentido da sua grande missão histórica, como se depreende, por exemplo, da sua participação, em Inglaterra, no recente movimento político, das perspectivas alargadas sobre a sua função nos Estados Unidos, e da seguinte resolução aprovada na recente grande Conferência de Delegados dos Ofícios em Sheffield:
“Que esta Conferência, apreciando plenamente os esforços feitos pela Associação Internacional para unir num vínculo comum de fraternidade os operários de todos os países, recomende o mais seriamente, às várias sociedades aqui representadas, a conveniência de se tornarem filiadas daquele corpo, crendo que isso é essencial ao progresso e prosperidade de toda a comunidade trabalhadora.”
(c) O seu futuro.
À parte os seus propósitos originais, elas têm agora de aprender a agir deliberadamente como centros organizadores da classe operária no amplo interesse da sua completa emancipação. Têm de ajudar todo o movimento social e político que tende para essa direcção. Considerando-se a si próprias e agindo como campeãs e representantes de toda a classe operária, elas não podem deixar de recrutar para as suas fileiras os homens ainda não associados [non-society men]. Têm de olhar cuidadosamente pelos interesses dos ofícios mais mal pagos, tais como os trabalhadores agrícolas, tornados impotentes [ powerless] por circunstâncias excepcionais. Têm de convencer o mundo inteiro de que os seus esforços, longe de serem estreitos e egoístas, apontam para a emancipação de milhões de espezinhados.
É, evidente, entretanto, que a previsão de Marx, depois do trabalho político realizado pelas diferentes internacionais, como conseqüência do retrocesso que foi a passagem da II Internacional para o lado da burguesia (veremos isso no próximo capitulo) e da degeneração stalinista da III Internacional, ao invés de estarmos no que Marx chama de “presente” estamos exatamente no ponto que ele chama de “passado”. Ou seja, a luta de classes, assim como a evolução das espécies, nem sempre anda “para frente”, mas também sofre retrocessos. O principal retrocesso é que hoje não existe uma Internacional reconhecida como tal (os marxistas, hoje, batalham pela reconstrução da IV Internacional) e fazer a intervenção que foi feita no congresso dos sindicatos da Inglaterra de propor a sua adesão a Internacional não pode ser feito. Por outro lado, o que havia era uma constatação e não um “degrau” que tem que ser subido para se chegar ao terceiro ponto e cabe aos marxistas, considerando a situação especifica de cada sindicato ajuda-los precisamente para que possam passar do “passado” (hoje o nosso presente) diretamente para o “futuro”, ou seja, um esforço consciente para que os sindicatos sejam as escolas de educação dos lutadores que vão reconstruir a IV Internacional, além dos outros objetivos (aumentar a sindicalização e organizar a solidariedade de classe).
Marx relata em carta ao militante operário Kugelmann (médico de profissão, participou da revolução de 1848 na Alemanha, membro da I Internacional) que este primeiro congresso houve um embate com os defensores de Proudhon, cujas idéias econômicas eram de um pequeno burguês radicalizado (propunha o Banco do Povo e o crédito grátis para que o operariado pudesse trabalhar por si próprio. As posições que hoje encontramos na CUT e em diferentes militantes do PT de defesa do “rebaixamento dos juros” são um eco distante destas posições). E que inclusive a delegação francesa que mais sustentava tais posições tinha sido inflada artificialmente. Como se pode ver, os problemas pelos quais passa o movimento operário não são de hoje, mas são conseqüência da pressão da burguesia e da pequena burguesia sobre a organização do proletariado. Neste caso, a vitória foi dos marxistas, mas é evidente que existia uma pressão dentro da Internacional que vai depois se expressar de outras formas e vai levar, após a Comuna de Paris a sua destruição.
