A burguesia desesperada quer calar os trabalhadores no olho do furacão da revolução venezuelana. Podem deter algumas faíscas aqui e ali, mas não poderão apagar o incêndio revolucionário!
Em 5 de Maio, Argenis Vázquez, Secretário de Organização do SINTRATOYOTA (Sindicato dos Trabalhadores da Toyota) foi morto enquanto saía de sua casa, em Los Chaimas de Cumaná, no estado de Sucre, para ir a uma reunião agendada com a direção da empresa.
Vázquez foi assassinado por dois homens que estariam de moto ou carro e não teriam dito nenhuma palavra.
Como CMR (Corrente Marxista Revolucionária) queremos repudiar este ato contra um dirigente sindical que esteve à frente de uma árdua luta contra a empresa Toyota, que se negava a aceitar as reivindicações dos trabalhadores.
Também chamamos a atenção para os assassinatos de Richard Gallardo, Luis Hernandéz e Carlos Requena, em Maracay, pois até hoje não se sabe quem foram os autores intelectuais destes assassinatos.
O mesmo ocorreu com dois trabalhadores que participaram da luta na Mitsubishi, quando foram mortos um trabalhador da Mitsubishi e outro da Macusa e 14 outros trabalhadores foram feridos pela polícia de Anzoátegui.
Na atual crise do sistema capitalista os patrões fazem de tudo para que os trabalhadores paguem pela crise. Vimos exatamente isso na luta dos trabalhadores da Vivex, Mitsubishi e, recentemente, da Toyota. As montadoras multinacionais estão fazendo tudo o que podem para terceirizar cada vez mais a mão de obra através de cooperativas ou empresas terceirizadas. Nós, trabalhadores, não podemos aceitar a terceirização, já que precisamos da classe unida e organizada nos sindicatos.
A recessão do sistema capitalista chegará à Venezuela e sem dúvida nenhuma afetará as montadoras e seus fornecedores. As lutas dos trabalhadores da Vivex, Mitsubishi e Toyota estão mostrando o caminho a seguir para toda a classe operária venezuelana. Nós, trabalhadores, devemos lutar pela estatização de todo o setor automotivo e de auto-peças, para defender todos os postos de trabalho. Por isso lutou o camarada Argenis Vázquez!
Chegou a hora de nós todos, trabalhadores do setor automotivo e toda classe operária, nos organizarmos, não apenas por nossas lutas reivindicativas, mas pela tomada do poder político nas mãos da classe operária!
Como CMR e militantes do PSUV (Partido Socialista Unido de Venezuela) decidimos que o camarada Argenis Vázquez não cairá no esquecimento e que os trabalhadores do setor automotivo seremos vanguarda da revolução socialista!
Corrente Marxista Revolucionária – Venezuela