Em um artigo na revista imperialista Stratfor Global Intelligence (Inteligência Global), em 23 de setembro, “Forças centrípetas e centrífugas em funcionamento no Estado-nação” o analista da revista responsável pela Ásia, Zhixing Zhang, tenta analisar a onda separatista no mundo e seu futuro na China.
Um artigo da revista imperialista Stratfor Global Intelligence (Inteligência Global) de 23 de setembro “Forças centrípetas e centrífugas em funcionamento no Estado-nação”, assinado por um analista da revista responsável pela Ásia, Zhixing Zhang tenta analisar a onda separatista no mundo e seu futuro na China.
E o futuro da China é um pesadelo para Xi Jinping, Obama, Merkel, Cameron, Hollande e seus analistas e continua a acordá-los na madrugada com os olhos arregalados e suando. Mas, este amargo pesadelo é tão horrível porque os fantasmas que puxam seus pés é a fragmentação nacionalista do mercado mundial e o caos instalado. No sonho desesperado eles não conseguem correr e só se movem lentamente, enquanto o chão é sugado sob seus pés mas eles não tem outra direção para fugir então seguem em direção à escuridão tentando encontrar luz. Eles não percebem que na verdade eles estão puxando a escuridão com os pés e quanto mais insistem e se debatem desesperados mais afundam no inferno de seu próprio sistema.
A revista semanal Stratfor Global Intelligence, que se apresenta como “uma empresa de inteligência geopolítica que fornece análise estratégica e previsão para os indivíduos e organizações ao redor do mundo”, (enfim, uma espiã e analista global imperialista), publica este artigo de análise da situação internacional relativa aos movimentos separatistas.
“Aqui começa o nosso conto: O império estando muito dividido, deve ser unido; estando muito tempo unido, deve ser dividido. Sempre foi assim”. Esta é a abertura do “Romance dos Três Reinos”, clássico romance de guerra e estratégia da China”. Segundo o analista de inteligência para a Ásia, Zhixing Zhang, da revista, esta introdução é a que melhor capta o dinamismo essencial da “ingovernável China”. E a partir daí generaliza para todos os movimentos separatistas do mundo.
O que Stratfor não consegue enxergar é que há uma contradição irresolvível no capitalismo. Este sistema nasce dos Estados-Nações e se desenvolve no mercado mundial. Em determinado estágio de seu desenvolvimento as forças produtivas se chocam com os limites destes Estados-Nação e tendem, por um lado a tensionar para sua explosão e por outro para transformar as forças produtivas em forças destrutivas através das guerras de pilhagem, saques e dominação “civilizada” através dos capitais em ação ou abertamente bárbara.
Esta contradição apavora os capitalistas. O artigo citado pula da China para o referendo Escocês, para a Catalunha e para a Turquia e os curdos no Iraque. Ele constata que meio século após a onda “de nacionalismo pós-colonial que mudou o mapa do mundo” outra vez o nacionalismo está “desafiando a ideia moderna da unidade inviolável do Estado-nação”. E daí passa a tentar desvendar as forças que agem na China, começando pelo Tibet do Dalai Lama. E o analista entra em estado zen anunciando que o objetivo final dos dirigentes chineses é enfrentar uma antiga maldição geopolítica, cimentando o seu controle sobre suas fronteiras e unindo China de forma permanente e irreversível, porém este objetivo pode ser irrealista”. Aposta, assim, como todos os atuais imperialistas na fragmentação do país porque não vê saída no capitalismo para a contradição entre o Estado-Nação e o desenvolvimento das forças produtivas.
Como eles poderiam ter esperanças no futuro?