Todo mundo gostaria de passar uma tarde com um príncipe, principalmente vocês, mulheres. (Bolsonaro, 2019)
Essa não é a primeira – e não será a última – besteira dita por Bolsonaro, especialmente em relação às mulheres. Sua opinião sobre nós e nosso papel na sociedade é tão grosseira e ignorante quanto sua visão sobre economia, política ou educação.
Em seus delírios napoleônicos, com suas medalhas, fraques e faixa presidencial, Bolsonaro afirma que tem “afinidade” com Mohammed bin Salman, príncipe acusado de estar envolvido em assassinatos e que chefia um país que até muito recentemente proibia as mulheres de dirigir carros, ir a jogos de futebol e que as obrigava, até semana passada, a usar a abaya, túnica larga e preta que era o traje obrigatório das mulheres.
Sobre a afirmação de que toda mulher gosta de príncipes, nós, proletárias e socialistas pensamos que eles devem ser tratados como os trataram as revolucionárias francesas durante a grande revolução que derrubou a monarquia e o feudalismo francês no final do século 18.
As mulheres da classe trabalhadora e que lutam pelo socialismo desejam o fim da burguesia e dos restos dos regimes monárquicos que perambulam como cadáveres pelo mundo, atacando a classe trabalhadora em sua busca pela manutenção das coisas como estão.
O mundo está fervendo em revoluções e elas estão, com suas características próprias, questionando governos, economias e formas de vida que já são insuportáveis para os de baixo. Apesar de suas especificidades, as revoluções que estamos vendo em curso têm em comum o desejo de mudança, de construir um novo mundo. E essa onda vai chegar ao Brasil. E vai arrastar esse sistema para o lixo da história, abrindo espaço para um novo mundo.
As mulheres trabalhadoras têm um mundo a ganhar, sem príncipes, sem amos, sem burgueses e sem patrões. Um mundo comunista.
Viva a luta dos povos!
Viva as lutas dos proletários do mundo!
Viva a luta das mulheres!
Fora Bolsonaro!