Chegamos ao fim da Universidade Marxista Internacional de 2022 #IMU22. Acompanhamos ricos debates teóricos baseados firmemente no marxismo e no método do materialismo dialético.
Essas são algumas fotografias da participação desde o Brasil na #IMU22 , país de onde houve mais de 750 inscritos! Tudo isso pode ser conferido pela cobertura que foi feita e está disponível no site da Esquerda Marxista e nas nossas redes sociais
A conferência foi transmitida para 10 idiomas diferentes. Espanhol, Alemão, Francês, Italiano, Português, Urdu, Russo, Árabe, Indonésio e Sueco. Foram 7300 inscritos de 141 países que participaram de 15 sessões que abrangeram diferentes temas.
Contando com uma coleta extraordinária, que atingiu o resultado de 825.114,78 € (euros), como parte de uma campanha para aquisição de uma sede própria da CMI em Londres. Isso evidencia a força e o entusiasmo dos milhares de participantes no evento nas ideias da CMI, nas ideias do marxismo e da revolução em nossa época.
A Universidade Marxista Internacional terminou com uma fala de Alan Woods, dirigente da CMI, ressaltando o entusiasmo das falas que o antecederam e que marcou a escola como um todo. Alan explicou que se trata o otimismo revolucionário que só pode ser compartilhado por aqueles que acreditam na capacidade da classe trabalhadora de mudar o mundo.
Alan lembrou dos recentes eventos que se desenvolvem no Sri Lanka, do poder das massas que ocuparam a residência presidencial, fazendo o presidente do país a se esconder e, em seguida, pedir sua renúncia. No mesmo dia, milhares que não puderam chegar à capital por falta de transporte realizaram atos em suas cidades por todo o Sri Lanka.
“O que esses eventos, que são mais inspiradores que qualquer blockbuster de Hollywood, mostram?”, questionou Alan. Mostram que quando as massas perdem o medo nenhuma repressão pode parar as massas. Quando as massas se mobilizam, elas são mais fortes que qualquer Estado, que qualquer força policial. Mas mostram outra questão: sem uma direção correta, esses movimentos não podem alcançar a vitória. Essa direção que poderá marchar ombro a ombro com jovens e trabalhadores e guiá-los na tarefa de tomar o poder em suas mãos só pode se formar através da compreensão da teoria marxista e da atuação direta na luta de classes.
Uma importante defesa das ideias de Marx, Engels, Lênin e Trotsky foi realizada também, ideias combatidas pelos acadêmicos e pela filosofia pós-moderna. Para os marxistas, a luta contra o machismo, o racismo, a homofobia e as distintas opressões fazem parte da verdadeira guerra que divide a sociedade, isto é, a guerra entre explorados e exploradores, a guerra de classes.
Alan conclui sua fala e a encerrou a escola com o mesmo ânimo que marcou os debates destes quatro dias de escola e, em seguida, um vídeo com fotos de participantes de todos os cantos do mundo ao som da Internacional foi exibido.
Convidamos a todos os que participaram da UMI no Brasil e que ainda não se organizam com a Esquerda Marxista, seção brasileira da CMI, para que se juntem a nós e venham construir as forças do marxismo para fazer do socialismo uma realidade em nosso tempo.
Hamid ocupou grande parte de sua fala com relatos sobre o crescimento das seções da CMI e das diversas atividades realizadas no último período nos Estados Unidos, Canadá, Paquistão, Áustria, Alemanha, Brasil e em dezenas de outros países. A busca por artigos em marxist.com, o sucesso das publicações da editora Wellred Books, a campanha vitoriosa contra as ideias alheias à classe trabalhadora por meio da publicação da revista In Defense of Marxism (América Socialista no Brasil) foram alguns exemplos dados para demonstrar a força das ideias do marxismo e do crescente interesse da juventude e dos trabalhadores por instrumentos que possam transformar a realidade. Hamid conclui sua fala inicial convidando a todos os inscritos que ainda não fazem parte da CMI, para que se juntem a nós e comecem a se organizar desde já e lutar pela revolução socialista.
eguindo o informe de Hamid, representantes das várias seções da CMI falaram sobre a luta pela construção do partido revolucionário em cada país. Os camaradas do Canadá falaram das vitoriosas escolas de inverno que organizam anualmente e dos avanços políticos da seção que se tornou uma das principais forças da esquerda no país.
Na Grã-Bretanha, antes da pandemia, a CMI contava com 400 militantes, e hoje, são 700 camaradas que se organizam em dezenas de células, atuam nas universidades e iniciam um trabalho na luta sindical. O entusiasmo dos militantes britânicos pode ser resumido na frase que fechou a fala de Bem Glinieck: “Nunca o capitalismo britânico esteve tão instável e nunca as forças da CMI foram tão grandes na Grã-Bretanha”.
