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Em defesa de Hegel (parte 2)

Dualismo, monismo e a revolução de Hegel na filosofia

No desenvolvimento geral da sociedade e do pensamento humanos, dos níveis inferiores aos superiores, nenhum estágio é permanente. Não é difícil de se ver as implicações revolucionárias dessas ideias. Mas Hegel nunca chegou a essas conclusões de forma explícita. Embora simpatizasse com a Revolução Francesa, era politicamente um conservador e defensor fervoroso do Estado prussiano. A questão é: como poderia ele desenvolver tais princípios revolucionários, se era um conservador? E, também: por que ele permaneceu politicamente um conservador, se desenvolveu tais princípios revolucionários?

Em sua época, ao desenvolver suas ideias, Hegel estava lutando contra as fraquezas de algumas das tendências filosóficas predominantes de sua época. Por um lado, lutava contra os racionalistas, como René Descartes, que cunhou o termo “Penso, logo existo”. As ideias de Descartes foram revolucionárias na medida em que, de forma corajosa, visavam a posição da Igreja Católica e seu domínio sobre a sociedade europeia. Em vez de aceitar as ordens arbitrárias do clero reacionário, Descartes os desafiou a justificar sua posição. Ele atacou implacavelmente o status quo e exigiu que tudo, inclusive Deus, se curvasse diante da Razão humana. Havia, no entanto, também um lado fraco na afirmação de Descartes de que a verdade real só poderia ser alcançada por meio do raciocínio dedutivo, cuja prova estava na intuição humana e não no mundo objetivo ou na realidade material.

No outro extremo do espectro, Hegel mirou na escola empírica, com figuras como David Hume, que acreditava que a experiência imediata e os sentidos eram a única fonte real de conhecimento. Para os empiristas, o conhecimento era, em última análise, apenas um acúmulo de fatos que não podiam ser generalizados, tratados racionalmente ou processados pela consciência humana.

Erguido em cada um desses campos estava Immanuel Kant, o pensador imediatamente anterior a Hegel. Kant fez uma série de descobertas brilhantes, entre outros, no campo da cosmologia. Sua contribuição mais importante, entretanto, foi sua tentativa fracassada de unificar artificialmente os campos empirista e racionalista. Kant teorizou o dualismo filosófico, que é a crença de que tanto o mundo das ideias quanto o mundo material existem, mas de forma independente um do outro.

De acordo com Kant, existe um mundo material fora e independentemente da consciência humana. Mas, devido ao ponto de vista subjetivo dos seres humanos individuais, somos incapazes de compreender completamente os objetos deste mundo. Embora possamos observar o mundo superficialmente, nunca podemos, em suas palavras, compreender a coisa em si. O conhecimento e a verdade não são, portanto, alcançados por uma investigação do mundo, mas com o auxílio de uma série de categorias predispostas – a priori – como quantidade, qualidade, necessidade, contradição etc. É com a ajuda dessas categorias que podemos dar algum sentido ao mundo externo. Mas Kant não sabia explicar de onde essas ideias a priori vieram e como foram implantadas na mente humana.

Em oposição ao hegelianismo, o kantismo é popular hoje na academia burguesa. Na verdade, a indústria acadêmica kantiana está agora tentando se expandir ao pensamento hegeliano, distorcendo Hegel para afirmar que ele representou uma continuação direta de Kant. Estudiosos proeminentes de Hegel, como Terry Pinkard e Robert B. Pippin, tentam afirmar que Hegel não era tão diferente de Kant.

