Lançamento das pré-candidaturas de Roque e Miranda em São Paulo. Em, Bauru, Roque relata a luta pela regulamenteção da carreira dos servidores públicos.
Plenária de petistas por Miranda para deputado estadual
As eleições deste ano serão um momento importante para a discussão da situação, organização das lutas dos trabalhadores e ao mesmo tempo para a propaganda das idéias do marxismo no movimento dos trabalhadores.
Por um Governo Socialista e dos Trabalhadores, sem os partidos que se oponham às reivindicações imediatas e históricas da classe proletária, combatendo incansavelmente em todas as frentes de lutas da classe trabalhadora, a Esquerda Marxista tem levado essas idéias e propostas para a discussão no PT e nos sindicatos, e é sob esta base que realizamos uma plenária no dia 29 de maio para debater e fazer o lançamento da pré-candidatura de Miranda para deputado estadual.
Cerca de 100 militantes de 15 cidades do interior e da Grande São Paulo estiveram presentes na plenária. Operários vidreiros, jovens, professores, trabalhadores de arte e cultura, militantes do movimento operário e popular, num clima de entusiasmo, deram o tom da plenária.
A mesa inicial dos trabalhos foi formada pelos companheiros: Alex Minoru (dirigiu os trabalhos), Rogério (Executiva do PT Guarulhos e pré-candidato a deputado federal); Roque Ferreira, Vereador de Bauru e pré-candidato a deputado federal, militante da Esquerda Marxista; Arlindo Chinaglia, deputado federal PT SP e ex-presidente da Câmara dos Deputados e pelo companheiro Miranda.
O primeiro a falar foi o deputado Chinaglia, que após fazer uma breve análise de conjuntura, ressaltou “a coerência de Roque e Miranda na defesa da luta pelas reivindicações e de suas posições políticas, na questão do combate às cotas raciais….” concluindo que: “a eleição destes dois companheiros será de grande valia para as lutas dos trabalhadores”.
Em seguido falou o companheiro Rogério, pré-candidato a deputado federal pelo PT Guarulhos. Rogério disse que a sua candidatura era um novo momento na caminhada para continuar a defender as bandeiras históricas do PT”.
Logo depois interveio Verivaldo (Galo) dirigente do Sindicato dos Vidreiros que, lembrando as lutas da categoria declarou: “conheço o companheiro Miranda há quase 20 anos e ele sempre esteve na linha de frente das lutas dos trabalhadores e dos movimentos populares. Sua eleição será uma ferramenta para ajudar a organizar e impulsionar essas lutas. Ele já vem fazendo isso no último período em nossa categoria e, por isso, é apoiado pela maioria da diretoria do sindicato e por muitos companheiros na base”.
O companheiro Roque, pré-candidato a federal pelo PT Bauru, fez uma análise das tarefas que os trabalhadores têm nestas eleições: “Reverter as privatizações, lutar pelo fim do fator previdenciário, lutar pelas 40 horas semanais, acabar com a criminalização dos movimentos sociais, estas são as grandes tarefas… As candidaturas que defendem essas bandeiras têm um diferencial e se colocam contra a política de alianças”.
Miranda fez uma vibrante intervenção defendendo que: “Barrar a volta da direita é fincar o pé na luta pelas reivindicações do povo trabalhador, pelas 40 horas semanais, reforma agrária, para reverter as privatizações, por vagas para todos nas Universidades…” e arrematou: “… todas essas lutas luta só podem desembocar na construção de um Governo Socialista e dos trabalhadores, sem aliança com os partidos dos patrões”, sendo muito aplaudido.
Após estas falas a palavra foi aberta ao plenário onde operários, dirigentes sindicais, jovens, estudantes e professores intervieram. Foram feitas várias propostas para organizar a campanha de Miranda e dos outros candidatos, inclusive de apoio financeiro e material à campanha dos companheiros.
Ao final houve uma confraternização oferecida pelos vidreiros. Nesse momento chegou o Senador Suplicy que cumprimentou todos os presentes, e declarou seu apoio às pré-candidaturas de Miranda, Roque e de Rogério. Disse o senador: “É com muita alegria que estou aqui. Conheço esses companheiros de longa data, das lutas do partido e não poderia deixar de estar presente, inclusive pelo trabalho realizado na apresentação de meu nome como pré-candidato ao Governo de São Paulo, onde esses companheiros tiveram uma fundamental participação”.
Foi uma vitoriosa atividade, a Esquerda Marxista convida a todos para se engajarem neste combate para contruir uma campanha de luta, militante e socialista.
Junte-se a nós!
Roque, pré-candidato a deputado federal relata a luta em defesa dos servidores de Bauru
O prefeito de Bauru/SP, Rodrigo Agostinho (PMDB), enviou em 17 de novembro de 2009 à Câmara Municipal Projeto de Lei instituindo o Plano de Cargos Carreiras e Salários dos servidores da Saúde.
O PCCS da Saúde deu entrada na Câmara em 17 de novembro de 2009. Depois de participar de várias reuniões com servidores das mais diversas áreas da saúde, na condição de Relator da Comissão de Justiça, Redação e Legislação, emiti parecer pela normal tramitação em 3 de março
de 2010, apresentando 12 emendas para sanear questões de natureza jurídica relevantes para a categoria, que buscam preservar direitos líquidos e certos.
Destaco a que evita a divisão da categoria em atividades fins e atividades meio, que abre espaço para a terceirização e privatização das atividades meios, aumentando a precarização dos serviços prestados à população.
Defendo a inclusão de todos os trabalhadores no Quadro de Profissionais da Saúde, como os Assistentes Sociais, Agentes de Combate a Endemias, Atendentes de Enfermagem, Auxiliares Gerais, Maqueiros, Motoristas, Nutricionistas, Psicólogos, e outros que foram excluídos na proposta original.
Não existe nenhum canal de negociação entre a direção do Sindicato e o Executivo. É óbvio que neste cenário os setores da categoria com maior poder de barganha e pressão foram conseguindo impor seus interesses, enquanto a maioria da categoria dispersa, sem informações se dividiu em vários grupos, com posições divergentes sobre o conteúdo do projeto. Como diz a música de Zé Geraldo “cada um procurando descobrir de forma isolada seu ovo de Colombo”. Tudo que o Executivo queria; categoria dividida, fragilizada e sem força para lutar por suas reivindicações de forma unificada.
A direção do Sindicato dos Servidores hegemonizada pelo PSTU, que ficou “jogando milho aos pombos”, sob pressão de parte da categoria, apresentou 38 sugestões de emendas ao projeto, exigindo que os vereadores assumissem as mesmas e as defendessem. Adotaram uma postura ultimatista: ou tudo ou nada, se recusando inclusive a negociar com o relator da matéria, porque sou do PT.
Na Sessão de 14 de junho de 2010 o projeto estava na pauta para ser votado. Uma confusão geral: o Conselho Municipal de Saúde reivindicando que o projeto fosse votado, apoiado por um grupo de servidores e outros grupos de servidores reivindicado o adiamento.
Defendi o sobrestamento por três sessões, posicionamento apoiado pela maioria dos servidores presentes, com o objetivo de negociar com o Executivo todas as emendas apresentadas e também as sugestões propostas pela comissão de servidores e o sindicato.
O DEM, PPS e PSDB votaram contra o sobrestamento que foi aprovado por 8 votos contra 7. Queriam votar e aprovar todas as emendas, não porque tenham compromissos com os servidores, mas para obrigar o Executivo a vetar, o que sepultaria de vez a possibilidade dos servidores combaterem para avançar, mesmo que de forma limitada para ampliar conquistas e direitos.