A década de 1860 é a década em que os diferentes países, as diferentes burguesias se encontram em guerras constantes visando estabelecer o seu “espaço”, o seu mercado, dentro da própria Europa e também nas colônias. A derrota do proletariado na França e na Inglaterra em 1848 levou a constituição na maioria dos países Europeus de ditaduras, sejam estas burguesas como sob Napoleão III na França (Luiz Bonaparte) seja como governos oriundos da realeza como na Prússia e na Áustria (relembremos – o movimento cartista foi derrotado pela terceira vez em suas reivindicações democráticas, apesar de ter conseguido impor a lei das 10 horas de trabalho e o proletariado foi derrotado nas ruas em Paris, com 3 mil mortos e 15 mil exilados). Mas, sem outro apoio que não o da burguesia, estes governos se lançam alegremente a guerrear uns com os outros, tanto para justificar a sua existência como para conquistar colônias e, primordialmente, garantir os mercados continentais, já que a Inglaterra reinava sozinha sobre os sete mares, baseada no seu maior desenvolvimento econômico e nas suas colônias espalhadas pelo mundo.
A guerra civil americana desenvolveu-se de 1861 a 1865 e representou um avanço geral, inclusive com a libertação dos escravos. O proletariado inglês, sob a influência da I Internacional, conseguiu através da pressão impedir que a burguesia inglesa entrasse na guerra ao lado do sul escravagista. Mas o proletariado na Europa, massacrado em 1848/49, não tinha o peso suficiente para impedir as guerras continentais. A França imperial ataca então a Prússia. E, surpresa, o governo francês que já estava desmoralizando-se de todos os lados, é derrotado pela Prússia que aprisiona o imperador “Napoleão” e invade a França chegando às portas de Paris. A República é decretada e os membros do governo da República são exatamente os que organizam a derrota e a “paz” com a Alemanha, entregando duas províncias a Alemanha (Alsascia e Lorena) e aceitando pagar uma indenização de guerra e o desarmamento da Guarda Nacional.
A I Internacional e suas seções, em particular a seção alemã, intervieram primeiro propondo que o proletariado apoiava a guerra defensiva da Alemanha contra a França (guerra que representava a revolução burguesa na Alemanha), mas que se opunha vigorosamente a transformação desta guerra em uma guerra de conquista. Como explica o II Manifesto sobre a guerra, o proletariado alemão não tinha as condições de impor esta posição a um governo que era vitorioso e que, apesar disso, usava esta vitória não só contra o povo francês como contra o povo alemão recusando-se a unificar toda a Alemanha (o que incluiria a Áustria). É nestas condições que o proletariado de Paris, representado pela sua Guarda Nacional, insurge-se contra as ordens do governo burguês de entregar suas armas e proclama-se governo de Paris, através de sua Comuna.
A Comuna de Paris, como primeiro governo proletário que vinha a lume no mundo, cometeu um série de erros. Foi, nas palavras de Marx, “um assalto aos céus”. Mas os bravos proletários de Paris fizeram o seu melhor e mostraram ao mundo, mostraram a todos os operários e a todos que quiseram aprender, os marxistas em primeiro lugar, que a classe operária pode governar o mundo. Constituíram um governo onde cada mandato era revogável no momento em que desrespeitasse a vontade de seus eleitores. Um governo “barato”, o sonho de toda a pequeno-burguesia, ao estabelecer que o salário de qualquer funcionário público fosse no máximo igual ao salário de um operário especializado. Tornaram a justiça ágil, ao eleger seus juízes. Fundiram o órgão parlamentar com o Executivo. Organizaram a produção nas empresas que estavam sendo abandonadas pelos patrões. Organizaram a distribuição da comida em uma cidade faminta. Mas era somente uma cidade e a França rural ainda se encontrava paralisada, prostrada frente à burguesia. E esta não teve pudores.