A prestigiosa nova tradução da Ciência da Lógica, produzida pela Universidade de Cambridge, por exemplo, que está se tornando canonizada em universidades de todo o mundo, traduz consistentemente as palavras alemãs Denken e Denkend (que, em inglês, significam claramente “pensar”) como Discurso e Discursivo. Trata-se de uma clara falsificação das ideias de Hegel e uma transgressão de todas as normas de tradução. É um ato criminoso tentar infiltrar o subjetivismo pós-modernista em Hegel. Ao defender essa escolha, o tradutor George Di Giovanni casualmente afirma sem qualquer prova que: “O tema da Lógica não é a ‘coisa-em-si’ ou suas manifestações fenomênicas, quer se conceba o ‘em-si’ como uma substância ou como liberdade, mas é o próprio discurso” (The Science of Logic, Cambridge Hegel Translations, Hegel – ênfase nossa).

O que se entende por discurso na citação acima é essencialmente cultura humana. A única diferença entre essa forma de subjetivismo e a de Kant é que Di Giovanni (seguindo Foucault, Derrida e os pós-modernistas mais recentes) “coletivizou” o subjetivismo, espalhando-o entre muitas pessoas, em vez de uma só. Ou seja, a humanidade não pode compreender a coisa-em-si. Mas restringir as leis da natureza e da sociedade a serem definidas pela mente humana, não importa quantas mentes possam ser, foi exatamente a base do beco sem saída do kantismo. Di Giovanni mete a Lógica de Hegel na camisa de força do kantismo. Mas, desconectadas da realidade e da objetividade, as categorias lógicas de Hegel não são diferentes das categorias a priori de Kant.

Na verdade, a crítica a essa noção foi uma das principais conquistas de Hegel. Ele desferiu um golpe devastador nas ideias de Kant e em todas as formas de dualismo:

“O divórcio entre pensamento e coisa é principalmente obra da Filosofia Crítica [filosofia de Kant – autor], e vai contra a convicção de todas as épocas anteriores, de que seu acordo era algo natural. A antítese entre eles é a dobradiça em torno da qual gira a filosofia moderna. Enquanto isso, a crença natural dos homens desmente isso. Na vida comum refletimos sem nos lembrarmos particularmente de que este é o processo para se chegar à verdade, e pensamos sem hesitar na firme convicção de que o pensamento coincide com a coisa. E essa crença é da maior importância. Marca o estado doentio da época quando a vemos adotar o credo desesperado de que nosso conhecimento é apenas subjetivo e que, além desse subjetivo, não podemos ir. Considerando que, bem entendida, a verdade é objetiva, e deve assim regular a convicção de todos, que a convicção do indivíduo é marcada como errônea quando não está de acordo com esta regra. As visões modernas, pelo contrário, dão grande valor ao mero fato da convicção e sustentam que estar convencido é bom por si mesmo, qualquer que seja o peso de nossa convicção – não havendo nenhum padrão pelo qual possamos medir sua verdade” (The Encyclopedia Logic, Hegel).

Se a mente é incapaz de perceber a realidade como ela é, e se nada do que experenciamos pode ser provado que exista além de nossas representações mentais ou ser como a experenciamos, então como podemos ter certeza da existência de qualquer coisa ou de qualquer outra pessoa? Kant não escreveu sobre sua própria mente, mas sobre a mente e o pensamento em geral. Mas, certamente, se a essência da realidade objetiva estava fora do alcance humano, então ele nunca poderia entender esta mente “em si” também. Ainda mais crucial: por que Kant se daria ao trabalho de escrever e filosofar quando não tinha a certeza de um mundo lá fora para entender suas ideias? Esta é a falha fundamental de todo Idealismo, que não pode explicar como o mundo das ideias se conecta ao mundo material.

O que Kant realmente fez foi levar o dualismo ao seu limite lógico e, ao fazê-lo, expor sua deficiência. Com isso, ele alcançou muito mais do que os pós-modernistas de hoje, que continuam indo para o mesmo beco sem saída do subjetivismo em uma busca desesperada por novas ideias. Mas Hegel não parou por aqui. Sua crítica a Kant e aos filósofos racionalistas se tornou a pedra angular no desenvolvimento de uma Lógica dialética.

