Não há outro nome, que não traição, para a proposta de acordo apresentada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) ao TST, ontem, dia 13 de fevereiro, para pôr fim à greve nacional dos petroleiros. A proposta da FUP chama a direção da Petrobras a negociar a demissão coletiva da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN-PR), ao invés de exigir o retorno de sua operação e assim garantir todos os empregos.
Os trabalhadores da Petrobras entraram em greve para deter o processo de privatização e garantir todos os empregos. Superaram todas as pressões sociais impostas para paralisar as operações e exigir a mudança de orientação do governo em relação às estatais.
Esta que já é a maior greve da categoria dos últimos anos ainda está ganhando forças com a adesão cada vez maior dos trabalhadores das áreas operacionais e começa a furar o bloqueio dos grandes meios de comunicação.
O excesso de responsabilidade por parte das direções sindicais em evitar o desabastecimento é também um sinal de debilidade das direções, pois sem impactar a produção não é possível colocar o governo e a direção da Petrobras de joelhos.
Se as bases não passarem por cima das direções, podemos sair da maior greve dos petroleiros dos últimos anos sem nenhuma garantia de que deteremos o processo de privatização. Seria um recuo sem precedentes na luta por uma Petrobras 100% estatal e a serviço dos trabalhadores de todo o mundo.
A luta ainda não acabou, os trabalhadores darão a última palavra.
Confira a proposta de acordo da FUP:
Acordo FUP