Roque, segundo da esquerda para a direita na mesa da Audiência |
Uma vez que as empresas de ônibus, por serem empreendimentos privados não iriam abrir mão de sua taxa de lucro, essas medidas aumentariam os custos, fazendo com que a tarifa de transporte sofresse uma elevação tornando inviável o uso para a população que necessita utilizar o sistema. Então a saída para termos um sistema inovador, com qualidade e que atraia usuários, seria o poder público adotar mecanismos para subsidiar a tarifa, e implantar uma nova sistemática de contratação de serviços.
O subsídio seria feito da seguinte forma: primeiro realizar uma reforma tributária no município, e destinar recursos para o Fundo Municipal de Transportes, que passaria pela aplicação do IPTU – Progressivo, ou seja, quem pode mais paga mais, e quem pode menos paga menos. Canalização dos recursos que são utilizados para a construção de obras viárias que priorizam o transporte individual (como viadutos, túneis, pontes, grandes avenidas, etc) e empregá-los em investimentos que priorizem o sistema de transporte público, entre outras ações, podendo em pouco tempo ser adotada também a tarifa zero.
Em sua intervenção, Roque Ferreira disse: “as propostas apresentadas pelo Lucio são plenamente possíveis de serem realizadas, e deveriam começar pela Instituição do Fundo Municipal de Transportes, que implica numa decisão política a ser tomada pelo prefeito municipal, o que com certeza enfrentará duras criticas. Isso fica evidente no que estamos vendo agora em relação ao Projeto de Lei que está na Câmara que propõe o reajuste do IPTU estabelecendo alíquotas diferentes de acordo com as faixas de valores pelos q uais terrenos e construções são avaliados, que vem sofrendo muita resistência de parlamentares ligados aos grandes proprietários, e aos mais abastados da cidade. Nesta discussão não tem meio termo; o prefeito terá que escolher lado.
Todo este trabalho para a construção do Plano Diretor de Mobilidade Urbana foi um combate político do vereador Roque, que desde que assumiu no mandão em 2009, vem cobrando insistentemente a regulamentação de diretrizes aprovadas no Plano Diretor Participativo. Como não possível estruturar políticas de transporte e mobilidade urbana, sem discutir o parcelamento e a ocupação do solo, Roque registrou também a necessidade de se regulamentar o Relatório de Impacto de Vizinhança que também consta do Plano Diretor Participativo, pois a abertura de grandes empreendimentos imobiliários sem regramento contribui para situações caóticas em vários setores, entre eles o transito e o transporte público, e lamentou o voto contrário da maioria dos vereadores da Câmara ao projeto de sua autoria que regulamentava a aplicação do RIV (Relatório de Impacto de Vizinhança)
O vereador Roque tem uma longa trajetória de luta em defesa do transporte público de qualidade e para todos, e tem defendido que o controle, a gestão, operação e financiamento do sistema de transporte, devam ser feitos diretamente pelo município, sem intermediários privados como ocorre atualmente.