A filosofia – e a lógica em particular – é uma ciência peculiar. É pensar sobre o pensamento. Não só o pensamento comum, mas o pensamento científico. Mas quem pode demonstrar algo certo ou errado neste tipo de ciência? Toda pessoa pode, em teoria, apresentar provas de sua própria lógica em sua imaginação. Enquanto a filosofia se manteve na esfera do “pensamento puro” e da “intuição”, havia limites estritos ao seu desenvolvimento. Isso se refletiu na afirmação de Kant de que Aristóteles havia dito tudo o que havia para se dizer sobre a lógica.

Ele se referia à lógica formal de Aristóteles, que se baseava no que é chamado de Lei da Identidade, resumida como o conceito de A=A. Simplificando: isso significa que tudo é igual a si mesmo. Isso é verdade na vida cotidiana. Reconhecemos facilmente a letra A ou qualquer outro fenômeno familiar quando os encontramos. Mas, como Hegel apontou, um A abstrato não existe – e nenhum dos dois A são iguais se forem observados através de um microscópio.

Você poderia dizer que A representa uma coisa, como um cão. Mas dois cães não são exatamente iguais um ao outro. Existem diferentes raças de cães, diferentes gêneros e infinitas diferenças entre cada cão, individualmente. Ao mesmo tempo, cada cão está em um processo de constante crescimento, de mudança e evolução. Portanto, para que se mantenha a Lei da Identidade, temos que dizer que um cão é igual a si mesmo fora do tempo e do espaço. Mas essa é uma declaração completamente vazia e que não nos diz nada. Naturalmente, na vida cotidiana, podemos operar de acordo com esta regra prática: um cão é um cão. Mas seria inútil limitar qualquer investigação científica a este tipo de lógica.

No entanto, embora os racionalistas, e com eles Kant, quisessem confinar a consciência e o pensamento fora da objetividade e essencialmente fora do mundo material, nenhuma forma superior de lógica poderia ser alcançada. O período em questão foi o dos séculos 16 ao 18, onde o mundo inteiro estava em total fluxo e turbulência; com a ascensão da burguesia e o rápido desenvolvimento da ciência e da tecnologia. E, no entanto, a filosofia estava construindo uma barreira entre ela e este novo mundo do conhecimento.

As ideias abstratas subjetivas não podem explicar a mudança e o fluxo constante do mundo real. Conceitos gerais abstratos, que não são vistos no processo de seu desenvolvimento e que não estão ligados a fatos particulares, são inúteis e superficiais. Podem significar o que se quiser. O que é necessário é romper a barreira entre a filosofia e as ciências materiais.

Segundo Hegel, a Lógica não era um campo especial desconectado da ciência e da sociedade humana, mas simplesmente a forma mais elevada de todas as ciências positivas, que deu carne aos seus ossos. No campo das ciências materiais, entretanto, Hegel se confrontou com a escola empirista, representada, para Hegel, por Hume em particular. O empirismo argumenta essencialmente que a experiência imediata é tudo o que se necessita para compreender o mundo, ou seja, que nenhum pensamento racional ou generalização é necessário. Hegel concorda que a verdade é concreta. Mas, segundo ele, a quantidade de fatos não leva ao conhecimento se não se sabe como ordenar esses fatos. Ou, nas palavras do filósofo grego Heráclito, “Olhos e ouvidos são más testemunhas para homens com almas bárbaras”.

A capacidade de generalizar é uma parte essencial da existência humana. É a base de todas as relações humanas. Na verdade, como Hegel apontou, “não se pode descrever o que se quer dizer”. Para explicar e compreender os fenômenos mais simples, temos que generalizar. Cada palavra é uma generalização, e, quanto mais detalhada seja nossa explicação de uma coisa, mais recorreremos a termos gerais. Sem essa capacidade, a sociedade humana não poderia funcionar um só dia. O racionalismo e o empirismo, segundo Hegel, formam duas posições igualmente abstratas: “(…) assim como existe uma largura vazia, existe uma profundidade igualmente vazia” (Fenomenologia do Espírito, Hegel). O objetivo do pensamento consciente é exatamente o de classificar o número infinito de fenômenos e ver as interconexões e relações que não são imediatamente visíveis a olho nu.

