Vagner, presidente da CUT, respeite os servidores federais em greve!

 

Nem bem se encerrou o 11º CONCUT que, dentre outras coisas aprovou um Plano de Lutas, o novo presidente da Central Única dos Trabalhadores sai dizendo publicamente que é contra a greve geral dos servidores públicos federais e que a greve não ajudaria a sair do impasse, que não a apoia.

Imaginemos o bancário Vagner Freitas, ao meio de uma greve de sua categoria, subir no palanque para dizer aos bancários que ele estava contra a greve e que ela não ajudava a obrigar a FEBRABAN a negociar. Vagner seria no mínimo vaiado.

Todos têm o direito de apresentar livremente suas opiniões. Mas um presidente da CUT dizer que não apoia a greve significa virar as costas aos trabalhadores e passar por cima de seu 11º Congresso.

Os servidores estão mobilizados há semanas, o governo já mandou  descontar os dias parados, mandou descer o pau nos grevistas e agora vem o presidente da Central dizendo que o governo deve destravar as negociações e os servidores porem fim em sua greve?

Vagner esteve com Gilberto de Carvalho e depois saiu de lá com essa. Parece que estes dois, quando se encontram preparam sempre perversidades contra os trabalhadores. Recordemos que durante a greve dos trabalhadores da Camargo Correa na construção da Usina Jirau, Vagner esteve com Gilberto. O resultado foi que Gilberto disse que a construtora havia contratado mão de obra em demasiada quantidade, e sugeriu o corte de 4 mil trabalhadores. Vagner abraçou o rojão, ajudou a acabar com a greve,  a Camargo enternecida agradeceu e demitiu os 4 mil trabalhadores. Estavam assim destravadas as negociações.

Vergonhoso!

Até parece que a CUT não elegeu seu presidente, mas sim um secretário do governo Dilma. O 11º CONCUT apoiou a greve dos servidores, o presidente da entidade não tem  o direito de passar por cima do Congresso. A Direção Nacional da CUT deve reafirmar seu apoio à greve dos servidores, ajudar na luta e exigir que Dilma pare de dar dinheiro aos empresários e de pagar as dívidas externa e interna. Tem dinheiro sim, mas ao que parece o governo decidiu jogar o ônus da crise nas costas dos trabalhadores e dar nosso dinheiro para a farra dos especuladores e capitalistas.

No editorial do Jornal Luta de Classes número 46, dizíamos: “A CUT está chamada a assumir plenamente suas responsabilidades, ela deve mobilizar os trabalhadores e exigir do governo que este decrete a estabilidade no emprego, o fim do fator previdenciário e a revogação de todas as reformas da previdência. Seria um bom momento para a presidente provar que de fato respeita o mandato que os trabalhadores lhe deram.

Uma grandiosa manifestação em Brasília, convocada pela CUT, poderia dar inicio ao caminho de ações mais contundentes, caso as reivindicações não sejam atendidas! Não há tempo a perder! Os patrões que paguem pela crise”!

Todo apoio à greve dos servidores públicos federais!

Que a direção da CUT respeite as decisões do 11º CONCUT  e apoie a greve!

Unificar as mobilizações dos trabalhadores para enfrentar a crise!