Os dois caminhos para derrotar a direita

Nesta terça-feira (19/3), foi realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) uma aula magna com Guilherme Boulos, candidato à presidência nas últimas eleições pelo PSOL. Organizada pelo DCE e tendo como tema “Resistências, lutas sociais e movimento estudantil”, a atividade logo chamou a atenção de elementos da direita dentro e fora da universidade. Luciano Hang, dono da Havan, entrou num embate nas redes sociais com o próprio Boulos. Além disso, grupos de extrema direita convocaram um ato para impedir a palestra do coordenador nacional do MTST.

Foto: Jornalistas Livres

A atividade, a despeito das ameaças da direita, foi realizada e contou com cerca de duas mil pessoas. Parte do público teve que ficar do lado de fora do auditório, assistindo a palestra por meio de um telão. Boulos não decepcionou em sua fala, expondo todo o reformismo que não cansou de defender durante a campanha eleitoral. O eixo de sua intervenção continua sendo a defesa da podre democracia, rejeitada nas urnas, colocando com uma das principais campanhas o Lula Livre.

No lado de fora, os militantes da direita não conseguiram fazer muita coisa. Estavam em pequeno número e desorganizados. Não foi difícil para estudantes e trabalhadores arrancar os materiais e expulsar de onde estavam essas figuras. Essa ação de expulsar na marra o pequeno bando fascista foi realizada de forma bastante espontânea, sem uma coordenação ou direção.

Naquela noite na UFSC foram mostradas duas formas de combater a direita. Por um lado, Boulos fazendo a defesa de uma democracia apodrecida que, se não for derrotada, pode levar a cenários piores, como o fascismo. Por outro, trabalhadores e estudantes mostraram força ao expulsar os covardes aprendizes de fascistas. Esse embate dá ânimo aos trabalhadores em uma semana decisiva para a luta de classes, em que eles precisam se colocar em movimento para derrotar a Reforma da Previdência.