Líbia: a queda do ditador está por um fio, mas ainda há que por abaixo o imperialismo e a burguesia

Mulheres e crianças comemoram nas ruas de Trípoli


Uma coisa é certa, os trabalhadores e a juventude decidirão os rumos da luta!

O povo líbio que combate nas ruas as forças de Gaddafi tomou a Praça Verde em Trípoli. Há uma grande confusão nos noticiários. As noticias mencionaram a morte de um dos filhos do ditador, Saif Al Islam Gaddafi, e agora noticiam que ele está vivo. Desde sábado os rebeldes entraram em Trípoli e controlam cerca de 80 % da capital. A queda final de Gaddafi está por acontecer. E agora? O que farão as forças imperialistas?

Durante quase 6 meses as forças imperialistas estão bombardeando as tropas de Gaddafi, mas também, em vários casos, bombardeiam as tropas rebeldes, massacram a população. Os EUA sabem o perigo que tem uma ocupação por terra. Quem se arriscará? França, Itália? Os que comandam, se é que há um comando, os rebeldes terão forças para controlar a ira do povo e sua vontade de seguir adiante para acabar de vez com a dominação da burguesia e rejeitar as forças imperialistas?

A chama revolucionária que começou no Egito e Tunísia incendiará a Líbia? Tudo depende da capacidade revolucionária do povo ultrapassar o controle dos reacionários chefes rebeldes e soldar sua unidade em nível nacional erguendo verdadeiros organismos de poder que se elevem como força nascida nos comitês de defesa e de distribuição de alimentos, rompendo os limites impostos pelos nacionalistas rebeldes e erguendo uma intransponível barreira ao imperialismo.

Estamos próximos da revolução na Líbia. Ela terá avanços e recuos. Com que velocidade? Impossível saber. Mas para avançar, certamente haverá que acabar de vez com Gaddafi e com o imperialismo, rompendo com comando e a direção que os líderes reacionários infiltrados entre os rebeldes estão  combatendo para impor. Estamos assistindo o começo de uma revolução que poderá ter contornos e desdobramentos imprevisíveis. Tropas do Egito reforçam suas fronteiras com o Líbia. Como isso vai refletir nas massas egípcias, em seu ânimo revolucionário? Certamente a chama da revolução dos povos árabes estará sendo alimentada com a queda de Gaddafi.

A classe operária e a juventude, suas ações, uma vez mais, jogarão o papel decisivo.