A Esquerda Marxista, por meio desta nota, repudia a ação da polícia do estado do Mato Grosso que invadiu a sede do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, atirou, agrediu e prendeu sindicalistas e trabalhadores no último dia 02 de junho, quando se reuniam para discutir a conjuntura e a organização da greve geral do dia 14 de junho.
Trata-se de uma ação criminosa do Estado, com abuso de autoridade e lesão corporal, além de coagir, intimidar, ameaçar, como ações típicas de práticas antissindicais feitas sob a lógica de criminalização dos movimentos sociais, incluindo apreensão indevida de equipamentos e materiais do sindicato.
É evidente que foi mais uma ação política do Estado que ataca diariamente liberdades democráticas e direitos sociais, desesperados pela profunda crise econômica e política deste sistema falido. O capitalismo é um sistema que leva à barbárie, com aumento da desigualdade e da pobreza extrema. O desemprego só aumenta e os salários cada vez mais rebaixados. Contratos informais, terceirização e desmonte de direitos historicamente conquistados, como a “Reforma” Trabalhista e agora querem impor a “Reforma” da previdência. Diante de tantos ataques, a classe trabalhadora e a juventude estão reagindo, se organizando e resistindo, apesar da maioria das direções sindicais e estudantis, que têm bloqueado o ímpeto de luta das bases. A preparação da greve geral é um importante momento de construção de um novo patamar de luta, colocando os representantes patronais, a burguesia e seu governo na defensiva, e que, portanto, reage com mais repressão na tentativa de calar o movimento operário.
É nesse sentido que devemos entender o que ocorreu com os companheiros em Mato Grosso, sendo ainda mais emblemático em relação à trabalhadores dos Correios, que estão sofrendo com profundas retiradas de direitos nos últimos anos, sob o prisma da precarização do serviço público para legitimar a privatização. Como parte deste processo, vemos a condução dos Correios com o método de forjar demissões por justa causa de lideranças sindicais, como do nosso camarada Cícero, de Campinas.
A resistência continuará e a solidariedade de classe do movimento operário mostrará sua força, detendo as práticas abusivas dos patrões e desse sistema podre do capitalismo e seu Estado repressor.
- Contra a “Reforma” da Previdência!
- Preparar a Greve Geral!
- Contra as práticas antissindicais e a criminalização dos movimentos sociais!
- Contra as demissões políticas dos Correios! Reintegração do Cícero, Já!
- Contra a privatização dos Correios!
- Fora Bolsonaro!
- Abaixo ao sistema!