No Rio de Janeiro, a Esquerda Marxista chama o voto em Eduardo Serra do PCB para o Senado

O Rio de Janeiro continua lindo, diz a música. Mas a dura realidade é bem mais feia que todas as músicas. As candidaturas no Rio parecem muito, se olharmos simplesmente os partidos, o samba do crioulo doido. Os quatro candidatos que apoiam Dilma do PT (Pezão, do PMDB, Garotinho do PR, Crivela do PRB e Lindbergh do PT) estiveram juntos nos governos passados. Mas a salada vai além disso.

O Rio de Janeiro continua lindo, diz a música. Mas a dura realidade é bem mais feia que todas as músicas. As candidaturas no Rio parecem muito, se olharmos simplesmente os partidos, o samba do crioulo doido. Os quatro candidatos que apoiam Dilma do PT (Pezão, do PMDB, Garotinho do PR, Crivela do PRB e Lindbergh do PT) estiveram juntos nos governos passados. Mas a salada vai além disso.

Pezão, do PMDB, formalmente o partido que tem a vice na candidatura Dilma, fez um acordo eleitoral com Cesar Maia do DEM, que era o maior “opositor” do PMDB na Câmara dos Vereadores da Cidade do Rio. Publicamente, todas as lideranças do PMDB, deputados e prefeitos, começaram um movimento “Aezão” de voto em Aécio e Pezão. Até que a candidatura de Aécio ruiu nas pesquisas.

E Lindbergh, o candidato do PT, parece mais um candidato “a la Marina”. Prega uma nova política, diz que vai respeitar todos os contratos de privatização (inclusive a privatização do Maracanã) e que pretende estudar uma parceria público-privada para “resolver” o problema da agua, na prática propondo privatizar a agua no Rio.

Mais ainda, depois de ter flertado com a esquerda propondo a reedição da “Frente de Esquerda” no Rio, acaba numa “Frente Popular II” com o jogador Romário, do PSB de Marina, de candidato a Senador.

Infidelidade partidária? Parece que todos os candidatos aqui estão divorciados e saem com quem querem. Os candidatos do PV que aqui tem uma boa votação fazem a campanha de Marina, alguns com Pezão e outros sabe-se lá com quem.

Na verdade, a chave de toda a história é que o PT deixou de expressar uma alternativa independente da classe trabalhadora com suas alianças com a burguesia. E ao romper com determinado partido burguês (como o PMDB do Rio) corre atrás de outra muleta por medo de aparecer como uma alternativa real de esquerda. Os outros partidos apenas se compõem, decompõe e se recompõe em cada eleição numa eterna divisão de cargos e dos botins que o governo do estado garante.

E, a parte mais “divertida”, ou trágica, dessa história toda, é que dão todo espaço nos grandes jornais às quatro maiores candidaturas ao governo. E quando aparece uma candidatura de esquerda (Eduardo Serra, do PCB) que é a terceira mais bem colocada nas pesquisas, tendo chegado a 8% em algumas enquetes, os jornais falam apenas do embate entre Cesar Maia e Romário.

A Esquerda Marxista, nesta situação, constata que o PT não tem candidato ao Senado. E que a candidatura que está discutindo com os trabalhadores e jovens uma proposta de mudança em direção ao Socialismo é a candidatura de Eduardo Serra do PCB. Concordamos com suas propostas de reestatizar todas as empresas privatizadas sob o controle dos trabalhadores. E apoiamos a sua candidatura como o melhor voto que trabalhadores e jovens podem dar para se expressar de forma independente nestas eleições, por fora dos acordos eleitoreiros de sempre. É um voto de classe contra classe e tem o apoio da Esquerda Marxista.