Manifestación, Antonio Berni, 1934

Organize-se em defesa dos direitos e da vida da classe trabalhadora

A humanidade foi jogada de cabeça na maior crise econômica do período recente da história. Os impactos, mais cedo ou mais tarde, serão percebidos nos mais diferentes ambientes e isso inclui os nossos direitos imediatos. Cortes de direitos, arrocho salarial e elevação do custo de vida são geralmente os primeiros ataques direcionados aos trabalhadores. As consequências da crise afetam desde aqueles que exercem funções produtivas operacionais, até aqueles que parecem ter certo conforto nos escritórios. Os únicos que não perdem com a crise são os donos, os patrões, ou como costumamos chamar: a burguesia capitalista.

Os capitalistas não sabem resolver a espantosa crise econômica que foi acelerada pela pandemia. O desemprego hoje é 4 vezes maior que na crise de 2008. Projeta-se para 2021 uma perda de 90 milhões de empregos no mundo. Somam-se a esses, em torno de 490 milhões de pessoas que desistiram de procurar trabalho. Enquanto não há saída para crise dentro do capitalismo, vemos o sistema funcionando como um moedor de carne da humanidade.

Cresce a pobreza, mas ao mesmo tempo há uma concentração e centralização do capital numa velocidade nunca vista. Em 2020, os 500 mais ricos do mundo acumularam mais US$ 1,8 trilhão durante a pandemia, o maior valor desde que o indicador foi criado, em 2012. Tanto dinheiro concentrado na mão de poucos enquanto o mundo precisa de vacinas e tantos outros recursos. Não há uma preocupação em produzir imunizantes em larga escala, o que vem em primeiro lugar é a manutenção dos lucros. Enquanto isso, milhares de vidas são perdidas para uma doença que já tem vacina.

Nossa categoria está no olho do furacão da crise

Em uma primeira olhada, pode parecer que nada disso tem relação direta conosco. Um ataquezinho aqui, um cortezinho ali, uma arrochada acolá sozinhos podem até parecer inofensivos, mas é preciso somar tudo e entender o tamanho do ataque.

Nos últimos anos são sucessivos os cortes diretos e indiretos nos nossos salários, benefícios e qualidade de vida. Veja só a lista:

  • Mais uma reforma da previdência em 2019;
  • Aplicação na prática da Emenda Constitucional 95 que congelou os gastos com serviços públicos por 20 anos;
  • Uma série de medidas provisórias que ajudaram os patrões a mexer nos salários dos trabalhadores, parcelamento de FGTS, mexeram na folha de pagamento com pagamento de salários particionados, entre outros;
  • Teletrabalho precário e diminuição das condições de saúde com a insegurança da pandemia.

E aqui alguns dos ataques mais graves:

  • Congelamento dos salários dos servidores públicos e trabalhadores de empresas públicas (lei 173/2020);
  • Marco do saneamento que pretende privatizar tudo que puder, gerando redução de salários, desemprego e diminuição da qualidade do serviço prestado à população;
  • Ameaça da reforma administrativa trazendo a redução da garantia de estabilidade; prejuízo aos planos de cargos e salários; extinção de adicionais por tempo de serviços, férias superiores a 30 dias e licenças prêmio; eliminação de qualquer benefício que cause aumento de remunerações do funcionalismo.

Nossa maior força é a organização

Diante de toda essa situação, temos que nos organizar para lutar por nossos direitos como classe trabalhadora. Não podemos perder de vista que a solução definitiva dos nossos problemas passa pela destruição do capitalismo e que, nacionalmente, isso passa por pôr abaixo o governo Bolsonaro e construir um governo dos trabalhadores, sem patrões nem generais. A construção de uma organização revolucionária internacional é o único meio para pôr fim ao sistema de opressão e exploração social.

Os capitalistas e seu sistema não caem sozinhos. Pelo contrário: quando não nos organizamos, eles se sentem livres para cometer toda sorte de barbaridades contra nós. Somente a organização revolucionária dos trabalhadores poderá varrer o regime da propriedade privada dos meios de produção.

Venha conhecer a Esquerda Marxista e participar da organização da luta da classe trabalhadora por seus direitos e pela sua vida. Conheça nosso site https://www.marxismo.org.br/ e faça contato conosco: 99917-3429 – Edson da Silva.