Informes sobre o Brasil, Itália, Paquistão, Estados Unidos apresentaram uma situação semelhante de crise das instituições, ira das massas e a importância do trabalho na juventude para construir o partido revolucionário que irá por um fim ao capitalismo.
Começou a última sessão da Universidade Marxista Internacional (UMI), “Construindo as Forças do Partido Revolucionário”. Hamid Alizadeh, dirigente da Corrente Marxista Internacional, iniciou seu informe entusiasmado com a participação dos mais de 7.300 inscritos de 141 países na escola e falou sobre o espírito de sacrifício necessário aos revolucionários para que aprendam com o marxismo e atuem na luta de classes. “Nós marxistas, vemos a teoria como um guia para a ação”, disse Hamid ao explicar a importância de realizar a UMI em uma situação política explosiva marcada pela crise econômica mundial, pandemia e mobilizações de massas.
John Peterson conclui o seu informe sobre a Segunda Revolução Americana. Durante a sua fala, ele apontou o desenvolvimento das contradições no escravismo dos EUA até um ponto insustentável, e como foi a própria luta dos escravos pela sua libertação que empurrou Abraham Lincoln do reformismo até a Revolução, o levando a sair de uma atitude ambígua para uma posição comprometida a combater pela libertação dos escravos até o final para poder derrotar os Confederados, sendo um grande exemplo do papel do indivíduo como um instrumento da história.
Peterson também explicou como boa parte da classe dominante do norte simpatizava com a escravidão e sabotava diretamente a luta da União. Ainda assim, o norte triunfou, pois esse levantava a liberdade para a exploração de mais valia do trabalho assalariado, representando uma economia ascendente e industrial, e não a liberdade para utilizar do trabalho escravo, representada pelo sul atrasado, agrário e em crise profunda.
Como disse uma figura da época: "Vocês estão entrando em guerra com as pessoas mais fervorosas da guerra. Vocês vão fracassar. Vocês estão preparados para a guerra apenas em seu espírito e dedicação. Em todo o resto vocês estão despreparados."
A conclusão da abertura do debate se deu com a lembrança da insurreição de 2020 após a morte de George Floyd, como um exemplo não só de que a luta contra o racismo está viva até hoje de forma mais evidente do que nunca, mas também como um pequeno exemplo das lutas que irão surgir num futuro próximo, de forma cada vez mais intensa.
Hegel rompeu com o materialismo burguês, Marx e Engels alcançaram o materialismo dialético. Capitalistas, por sua vez, são empiristas, veem o sistema como imutável e estabelecido, como se sempre houvesse tido capitalismo.
O que vemos na natureza é um equilíbrio dinâmico entre forças antagônicas, o que gera uma aparência de estabilidade, a qual pode ser rompida a qualquer momento. Já que o movimento é o próprio modo de existência da matéria, o que por vezes é ocultado, a natureza age de maneira escondida. Debaixo dessa superfície estável, há diversas modificações quantitativas que podem resultar em mudanças qualitativas.
Dessa maneira, as revoluções tornam-se não apenas possíveis como inevitáveis. Isso ocorre na natureza e no meio da sociedade. Resultando em mudanças repentinas da evolução, coisa que Darwin não conseguiu ver, já que concebia a evolução como algo gradual e contínuo. Porém, o que ocorre, é uma mudança quantitativa oculta que resulta numa mudança qualitativa, ou seja, em uma rápida explosão de revolução. Isto é o equilíbrio pontuado. Caos e ordem são dois lados de um mesmo processo.
Vemos então a confirmação da dialética na natureza, o orador apresenta diversos exemplos sobre isso nas ciências da natureza. Porém, a maioria dos cientistas não têm uma filosofia consciente. Dessa maneira, devemos ter claro que o papel da ciência é ver o que há por baixo da superfície, essa tarefa é dos marxistas também.
Fred Weston abre a sessão "Opressão, herança e propriedade privada: marxismo e família" lembrando que muitas pessoas de esquerda falam sobre a origem do machismo.
Sua origem não está no capitalismo. É preciso voltar 10 mil anos, na origem das classes sociais. O que na cabeça de um indivíduo é muito tempo, mas não é para a história.
Por ser tão antiga, essa opressão as vezes parece que vai durar para sempre. Mas não é assim, só uma revolução é capaz de varrer também o machismo.
A obra fundamental na qual se baseia o informe de Fred é "A origem da família, da propriedade privada e do Estado", de Engels.
Nesse livro, Engels utiliza os estudos de Morgan, que chama a atenção: a medida que a sociedade avança, a família também muda.
O modelo de família monogâmica que temos hoje, não foi uma herança de Adão e Eva. Ou seja, não podemos pensar que faz parte de toda a história da humanidade.