Enquanto a Comuna só fuzilou um de seus reféns (o bispo), a burguesia concentrada em Versalhes (a 100 km de Paris) mandou matar a todo integrante da Comuna que fosse preso, a todo membro da Guarda de Paris que fosse preso. Enquanto a Comuna, ingenuamente, tentava negociar com Versalhes, estes negociaram com os alemães (teoricamente seus inimigos) e conseguiram a libertação dos prisioneiros franceses, armados, para poderem esmagar a Comuna. Lenin e Trotsky vão depois lembrar estas lições e, ainda sim, Trotsky vai dizer que a Revolução Russa no seu início foi demasiado piedosa. A Comuna tentou reorganizar a produção, mas não tomaram de assalto os bancos de Paris. Sim, era ainda o início.
Dos membros eleitos da Comuna (aproximadamente 60), a maioria de proletários, a Internacional contava com apenas 15, dos quais somente 2 poderiam ser contados como Marxistas. E a burguesia francesa, rearmada pela burguesia aAlemã, atacou e fuzilou mais de 80 mil operários nas ruas de Paris. A comuna foi afogada em sangue. Mas a sua bandeira mantém-se até hoje.
O resultado sobre a Internacional foi devastador. É necessário lembrar que apesar de incluir todas as tendências proletárias no seu interior, do seu crescimento sem precedentes, a Internacional sofria a pressão da burguesia, dentro e fora dela. Dentro, a maior pressão foi representada pelos anarquistas, que propunham que a classe operária não poderia ter uma ação política, somente econômica. E, em função desta análise, trabalhavam para dissolver o Conselho Geral dirigido por Marx e por destruir as Confederações Nacionais, onde podiam ter influencia. No seu ardor de luta contra a posição do Conselho Geral, teorizaram contra “toda autoridade” e propunham que a única forma de funcionamento de uma sociedade futura seriam “comunas” livres, ligadas apenas por relações de troca. Em outras palavras, ao invés de avançar em direção ao socialismo, propunham regredir em direção ao feudalismo. Este combate se fazia tanto nos congressos da Internacional (desde 1866) como em todos os países. E, após a derrota da Comuna, enquanto a Internacional realizava uma Conferência secreta (nas condições de repressão que então se abatiam) eles realizaram um Congresso para… denunciar o Conselho Geral, onde a maioria das seções que compareceram estavam presas ou tinham sido dissolvidas pela repressão. Dentro da Internacional, organizaram-se em uma sociedade secreta, Aliança dos Democratas Socialistas, dirigida por Bakunim. Mas vieram à luz para denunciar com todas as forças o Conselho Geral após a derrota da Comuna. As lutas heroicas do proletariado unem os revolucionários, e separam aqueles que são prisioneiros da pressão da burguesia. E foi isto que aconteceu logo depois da derrota da comuna.
Os representantes franceses da dita “Aliança” vão a Londres, para falar em nome da “comuna” e propor que os proletários devem lutar “pela volta de Napoleão III”, aquele que governou a França por mais de 20 anos, massacrou o proletariado e organizou a serie de guerras imperialistas francesas. Grande destino para quem se proclamava socialista. De contrários à ação política para o apoio a um governante (deposto) burguês!
Apesar disso, em 1872, se reúne em Haia um Congresso da Internacional, com toda a repressão. E adota por maioria de 29 votos, contra 5 e 8 abstenções a necessidade da constituição do proletariado em partido político, constituindo-se numa derrota para os anarquistas. E decidiu mudar o Conselho Geral para Nova York, para fugir da repressão. Durante dois anos, apesar da repressão intensa, a Internacional ainda tinha alguma vida. Mas a destruição da maior parte das seções levou a que no final sobrassem os comunistas alemães então organizados em um partido próprio. O Conselho Geral dissolveu-se em Nova York. E Engels escreve que a velha Internacional cumpriu o seu papel. Trata-se agora de trabalhar para uma nova Internacional, que deverá seguir os princípios marxistas.
Cronograma da I Internacional
Comentário
1864Fundação da I Internacional
1861-1865Guerra Civil nos EUA
1865Conselho Geral da I Internacional
1867Marx escreve O Capital
Anarquistas e Comunistas
1871Comuna de Paris
A Internacional durante a Comuna
A Internacional após a Comuna
1873Fim da I Internacional
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