Um ato de lançamento da pré-candidatura do camarada Caio Dezorzi a deputado federal ocorreu no ECLA (Espaço Cultural Latino-Americano). Cerca de 40 militantes e apoiadores compareceram à atividade realizada em 1 de julho. A abertura do evento contou com falas de membros do Comitê de Pré-campanha: Pedro Bernardes Neto, do Coletivo Educadores pelo Socialismo, de Lucy Dias, do Movimento Mulheres pelo Socialismo, de Luiz Checchia, representante da Ação Comunista Revolucionária, além de Vinícius Camargo, da Esquerda Marxista, que coordenou os trabalhos. Tivemos também saudações acompanhadas de uma breve explanação de seus pontos de vista sobre a situação política dos companheiros Renato Assad, do Socialismo ou Barbárie e também pré-candidato a deputado federal pelo PSOL, e do camarada Rafael Prata, da Esquerda Marxista de Campinas.
[table id=13 /]Após as falas dos representantes do comitê e das saudações, Caio fez uma análise da conjuntura política e do papel que deverá cumprir uma candidatura revolucionária na atual situação, quando em todo o mundo o traço comum no cenário político é a instabilidade e a imprevisibilidade. O Brasil não está numa bolha, ele é atravessado pelo mesmo fenômeno de acirramento da luta de classes que varre o mundo, em decorrência da crise econômica mundial e da tentativa da burguesia de fazer a classe trabalhadora pagar pela crise.
Em processos eleitorais recentes pelo mundo, os velhos partidos tradicionais perdem espaço diante do forte rebaixamento das condições de vida e de sua consequente hostilidade à institucionalidade e aos governos. As massas experimentam novas saídas, à esquerda ou à direita. Há grande polarização social. A burguesia abandona seus serviçais reformistas, dado que cada vez mais não são reconhecidos pela massa trabalhadora, não servem mais como conciliadores e como freios aos levantes contra o sistema.
Em diversos países vimos surgirem e crescerem alternativas à esquerda, particularmente no campo eleitoral. A classe trabalhadora tem se apegado a elas para tentar encontrar uma saída em sua luta. Mas, sem uma direção verdadeiramente revolucionária, tais alternativas tendem a sucumbir ao reformismo e à conciliação de classes e a se tornarem um obstáculo para a tomada do poder pelos trabalhadores. É o que vimos acontecer com o Siriza, na Grécia, ou o PODEMOS, na Espanha. A extrema-direita e mesmo setores tradicionais da burguesia, aproveitando-se do espaço deixado pelos partidos tradicionais desgastados e da desesperança nos políticos de sempre, apresentam seus candidatos menos comedidos em seu programa capitalista, ou que buscam introduzem candidatos que aparecem como limpos da corrupção dos políticos tradicionais, e como uma alternativa radical ao status quo. Mesmo com um programa absolutamente anti-popular, muitas vezes conseguem atrair a atenção e mesmo alcançar vitórias eleitorais, como vimos com a eleição de Trump, Macron ou Macri.
Aqui no Brasil, o PSOL está chamado a cumprir o papel de expressar os anseios do povo trabalhador. Caio explicou que neste processo eleitoral os marxistas devem se mostrar claramente como uma alternativa ao sistema, pela esquerda e claramente explicando que não há saída de fato sem uma revolução socialista. Essa será a consigna durante o processo eleitoral que nos espera a partir de agosto, consigna que apresentamos desde o evento de lançamento desta pré-candidatura. “Um candidato contra o sistema, pela revolução socialista!” Consideramos a campanha eleitoral como uma oportunidade para a propaganda e a construção das forças do marxismo.
Explicamos também nossa política de independência financeira como condição para a independência política. A campanha eleitoral neste ano deverá ter como centro a organização de reuniões em locais de trabalho, de estudo e de moradia, para que se possa aproveitar o período das eleições para a propaganda de nosso programa e o convencimento da necessidade de construirmos a luta por uma revolução socialista. Após as falas de diversos companheiros do plenário, realizamos uma breve confraternização e aproveitamos para preparar futuras reuniões da construção da pré-candidatura. Uma banca da Esquerda Marxista vendeu jornal Foice e Martelo e nossa revista teórica América Socialista, além do mais recente lançamento da Editora Marxista, em parceria com a Editora Movimento, a biografia de “Stalin, uma análise do homem e de sua influência”, escrita por Leon Trotsky, cuja tradução para o português foi feita pelo camarada Caio Dezorzi.
Desde já, todos os nossos apoiadores estão chamados a propor e a planejar conosco as reuniões que realizaremos durante a campanha eleitoral, bem como a organizar nossa campanha de arrecadação financeira, garantia de nossa independência política.
Convidamos todos a se somarem a este combate!