No início da sua história, os humanos eram matrilineares, ou seja, somente a mãe era conhecida. Pois a ideia de propriedade da mulher surgiu com a propriedade privada e a herança.
Após o informe de Josh, o dirigente da seção britânica da CMI, Rob Sewell, fez sua contribuição ao debate apresentando algumas lições extraídas pelos fundadores do marxismo. De acordo com Rob, ao analisar as lutas de 1848-1849, Marx e Engels compreenderam que a revolução burguesa não poderia mais ser realizada pela própria burguesia, mas apenas pela classe trabalhadora na luta pelo socialismo. Essa foi a primeira vez em que eles elaboraram as bases do que viria ser a teoria da Revolução Permanente.
Jacopo, militante da seção italiana da CMI, relatou o processo de formação da República Romana de 1848, marcado por intensa radicalização das massas e que permitiu a conquista de uma série de reformas como a expropriação dos bens da Igreja, abolição da inquisição e distribuição das terras da Igreja para camponeses, entre muitas outras.
Mas a resposta da reação não demorou a reagir. França, Áustria, Espanha e os Bourbon se uniram para esmagar os combatentes. Nesse processo, pela primeira vez surgiram as bandeiras vermelhas nas barricadas dos insurgentes.
Marie apresenta a falsificação que é a teoria do luxemburguismo. Rosa vem sendo roubada pela esquerda mais reformista, mas é nosso papel explicar que o que eles fazem é uma deturpação do pensamento da Rosa. Surge até o termo luxemburguismo, como se fosse distinto do marxismo, que conduziria a uma revolução mais leve, em oposição ao leninismo. Quem faz isso são os reformistas que querem aparecer como revolucionários e rebaixam a linha política que Rosa Luxemburgo defendia
Rosa elogiou a atuação dos Bolcheviques e tinha acordo com a independência política deles, sua única crítica bastante concreta foi que os bolcheviques fizeram esforço em demasia para se armar para tomada do poder, ou seja, ela dizia que as massas por si só conseguiriam lidar com isso. Esse é o erro mais grave dela, de achar que os problemas da organização devem ser apenas encarados quando de fato aparecerem.
Os autoproclamados luxemburguistas rejeitam a construção de qualquer partido, afirmando que Rosa já havia previsto a ditadura stalinista, como se ela fosse resultado natural da construção do partido de Lenin.
Nós da CMI entendemos a Rosa como revolucionária, que começou a lutar bastante jovem.
Vai à Alemanha para construir o SPD, ela entrou quando o debate entre reforma e revolução estava em voga, frente às tentativas de adaptação reformista do partido pelas mãos de Bernstein. Isso foi uma questão fundamental para a vida do Partido Social Democrata Alemão. Mary recomenda a leitura do livro Reforma ou Revolução. A sua luta acabou fundando o Partido Comunista alemão, porém foi morta pelos oportunistas.
A Revolução Permanente na Europa: 1848
1848 foi um dos anos mais revolucionários da história. Marx e Engels acompanharam os eventos de perto, até mesmo participaram das grandes mobilizações, e as lições que eles tiraram desses movimentos formaram suas ideias e tiveram um impacto profundo no marxismo que conhecemos hoje.
Para Josh Holroyd, só podemos entender as revoluções de 1848 compreendermos o contexto da Europa no período anterior. O advento da Revolução Francesa de 1789 solapou as bases sociais das monarquias que dominaram a Europa nos séculos anteriores e o desenvolvimento industrial da Europa contribuiu para a formação de uma classe operária forte. No início do século XIX, a Europa acumulava uma série de contradições políticas, sociais e econômicas e a tentativa das classes dominantes para conter essas contradições contribuiu para o efeito contrário.
Há muitas semelhanças entre os eventos ocorridos nesse ano revolucionário com a situação política atual e a importância em discutir 1848 está principalmente no fato de que precisamos aprender com as lições do passado para mudar a nossa realidade no presente.
David Rey aprofunda a fala de Jorge, demonstrando de forma dialética como a conquista, embora expandindo o capitalismo de forma progressista, se apoiou nos métodos mais brutais para isso, e como ela teve um papel essencial para o desenvolvimento capitalista na Europa, ao mesmo tempo em que colaborou para que a Espanha, o país que liderou a colonização, mantivesse seus atrasos feudais preservados por muito mais tempo, se tornando um país atrasado em comparação ao resto da Europa Ocidental.
Ao finalizar, Rey sinalizou o potencial revolucionário da classe trabalhadora espanhola, e apontou que "Nossos irmãos e irmãs dos povos originários da america dizem que a Espanha deve saudar a dívida de séculos de exploração e genocídios. A burguesja já mostrou que não irá fazer isso. Mas a classe trabalhadora espanhola o fará. A classe trabalhadora pagará essa dívida não com ouro ou prata, mas com a revolução socialista. A revolução socialista irá brilhar mais do que todos os metais preciosos do mundo".