Essas generalizações surgem por meio de nossa experiência coletiva, dentro de um processo contínuo, que aprofunda e revoluciona constantemente nossa compreensão do mundo. A imagem geral que todos temos de um cão não se encaixa precisamente com qualquer cão realmente existente. Mas, por termos visto e interagido com um número incontável de cães ao longo da história, abstraímos a imagem de um cão em nossa consciência; uma imagem despojada de seus traços acidentais, reduzindo-a às características mais essenciais de um cão. Este conceito geral de um cão abstrato e universal, com todas as leis e processos que o regulam, é mais verdadeiro do que as ideias que podemos desenvolver ao ver qualquer cão individualmente, em um determinado momento no tempo. Sem essa noção geral sobre as leis que governam nosso mundo, não seríamos capazes de desenvolver nenhuma ciência – ou mesmo desenvolver o conhecimento geral mais básico para o assunto.

Os empiristas, inadvertidamente, admitem isso ao escrever livros na linguagem generalizadora da humanidade sobre as leis gerais da natureza, que eles, então, concluem serem inatingíveis. Assim, acabam com resultados semelhantes aos dos racionalistas.

O pós-modernismo atual, eclético como é por natureza, assume as posições mais cruas dos racionalistas e dos empiristas. Por um lado, seguindo o exemplo do empirismo, ele levanta os conceitos de “diferença” e “descontinuidade” como seus princípios orientadores em oposição à “identidade” e à “interconexão”. O resultado é um mundo sem uma unidade subjacente fundamental, governado pela separação e atomização cada vez mais profundas. Com base nisso, o pós-modernismo nega que qualquer sistema de pensamento racional – ou o que eles chamam de “grandes narrativas”, “essencialismo” e “universalismo” – seja de aplicação geral. É claro que, ao negar as “grandes narrativas” e a generalização do pensamento como um todo, ele apresenta a declaração geral mais grandiosa, mais crua e mais generalizante que se pode imaginar. Por outro lado, aludindo ao subjetivismo kantiano, nega que possamos apreender a realidade devido aos nossos pontos de vista subjetivos. Esta é apenas uma versão mais pobre do antigo dualismo.

Mas Hegel superou o beco sem saída na filosofia precisamente ao descartar o dualismo em favor do monismo. Monismo é a opinião de que as ideias e a realidade material não estão desconectadas uma da outra, mas compõem um único e mesmo mundo. O monismo de Hegel era um idealismo absoluto, também conhecido como idealismo objetivo. Ao contrário de Kant e dos racionalistas, Hegel não separava o mundo objetivo do subjetivo. Segundo ele, só existe um mundo e esse é o mundo da Ideia. O objetivo, segundo Hegel, as leis que operam na natureza e no pensamento, é a dialética, que se reflete por meio da realidade material. Este não é o pensamento dialético de qualquer ser humano, mas o modo de existência de uma ideia ou espírito Absoluto. Por meio do pensamento filosófico, podemos deduzir as leis do Absoluto e agir sobre o mundo de acordo com elas.

Esse idealismo objetivo tinha um caráter duplo. Em primeiro lugar, era, em última análise, uma ideia religiosa, e Hegel nunca escondeu este fato:

“Mentes simples não fizeram objeções sem razão a esse idealismo subjetivo, com sua redução dos fatos da consciência a um mundo puramente pessoal, criado apenas por nós. Pois a verdadeira afirmação do caso é antes a seguinte. As coisas das quais temos consciência direta são meros fenômenos, não apenas para nós, mas por sua própria natureza; e o caso verdadeiro e apropriado dessas coisas, finitas como são, é ter sua existência fundada não em si mesmas, mas na Ideia divina universal. Essa visão das coisas, é verdade, é tão idealista quanto a de Kant; mas, em oposição ao idealismo subjetivo da filosofia crítica, deve ser denominado idealismo absoluto. O idealismo absoluto, entretanto, embora esteja muito à frente do realismo vulgar, não está de forma alguma restrito à filosofia. Está na raiz de todas as religiões; pois a religião também acredita que o mundo real que vemos, a soma total da existência, deve ser criado e governado por Deus” (The Encyclopedia Logic, Hegel).

