Foto: Sâmia Bomfim, Flickr

Solidariedade a Sâmia Bomfim e às demais deputadas do PSOL e do PT

Na última semana, foi aprovado na Câmara dos Deputados o projeto de lei do chamado “marco temporal”. Essa proposta, apoiada pelo agronegócio e pelos setores mais reacionários do Congresso Nacional, ataca as populações indígenas e ameaça a vida dessas populações, cuja história está marcada pela perseguição e pelo assassinato em massa.

Parlamentares do Partido Liberal (PL), legenda atual de Bolsonaro e de seus seguidores, afirmam que durante o debate e a votação teriam sido ofendidos por parlamentares do PSOL e do PT. Segundo a representação apresentada, as deputadas chamaram os defensores do marco temporal de “assassinos” e falaram em “genocídio” da população indígena que será afetada pela medida. A representação cita as deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Célia Xakriabá (PSOL-MG), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Érika Kokay (PT-DF) e Juliana Cardoso (PT-SP).

A Esquerda Marxista se posiciona contra a aprovação do marco temporal e em total solidariedade às deputadas atacadas por esses setores reacionários, que representam os interesses do agronegócio e dos grandes proprietários de terra. Sâmia, inclusive, vem sofrendo todo o tipo de ataques por conta de seu posicionamento ao lado dos trabalhadores do campo e por denunciar os representantes do agronegócio na esdrúxula CPI que busca criminalizar as ações do MST.

Essa solidariedade deve se dar de forma ativa, mobilizando os setores que sofrem com o marco temporal e a criminalização dos movimentos sociais, extrapolando a ação parlamentar. Deve, igualmente, servir para denunciar a ação de parlamentares de partidos que ocupam cargos no governo Lula e apoiam o “marco temporal” e outras pautas reacionárias. E deve colocar nas ruas uma mobilização unificada da classe trabalhadora, na luta pela revogação das reformas de Temer e Bolsonaro e arrancar a pauta de interesse do conjunto da classe trabalhadora.

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