“Marxismo, dinheiro e inflação” foi uma das sessões desta manhã na Universidade Marxista Internacional (#IMU22). A introdução ao assunto foi feita por Adam Booth, da seção britânica da CMI. O camarada explicou que para entender o que a inflação precisamos adentrar na compreensão de o que é o dinheiro, e por sua vez ir mais a fundo e descobrir como se produzem as mercadorias. Essa discussão está em conexão direta com outra sessão realizada ontem na #UMI22 que discutiu “A teoria do valor-trabalho: as origens da economia marxista”.
A análise de Adam remeteu à origem do próprio dinheiro nas sociedades humanas. Segundo sua abordagem, há conexão entre seu surgimento e o desenvolvimento das classes sociais e da própria troca de mercadorias. No capitalismo, porém, temos uma dinâmica muito particular de como atuam o dinheiro e a mercadoria. A compreensão científica mais avançada desse processo foi fornecida pela teoria de Marx.
“O capitalismo não produz mercadorias pensando nas necessidades, mas sim nos lucros. O capitalista não investe a menos que lucre. não importa o quão barato o crédito esteja. Vimos isso da crise de 2008 até a pandemia de covid-19”, explicou Adam. Esse funcionamento anárquico do capitalismo é promovido não apenas pelo Estado, mas principalmente pelos bancos que articulam o capital financeiro e os interesses dos cartéis e monopólios capitalistas.
Há na base de todo esse sistema, na morada oculta do capital, a principal mercadoria produzida e comercializada no capitalismo, uma que apenas a classe trabalhadora pode fornecer. “Os salários são o preço da mercadoria que os trabalhadores vendem: a força de trabalho. Seu valor é definido como qualquer outra mercadoria: pelo trabalho socialmente necessário para produzir e reproduzir essa classe”, esclareceu Adam. Toda a discussão sobre dinheiro e inflação na sociedade está baseada na disputa entre trabalhadores e burgueses sobre o fruto do trabalho produzido pela classe trabalhadora sob o capitalismo.
Jorge destacou que antes da conquista espanhola, as américas eram habitadas por distintos povos nativos que se encontravam em diferentes estágios de desenvolvimento: desde povos comunistas primitivos, que tinham a terra em comum, tomavam decisões coletivamente etc., até povos com maior desenvolvimento da divisão de trabalho, da agricultura e que se dividram em classes sociais exploradas e exploradoras.
Os séculos XIV e XV foram marcados por diversas crises na Europa feudal. A escassez de alimentos, as epidemias e uma série de outros problemas sociais e econômicos resultaram em uma série de revoltas que ameaçavam as diferentes monarquias existentes. Ao mesmo tempo, surgia uma classe burguesa e mercantil que buscava novas rotas para alcançar a Índia e a China e fazer seus negócios. De acordo com Jorge, por baixo da forma feudal havia um conteúdo capitalista na conquista das américas.
Surge, nas teorias pós-modernas, uma rejeição ao conceito de classe. É uma rejeição a ser categorizado, uma inclinação a se sentir único.
Os marxistas são constantemente acusados de aplicar a categorização de classe aos indivíduos, ignorando a individualidade. Mas, o que faz de um indivíduo, um indivíduo? A versão mais verdadeira, ela é dissociada de outros indivíduos?
Não é o conceito de frutas que deu origem às frutas, às laranjas e maçãs. O termo categórico "frutas" representa o histórico dessa categoria orgânica.
Estudar as categorias não se trata de listar características perceptíveis. O objetivo do conhecimento dialético é explicar porque e como as coisas existem.
Jorge Martí, dirigente espanhol da CMI conclui a abertura da discussão "Sangue e Ouro: a conquista espanhola da América".
Em sua fala, Jorge realizou um apanhado da história e da forma de organização social dos povos pré-colombianos, da chegada dos europeus e dos métodos desumanos de conquista utilizados.
Também foi explicado o papel que essa conquista territorial, baseada na escravidão, no terror e no massacre da população nativa, permitiu o desenvolvimento do capitalismo mercantil e seu processo de acumulação primitiva do capital, permitindo futuramente o desenvolvimento do capitalismo até o nosso contexto atual.
Daniel Morley, dirigente da seção britânica da CMI, está falando, em uma das mesas dessa manhã, sobre como aprendemos as coisas. Em uma época que filósofos burgueses afirmam não ser possível conhecermos nada mais que nós mesmos, a teoria marxista sobre o conhecimento é fundamental para a compreensão da realidade.
A forma como aprendemos as coisas é a questão teórica central de toda a filosofia. A filosofia burguesa produziu alguns gênios, que preconizavam o fundamento científico. A crença no progresso, naquela época, em que as coisas melhorariam com o tempo, os faziam pensar que o conhecimento vinha da experiência, não de um deus, por exemplo.