Em segundo lugar, apesar desse lado religioso conservador, o idealismo objetivo permitiu um grande passo à frente para a filosofia. Foi justamente superando as deficiências do dualismo que Hegel desenvolveu sua dialética. Porque, quando Hegel colocou a religião sobre uma base racional, também conectou o pensamento racional às ciências empíricas. Não era mais suficiente argumentar a favor de uma ideia dentro de uma base puramente abstrata, porque essa ideia tinha que provar sua validade no mundo objetivo. Agora, o infinito mundo material das ciências empíricas foi aberto ao estudo filosófico. O pensamento lógico e científico, embora de forma indireta, encontrou um lugar para operar além da mente dos indivíduos:

“A ascensão da filosofia se deve a esses anseios de pensar. Seu ponto de partida é a Experiência; incluindo sob esse nome tanto nossa consciência imediata quanto as induções dela… as ciências, baseadas na experiência, exercem sobre a mente um estímulo para a superação da forma em que seus diversos conteúdos são apresentados e para elevar esses conteúdos ao nível de verdade necessária. Pois os fatos da ciência têm o aspecto de um vasto conglomerado, de uma coisa que vem lado a lado com a outra, como se fossem meramente dados e apresentados – como, em suma, desprovidos de qualquer conexão essencial ou necessária. Em consequência desse estímulo, o pensamento é arrastado para fora de sua universalidade não realizada e de sua satisfação imaginada ou meramente possível, e impelido a um desenvolvimento a partir de si mesmo. Por um lado, faz com que esses conteúdos imitem a ação do pensamento criativo original e apresentem o aspecto de uma evolução livre determinada apenas pela lógica do fato” (The Encyclopedia Logic, Hegel)

Assim, Hegel conclui que o conhecimento não se limita ao pensamento subjetivo abstrato “não diluído” pela experiência. As leis subjacentes que regulam nosso mundo e nosso pensamento são independentes dos humanos e, por meio do pensamento filosófico, os humanos são capazes de compreendê-las. O lugar principal para a investigação dessas leis, no entanto, de acordo com Hegel, ainda é dentro da mente humana. Seus dois trabalhos sobre lógica e sua fenomenologia estão principalmente preocupados com as leis que operam na consciência. É claro que, na realidade, essas não são leis de algum ser divino eterno, mas um reflexo aproximado das leis da natureza.

O monismo de Hegel foi um golpe mortal para o antigo método filosófico de impor nossas ideias subjetivas ao mundo objetivo. Em vez disso, o que ele exigiu foi um estudo sério do mundo objetivo, a fim de descobrir as leis que operam aqui. Essa foi a verdadeira revolução de Hegel na filosofia e é precisamente esse aspecto que os pós-modernistas estão tentando distorcer. Isso aproxima Hegel de uma posição materialista e o força a preencher suas obras com exemplos do mundo material.

Este não é um mundo de fenômenos isolados e fixados no tempo e no espaço, mas um todo interconectado e em constante fluxo. Portanto, a dialética não se baseia na Lei da Identidade, ou A=A, mas na noção de que A é igual a A e, ao mesmo tempo, não-A. Tudo é ele mesmo e, ao mesmo tempo, outra coisa – ou seja, tudo é contraditório, e é a interpenetração desses opostos que impulsiona o movimento e a mudança incessantes do universo, passando das formas de existência inferiores a superiores.

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TRADUÇÃO DE FABIANO LEITE.

PUBLICADO EM MARXIST.COM