COOPERCELNo último sábado, dia 09/11/2013, uma delegação dos trabalhadores da Flaskô foram convidados para participar de uma assembleia de trabalhadores da fábrica COOPERCEL, que acaba de ser fechada, gerando 150 demissões. A luta está muito interessante, tendo em vista algumas particularidades.
COOPERCELNo último sábado, dia 09/11/2013, uma delegação dos trabalhadores da Flaskô foram convidados para participar de uma assembleia de trabalhadores da fábrica COOPERCEL, que acaba de ser fechada, gerando 150 demissões. A luta está muito interessante, tendo em vista algumas particularidades.
A Coopercel é uma cooperativa de trabalhadores, desde 1994, quando a empresa do grupo Matarazzo fechou as portas. É a única fábrica de celofane no Brasil. Localizada na Zona Leste de São Paulo, é um verdadeiro patrimônio do operariado brasileiro.
Eles estão resistindo contra os ataques patronais de sempre. Estão mobilizando, com apoio popular em toda a região, acionaram parlamentares e movimentos sociais. Tem trabalhadores criminalizados, e responsabilizados pelas dívidas patronais. Eles estão discutindo a possibilidade de declaração de interesse social para fins de desapropriação. Estão denunciando o que a direção burocratizada da Cooperativa fez, e os “rolos” envolvidos, com fraudes, descompasso entre contratos, reintegrações de posse, e outras questões que estamos acostumados a ver praticadas pelos patrões.
O que torna ainda mais interessante a situação da COOPERCEL, é que além de toda jogada que envolve espólio das empresas da família Matarazzo (com vínculos do senador Eduardo Suplicy/SP, que já se dispôs a ajudar os trabalhadores e não pertence ao espólio), há que se apurar também o significado da direção da cooperativa, que não garantia um verdadeiro controle operário, realizando uma série de práticas obscuras que resultaram no fechamento da fábrica, colocando mais de 150 pais e mães de família na rua!
Em busca de apoio e solidariedade, ajudando na luta que estão enfrentando, e pensando perspectivas a serem adotadas, procuraram os trabalhadores da Fábrica Ocupada Flaskô. Ouviram da comissão de trabalhadores (Carlão, Luiz Caverna, Josiane, Luana e Alexandre), como é a luta do Movimento das Fábricas Ocupadas, a resistência da Flaskô, a perspectiva de luta da estatização sob controle operário, como impulsionamos as campanha para declaração de interesse social. Destacamos que o fundamental é manter a unidade dos trabalhadores, organizando fundos de luta, ações articuladas entre os passos jurídicos, políticos e econômicos.
Foi uma ótima atividade, com grande ânimo de luta dos trabalhadores da COOPERCEL. Vários encaminhamentos foram articulados, com novas reuniões da comissão eleita. Trata-se de uma importante luta, com a qual todos os trabalhadores, militantes e apoiadores devem se solidarizar. Há grandes possibilidades de retomar a produção da fábrica, discutindo os passos a serem dados. O poder público tem todas as condições de ajudar. Estavam presentes na assembleia uma assessora do Deputado Federal Protógenes Queiroz (PCdoB) e um membro da subprefeitura de São Paulo, que, junto com o Senador Eduardo Suplicy (PT) e o Deputado Federal Renato Simões (PT), estão planejando uma audiência pública.
Nesta semana haverá uma reunião da comissão com a Prefeitura. A luta continuará, e os operários da Fábrica Ocupada Flaskô, estarão, como sempre, ao lado dos trabalhadores.
Viva a luta dos trabalhadores da COOPERCEL!