Mas o declínio da sociedade burguesa, tornou-a conservadora e a levou a conclusões diferentes. Hoje, o otimismo, fruto da revolução científica, já passou. E os filósofos pós modernos defendem que é impossível saber o que realmente existe, nada além de uma experiência individual subjetiva.
Após dois dias de muita teoria revolucionária, começa agora o terceiro dia da Universidade Marxista Internacional. Estão acontecendo simultaneamente as seguintes sessões:
> Marxismo, dinheiro e inflação
> A teoria marxista do conhecimento: como conhecemos as coisas?
> A Revolução Permanente na Europa: 1848
Você ainda pode se inscrever para participar! Há todas as sessões de hoje e ainda as sessões de terça-feira para você aproveitar! Acesse a programação e se inscreva pelo botão acima.
Hoje, foram quatro mesas de intensos debates sobre arte, filosofia e economia marxista. Amanhã, o dia começa com mais três mesas fantásticas, sobre a Conquista da Espanha nas Américas, Dinheiro e Inflação e a Teoria Marxista do Conhecimento.
Os marxistas não estudam estas ideias como forma de apreensão acadêmica do conhecimento. Nós queremos entender o mundo para transformá-lo, para suprimir o capitalismo e substituí-lo por uma sociedade mais humana.
A tarefa que está dada para a classe trabalhadora e para cada um de nós é a construção de uma internacional revolucionária, que ajude a pavimentar esse caminho. Participe você também da UMI (inscreva-se em https://university.marxist.com/pt). Conheça e milite com a Corrente Marxista Internacional, cuja seção brasileira é a Esquerda Marxista.
“Hoje a tarefa dos economistas burgueses é colocar areia nos olhos da classe trabalhadora. Eles erram todo o tempo. Diziam nas décadas de 1950 e 1960 que a classe trabalhadora não existia, que todo mundo ia virar classe média. Naquele momento, por causa do desenvolvimento que acontecia, poderiam até ter audiência, mas isso não durou muito tempo. Os problemas e contradições foram se acumulando e, como disse Marx, eles não poderiam manter essa posição por muito tempo. Só estavam empurrando para frente o problema. Os primeiros críticos de Marx diziam que o capitalismo não viveria caindo em crises, que sempre haveria algo para regular e balancear o mercado, para acabar com as crises. Então, quando veio a crise de 1929 e os acertou bem na cabeça, eles disseram: ‘olha, é uma crise, mas uma crise positiva!’. Essa é a linha dos capitalistas burgueses ainda hoje. Eles têm sempre a ideia de que algo está errado, mas são incapazes de entender o que exatamente. Eles até citam algo do Marx (‘ele deve ter dito alguma coisa certa’), mas quando falamos de revolução eles dizem: ‘Não, revolução não’. É lógico, porque o trabalho desses economistas burgueses é esconder as contradições de classe do capitalismo”. (Rob Sewell)
A época do Iluminismo foi um período revelador, em que a burguesia desempenhou um papel progressista. Um tempo bom para gigantes e para produzir gigantes, em diferentes ângulos. A oradora Yola Kipcak, da seção austríaca da CMI, diz que história humana a luta pela verdade e pela razão foi elementar para dar força ao progresso e desenvolvimento. A redescoberta da verdade não veio da Bíblia. A redescoberta do materialismo e da razão na ciência se deu após a luta pelo pensamento racional.
Para Yola, na sessão sobre Iluminismo, é essencial falar sobre esse período, ainda mais num momento em que instituições, cientistas, mídia e políticos da classe dominante tomam a verdade somente para si e obviamente mentem. Todos podem ver isso. Segundo a oradora, a complexidade e caos do mundo atual, especialmente sem que se tenha claro o método marxista de análise, tornam aceitáveis desigualdade, mentiras, escândalos de corrupção e incompetência, claros sintomas do caos capitalista, um sistema que está morrendo.
Yola cita a era medieval, em que a Igreja Católica punia quem se opunha às suas ideias, os levando à morte pela fogueira. Foi o que aconteceu com pensadores e filósofos, como Giordano Bruno. As ideias desse e outros gigantes deram base à derrubada do feudalismo. Agora, lançamos base à derrubada do capitalismo, com ideias marxistas. A oradora fala, então, da importância do materialismo histórico e de como o Manifesto Comunista, escrito por Karl Marx & Friedrich Engels teve um papel essencial nisso.
O painel “Como Marx concebe a história: o desenvolvimento do materialismo histórico” fez um profundo resgate através do tempo a partir da concepção materialista da história.
Partindo da evolução do próprio ser humano, e como utilizamos ferramentas para dominar a natureza, traçamos uma linha histórica compreendendo os movimentos de mudança e regressão social dados pela realidade material em diversas sociedades e momentos históricos.
