Impugnação da Chapa 3 no Sinte Joinville: Um golpe da burocracia sindical

Na tentativa de impedir a expressão de um setor muito significativo, senão majoritário, dos servidores estaduais em Joinville, a Corrente “O Trabalho” do PT (chapa 2), na figura de Osvaldo França, pediu a impugnação da chapa 3 para a regional de Joinville sob a alegação de que alguns candidatos ACTs estariam irregulares quanto ao prazo de filiação para concorrer ao pleito.

Agora pela manhã (17/05), fomos extraoficialmente informados pela direção regional do Sinte que a Comissão Eleitoral Estadual impugnou a chapa 3 e há poucos minutos recebemos a ata da Estadual. Portanto, a chapa 2 tenta nos impedir de participar do pleito.

Essa é uma decisão absurda, burocrática e sem conformidade inclusive com o que prevê o regimento eleitoral: em caso de algum nome impugnado, as chapas têm direito a defesa e, em último caso, à substituição dos nomes. Tal ação não condiz com a história do Sinte e visa tão somente impedir a expressão e organização dos servidores diante da atual situação do Sinte em todo o Estado de SC. A chapa 2 se utiliza da maioria burocrática da comissão eleitoral para barrar a oposição de disputar a eleição.

Mais absurdo ainda é que a Comissão Estadual passa por cima da decisão da Comissão Regional que homologou as três chapas regionais com voto da maioria da comissão na última sexta-feira (13/05), sem nem mesmo se dar ao trabalho de analisar os argumentos e a diferença entre os nomes e ignorando todos os prazos regimentais (tanto para impugnação, quanto para defesa).

A alegada irregularidade consiste na não validação de candidaturas de trabalhadores ACTs, ainda que filiados e devidamente regularizados até a data do protocolo da chapa, já que, não sendo dessa forma, os milhares de servidores que foram admitidos tanto em caráter temporário, como efetivados em 2022, de participar com amplos direitos do sindicato.

Essa é uma clara tentativa de ganhar as eleições “no tapetão” e de evitar que os novos trabalhadores da educação participem do sindicato. Não bastasse o governo fazer de tudo para dividir nossa categoria, agora os próprios dirigentes sindicais tentam criar um fosso entre os iguais. Os direitos sindicais estão diferenciados, segundo a avaliação da comissão, entre os ACTs de 2022 e de 2021, um descompasso com a democracia sindical.

Na imagem que postamos junto a este texto, é possível ler a ata da Comissão Eleitoral Estadual e a defesa feita pela maioria da comissão regional que foi completamente ignorada.
A Chapa 3 não irá desistir do pleito, irá discutir com a categoria e recorrer a todas as instâncias sindicais para reverter esta situação. Todos os prazos para recorrer da decisão já se esvaíram, mas a ação em curso é política e nossa tarefa é elevar o nível de discussão sobre o sindicato.

Nossa primeira ação é dialogar com os servidores em cada local de trabalho, em seguida recorrermos a todas as instâncias do sindicato com o intuito de desmascarar as velhas raposas da burocracia sindical do Sinte. A chapa 2 não intimidará a chapa 3 de lutar pela livre organização sindical.

Desde já convidamos todos a dialogar com os demais servidores em cada escola com o intuito de garantir a homologação da chapa 3 e, portanto, o direito a concorrermos. No decorrer da semana vamos orientar nossos simpatizantes sobre como ajudar para que a Chapa 3 consiga participar do pleito e a livre escolha dos servidores seja garantida. O Sinte é dos trabalhadores em educação, não da burocracia sindical!

Filie-se ao sindicato até dia 21 de maio, data limite para votar na chapa 3 e em nossos conselheiros.

Organize sua escola. Junte-se a nós!