As UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) seriam os grandes trunfos de Sergio Cabral quando se trata de combater o tráfico de drogas e a violência. Só que as coisas não são assim. Dentro das “comunidades pacificadas” a irritação com a polícia aumenta dia a dia. Como explicou um comandante da PM, o caso Amarildo “atrapalha”. Claro que com isso qualquer um que pense um pouco mais começa a se perguntar por que o repórter não perguntou algumas coisas:
As UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) seriam os grandes trunfos de Sergio Cabral quando se trata de combater o tráfico de drogas e a violência. Só que as coisas não são assim. Dentro das “comunidades pacificadas” a irritação com a polícia aumenta dia a dia. Como explicou um comandante da PM, o caso Amarildo “atrapalha”. Claro que com isso qualquer um que pense um pouco mais começa a se perguntar por que o repórter não perguntou algumas coisas:
– Como o caso Amarildo “atrapalha”? Tortura é o método comum nas UPPs?
– Porque precisa agora do BOPE de novo na Rocinha? Qual era o “segredo” do comandante anterior? E o BOPE, vai fazer igual fazia o comando anterior da UPP da Rocinha?
Mas, ai, este tipo de pergunta a gente não ouve na boca de repórter nenhum. E o que sobra é a indignação da população, que convive com esgoto a céu aberto, mas vê crescer um teleférico que servirá principalmente para os turistas. Afinal, pra que servem as UPP?
Segundo uma matéria de um jornal imobiliário na época que foi implantada a UPP do morro do Alemão, isso significava um acréscimo de valor imobiliário de algo em torno de 1 bilhão de dólares. Agora, finalmente, os imóveis na Rocinha e outros locais vão poder ser “comerciados” livremente.
No retrato das favelas, estudo feito pelo IBGE, o único local aonde a população das favelas gastava menos tempo para ir ao trabalho do que o pessoal do “asfalto” era no Rio, nas favelas dos morros cariocas. Com a nova incorporação, parece que está situação mudará em breve. Desde que a UPP dê certo, e os traficantes sejam realmente expulsos, já que eles voltaram na Rocinha, voltaram no Pavão-Pavãozinho (Copacabana) e como disse um morador, “eles saíram das ruas e estão nos becos, aonde a polícia não vai”. E hoje (11/11/13) o governo do estado diz que vai “reavaliar” a política de implantação das UPP. Parece que a situação é mais complicada que os sonhos de verão do nosso governador.
E o povo? Ah, tadinho do povo, como já dizia o saudoso Chico Anísio, que num caso ou noutro, sofre nas mãos dos traficantes ou dos policiais da UPP.