Compreende-se também a capacidade humana em acumular o conhecimento, permitindo que surjam revolucionários que forçam mudanças profundas em períodos de desenvolvimento social específico, como Lenin, na Revolução de 1917.
O camarada Joel Bergman fez uma crítica ao livro “O Despertar de tudo: uma nova humanidade”, de David Graeber e David Wengrow. Também explicou sobre a relação do surgimento da agricultura no período Neolítico com a hierarquia de classes em diversas sociedades antigas, contrapondo a ideia do livro de que a propriedade privada sempre foi visto como algo sagrado pelas sociedades mais antigas.
O materialismo histórico se revela a grande sacada de Marx, pois permite analisar os fatos históricos relacionados entre si pela materialidade do produto do trabalho humano, e, a partir daí, desenvolver o pensamento para a liberdade da nossa própria classe.
Foi o que destacamos desse painel, composto por falas dos camaradas de diferentes seções da nossa organização, que retomaram a concepção marxista da história com novos olhares.
Aproveitamos para divulgar o artigo que Allan Woods desenvolveu sobre o materialismo histórico, que você pode conferir em nossa página: https://www.marxismo.org.br/uma-introducao-ao-materialismo-historico-parte-1/
“O valor da força de trabalho é o quanto custa produzir as mercadorias que mantêm o trabalhador vivo, para ele voltar no outro dia de trabalho. Ou seja, o quanto ele precisa para se manter vivo, manter sua casa e sua família, para que possam existir novos trabalhadores que produzam valor para o capitalista”, explicou Rob Sewell. Desta maneira, embora saibamos que no dia a dia os trabalhadores são obrigados a trabalhar mais do que gostariam e produzir mais do que conseguem, a sua força de trabalho em si é paga. O que o trabalhador não recebe é o fruto do seu trabalho.
Na mesa “O iluminismo e a luta pelo pensamento racional”, cuja informante é Yola Kipcak, da seção austríaca da CMI, camaradas de todo o mundo já começaram a fazer suas intervenções e contribuir com o debate. Interessados em aprender mais sobre filosofia podem adquirir uma cópia do livro “The History of Philosophy – A marxist perspective” (A história da filosofia – Uma perspectiva marxista), de Alan Woods. Esse livro brilhante está à venda no site https://wellred-books.com/the-history-of-philosophy, por enquanto apenas em inglês. Em breve, ele será traduzido também para o português.
“Quando um sistema social entra em crise nós só temos duas saídas: buscar uma mudança social ou nos sujeitar à reação, que se baseia na repressão, no misticismo e em saídas baseadas em ideias conservadoras. Por isso, o pós-modernismo não consegue ver a realidade de maneira coesa, uma vez que não consegue enxergar uma saída para além do próprio capitalismo.” Jack Halinski-Fitzpatrick
“O problema do capitalismo é que ele não é planejado. E é muito comum existir mercadorias que não são vendidas no mercado. O que acontece é uma superprodução. Em outras palavras, essas mercadorias não vendidas não são necessárias. Se não foi vendido, é trabalho desperdiçado [...]. Isso é como a lei do valor funciona. [...] É no mercado que será descoberto se as mercadorias que foram produzidas são necessárias ou não. Na economia socialista planificada estaríamos sempre só tentando resolver as necessidades da sociedade e não haveria superprodução. Isso seria pensado antes. E seria produzido apenas o que precisamos.” (Rob Sewell)
“Marx dizia que a viabilidade de qualquer sistema depende das suas forças produtivas. Existe uma necessidade de produzir mais ou menos entre os humanos. Por isso, existem sociedades que se desenvolvem de maneiras mais simples e outras que buscam um desenvolvimento mais elevado. Essas necessidades se desenvolvem de maneira desigual. Também podemos perceber que o desenvolvimento ocorre de maneira que contrapõem movimentos longos de estagnação com movimentos repentinos de mudanças profundas, os quais chamamos de revolução.” Jack Halinski-Fitzpatrick, orador da seção britânica da CMI
A maneira que os marxistas traçam a linha da história é chamada de concepção materialista da história. Este conceito científico nos leva entender história não como uma série de eventos desconectados e imprevistos, mas como parte de um processo compreensível e inter-relacionado. Como uma série de ações e reações relacionadas à política, economia e todo o espectro do desenvolvimento social.
