Há medida que vai pairando a possibilidade, cada vez mais real, da vitória do “SÍ”, o apoio popular à Reforma contitucional proposta por Chavez vai-se concentrando junto ao Palácio Miraflores, à espera dos resultados que serão anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral.
O Comando Zamora reconhece que o resultado será renhido e apela à paciência de todos – sobretudo dos sectores oposicionistas que, repetidamente, ao longo dos últimos anos têm procurado destabilizar os processos eleitorais.
Por toda a jornada eleitoral, as massas populares ocuparam as ruas de Caracas e outras cidades – o melhor modo de dissuadir qulquer tipo de incidente.
Seja qual for o resultado a apurar, desde já cabe apontar que:
a) ao contrário da “democrática”União Europeia”, na Venezuela o povo é chamado a pronunciar-se sobre a sua Constituição
b) a base social de apoio da revolução bolivariana continua forte e mobilizada
c) a percentagem de abstenção provavelmente mais elevada do que em anteriores escrutínios, poderá indicar algum cansaço pelos repetidos resultados eleitorais. A hora é de acção! É necessário aprofundar a revolução, transformando em realidade o socialismo venezuelano.
Seja qual for o resultado, a revolução continua na ordem do dia: uma vitória do “Não” não significará o fim da mesma. Todavia, não podemos ignorar que uma tal vitória seria – objectivamente – uma batalha derrotada do movimento revolucionário. Pelo contrário, a vitória do “Sí” – tal como aconteceu no primeiro referendo contitucional de 1999 ou na eleição presidencial de 2006 – resultará num giro à esquerda da situação política e um impulso poderoso para a acção das massas revolcuionárias, apoiadas por mais esta vitória eleitoral.
E que não haja dúvidas: não apenas nas urnas de voto, mas sobretudo em cada fábrica, conselho comunal ou escola, nas cidades e campos da Venezuela, que se joga o futuro do processo revolucionário.
Pelo escrito aqui, vê-se que o câncer Comunismo Internacional, manifestações anacrônicas de doentes mentais e celerados prós terrorismo generalizado, ainda não teve seu final. Ainda se faz necessário mais derramamento de sangue, em sua maioria inocente, para que se construa a “democracia marxista leninista”, título enganoso utilizado por vigaristas ideológicos que procuram danificar as verdadeiras democracias existentes no mundo. Quantas bestialidades! A versão mais pitoresca e hilária de tudo isto é a figura tosca e grosseira do presidente da infeliz Venezuela. Os comunas do Brasil sonham com uma situação igual para nossa Pátria. Enfrentarão uma reação que nunca terão visto em suas malditas vidas! Tentem!