“A sociedade usa o trabalho disponível para produzir as coisas que precisa. E há uma divisão do trabalho. As mercadorias são trocadas para vender. Mas uma das coisas necessárias para vender é que elas precisam ser úteis ou ninguém vai comprá-las. [...] Se fizermos uma bicicleta com rodas quadradas, ela será completamente inútil. Então, o fato de a mercadoria ter que ser útil é essencial. [...] O valor de uso de uma cadeira é sentar nela; de um casaco, é colocá-lo para ficar quente; de um copo de cerveja, é matar sua sede e lhe fazer feliz. Mas o capitalismo, que dirige a produção das coisas, não se importa se algo é útil. A força que dirige o capitalismo é se algo fará dinheiro. Os capitalistas não ligam se algo é útil ou não. Eles podem produzir camisetas com uma frase “I love Boris Johnson” ou produzir armas de destruição em massa. Não faz nenhuma diferença desde que produza lucro no final do dia. O que interessa é se estão conseguindo produzir valor de troca. Ou seja, a mercadoria tem duas funções: o valor de uso e o valor de troca.” (Rob Sewell)
A teoria do valor trabalho, e o marxismo econômico em geral, é um dos fundamentos do marxismo. E na emergência da queda do capitalismo é ainda mais importante entender o marxismo econômico
Após uma manhã incrível de discussão sobre Marxismo e Arte, começam neste momento na #UMI as mesas:
Como Marx fez a história: o desenvolvimento do materialismo histórico
O Iluminismo e a luta pelo pensamento racional
A teoria do valor-trabalho: as origens da economia marxista
Durante as contribuições dos camaradas, Nelson falou a respeito do teatro durante a Revolução Russa e o papel fundamental de Constantin Stanislavski. Já Adam Pal falou sobre a música indiana e suas características; Ricardo Che discorreu sobre a arte soviética, especialmente do cinema durante a Revolução Bolchevique citando diretores como Eisenstein, Vertov e Medvedkin; John McInally comentou sobre a importância das greves ao acesso dos trabalhadores à emancipação cultural; e Paco Lugo falou sobre a má-reputação da arte contemporânea, voltada à especulação financeira e abraçada pela crítica burguesa, porém moldada pela luta de classes do capitalismo e as condições dadas pela classe dominante.
Sacrifícios incríveis sendo feitos por camaradas em todo o mundo. Estão doando parte generosa de seus salários. Estão fazendo isso durante uma crise terrível, para a luta pelo socialismo. Eles compreendem a importância da independência financeira da Corrente Marxista Internacional (CMI). Ontem houve uma contribuição fantástica dos participantes, mas ainda dá tempo de você apoiar também. A luta dos revolucionários precisa de dinheiro como o corpo humano precisa de oxigênio. Faça sua doação em: https://donate.marxist.com/
Para Alan Woods, devemos ser contra a ditadura do capital, que são mãe e pai de toda a forma de opressão, inclusive das várias formas de censura artística. "A arte real é sempre revolucionária". Sobre Guernica, de Pablo Picasso, Alan afirma ser uma obra que "Chora pelo coração", pois fala da guerra e do barbarismo no período da Guerra Civil Espanhola.
"A Arte hoje foi reduzida ao estado de apenas mercadoria. Mais do que isso, os artistas foram reduzidos a mera mercadoria", lembra Alan Woods. A exemplo, Vincent van Gogh, que nunca vendeu uma arte em vida e morreu na pobreza. Suas pinturas, atualmente, são vendidas a valores astronômicos.
A revolução, Marx disse, é a locomotiva da história. De acordo com Alan Woods, está na moda burgueses pintarem bolcheviques como sanguinários que não tinham valores humanos. "Isso é completamente falso, uma mentira!", exclama Alan. A Revolução Bolchevique permitiu a emancipação de milhões de pessoas, que puderam acessar a arte em amplas formas. Mas logo após o estalinismo sufocou a arte e a democracia soviética.
Alan Woods conta que a maior mudança na história aconteceu há 10 mil anos, quando homens e mulheres deixaram de se preocupar com a sobrevivência diária e se estabeleceu uma divisão entre trabalho intelectual e o trabalho manual. Os maiores beneficiados foram os xamãs, que usavam o misticismo para tentar compreender o meio ambiente.
"A arte é mesmo necessária? A maioria diria que não. Eu entendo elas. Ao mesmo tempo, num sentido mais profundo, a arte sempre teve um papel fundamental na nossa espécie. A arte define o que é ser humano. Separa a nossa espécie de outros animais", define Alan Woods
A sessão de agora é "Marxismo & Arte: Libertando a cultura do Capitalismo", com Alan Woods!
A conferência é transmitida para 10 idiomas diferentes. Espanhol, Alemão, Francês, Italiano, Português, Urdu, Russo, Árabe, Indonésio e Sueco. São mais de 7 mil inscritos de 140 países.
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Camaradas de diversas seções destacaram o sucesso dessa Universidade Marxista Internacional, com encontros em diversas cidades e países.
Desde a Europa, passando pelo EUA, América Latina e Canadá, até o Paquistão, trabalhadores e jovens se reuniram para assistir a atividade e se preparar para as novas fases da Revolução.
As arrecadações para a realização dessa Universidade Marxista Internacional destacam a importância da independência financeira da nossa organização e os sacrifícios dos nossos integrantes, principalmente agora, momento de crise financeira para diversos camaradas.
A meta estabelecida foi de 550 mil euros, para a construção de uma sede internacional da CMI, em Londres. O total da arrecadação até o momento foi de 765 mil euros, mas, como as doações ainda não pararam de chegar, podem alcançar mais de 800 mil euros! Para fazer sua contribuição, acesse: donate.marxist.com
“Não há nada em nossas vidas mais importante do que construir um necessário instrumento de mudança da nossa sociedade. Companheiros, vamos construí-lo juntos! Uma poderosa organização da classe trabalhadora, destinada a liderar o proletariado a superar esse monstruoso sistema capitalista. Para tirar a humanidade das trevas e levá-la luz de uma forma mais elevada de civilização, a Federação Socialista Mundial”, Alan Woods
“Não falta material combustível para uma guerra civil nos EUA. Basta uma faísca para incendiá-lo. Há falta de referências nos EUA, por isso Trump se tornou uma referência. Mas com as contradições cada vez mais expostas, muitos jovens se moverão da extrema-direita para a esquerda”, Allan Woods
“A Grã-Bretanha tornou-se o mais instável dos países imperialistas. Há tanta mudança que parece que estamos às vésperas de uma explosão social.” Rob Sewell, editor do Socialist Appeal, da seção britânica da CMI. Para entender melhor a questão britânica e a queda de Boris Johnson, clique e confira mais em nossa página.
“Quando a guerra da Ucrânia começou, iniciou uma propaganda ensurdecedora na Suécia. Após os russos invadirem a Ucrânia invadiriam também a Suécia. A ideia era promover medo entre os suecos para juntar-se à OTAN, encontrando apoio entre a população e o PSD sueco. O PSD forçou-se a abandonar a falsa imagem de bom capitalismo e neutralidade para colaborar com imperialismo e tem cooperado cada vez mais com os EUA e a OTAN”, Ylva Vinberg, da seção sueca da CMI
“A acumulação de capital cresce acompanhada dos níveis de pobreza, afetando principalmente mulheres e crianças. Diversas insurreições tem se levantado. Movimentos tem se levantado e superado as questões eleitorais. A greve de junho no Equador deu mostras dessas insurreições O governo do banqueiro Lasso teve que fazer inúmeras consessoes, entre elas no preço dos combustíveis. As direções da Conae e da juventude enxergam isso como uma vitória.” Camarada Ubaldo, sessão mexicana da CMI
“O racionamento de energia pode levantar inúmeras insurreições populares. A Alemanha entra em um período histórico novo e diferente, acordando às tradições revolucionárias da sociedade alemã.” Alex, da seção alemã da CMI
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O intervalo da sessão segue até 13:30 no horário de São Paulo. Compartilhe fotos, prints, vídeos, escreva suas impressões e marque a Esquerda Marxista e a CMI. Use a hashtag #IMU22 e marque nossos perfis @esquerdamarxista e @marxistcom
"O futuro da humanidade é a ocupação das fábricas, a conquista do poder e a planificação da economia segundo os interesses daqueles que produzem a riqueza da sociedade." Serge Goulart, ao apresentar a campanha em celebração dos 20 anos da ocupação das fábricas Cipla e Interfibra pelos trabalhadores.
"Apresentando um programa revolucionário, a Esquerda Marxista dará apoio a Lula nas eleições deste ano. Porém, sem recuar em suas críticas a ele a à sua política de unidade nacional com a burguesia." Serge Goulart
"O poder dos marxistas está em suas ideias. Isso é algo que os reformistas nunca irão entender." Alan Woods
"Os reformistas querem um capitalismo com face humana. Eles se dizem realistas. Mas são como alguém que tenta convencer um tigre a comer salada. São na verdade os piores reacionários." Alan Woods
"Há uma receita pronta para luta de classes no mundo. Inclusive para uma insurreição revolucionária. Semelhante a 1968. Não se tratam de casos isolados. Há uma situação repleta de oportunidades revolucionárias. Nunhum país está imune. Inclusive nos EUA." Alan Woods
"A guerra expôs aqueles que se dizem de esquerda e que falsamente se dizem defensores das ideias de Marx e Engels. Nós não temos políticas diferentes para tempos de paz e para tempos de guerra. Temos apenas uma política de classe." Alan Woods
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A conferência está sendo transmitida para 10 idiomas diferentes. Espanhol, Alemão, Francês, Italiano, Português, Urdu, Russo, Árabe, Indonésio e Sueco. São mais de 6 mil inscritos de 140 países. A primeira sessão, que segue durante todo o dia, é "Perspectivas mundiais: guerra, crise e revolução – o novo normal".
São mais de 6 mil inscritos de mais de 140 países.