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Plenária de base reúne trabalhadores da educação de São Paulo contra o retorno às aulas presenciais

Nós, do Coletivo Educadores pelo Socialismo, junto com o Coletivo Vozes da Base e outros professores independentes, impulsionamos desde o início da pandemia da Covid-19 a luta em defesa dos trabalhadores da educação municipal de São Paulo, como forma de superar a inércia e o imobilismo do SINPEEM (Sindicato dos Profissionais da Educação do Ensino Municipal de São Paulo).

Elaboramos um abaixo-assinado cobrando a diretoria do SINPEEM a organização de mobilização em defesa dos nossos direitos. Lutamos contra o trabalho presencial da gestão das escolas. Fomos contra a realização das eleições para diretoria do sindicato em maio, em meio à pandemia.  Chamamos a categoria ao boicote e anulação das eleições, que contou com quórum baixíssimo e, mesmo assim, foi validada pela burocracia do SINPEEM.

Chamamos reunião de representantes de escola (REs) e, com 80 participantes, fundamos o Comitê de Base de REs. Como comitê fizemos cerca de 5 reuniões, onde elaboramos o manifesto para debater nas escolas, com os professores e a comunidade escolar, pelo não retorno às aulas presenciais em 2020. Nele, inclusive, propomos greve em defesa da vida dos profissionais da educação, dos estudantes e familiares, se o governo insistir no retorno.

De todo esse processo resultou a vitoriosa plenária da educação para debater a luta contra o retorno às aulas presenciais. Convocamos sindicatos, centrais sindicais, fizemos formulário de inscrição, além de outras medidas, na tentativa de pressionar as entidades e o grupo da Unidade da Oposição a comporem uma ampla frente de luta, a partir da base. Todos deixaram de atender esse apelo da base em defesa da mobilização e da organização da categoria para lutar.

Mesmo sem o SINPEEM e as correntes de oposição majoritárias, conseguimos organizar uma vitoriosa plenária do dia 05/09. Chegamos a 440 inscritos entre professores, quadro de apoio, diretores, supervisores, conselheiros regionais, pais e mães. No auge da plenária chegamos a 161 participantes, mesmo sem contar com a estrutura do sindicato e utilizando plataforma gratuita. Tivemos muitas intervenções que reafirmaram nossa posição de não retorno às aulas presenciais na pandemia e de utilização do método de greve em nossa defesa. Definimos como encaminhamento intensificar a mobilização para arrancar do SINPEEM uma assembleia da categoria no dia 19/09. E o movimento já pensa em retomar as ações de rua!

A construção dessa plenária demonstra a contradição central da atual situação política: a crise das direções em um contexto de profunda polarização social. Ao mesmo tempo em que temos centenas de professores que buscam se organizar pela base, contra os ataques de Covas, Dória e Bolsonaro, as direções sindicais e mesmo setores da oposição seguem com uma política de bloqueio do desenvolvimento das lutas. Foi assim o combate que PT, PCdoB, PSTU, PCB e diversas correntes do PSOL fizeram contra a palavra de ordem Fora Bolsonaro ao longo de 2019. E, agora, embora digam apoiar a luta contra o retorno às aulas presenciais, desconectam-se da base e continuam nas saídas institucionais: jogam ilusão em ações judiciais e outras medidas que, sem mobilização de base, são inúteis.

Nós, do coletivo Educadores pelo Socialismo, junto ao coletivo Vozes da Bases e independentes, continuaremos organizar uma alternativa real de luta aos trabalhadores da educação do município de SP. Estamos discutindo escola por escola, combatendo pelo não retorno às aulas presenciais, avançando a cada dia nessa luta.

Participe dos grupos de mobilização de base! Junte-se a nós!

Contato para participação dos grupos de mobilização de base: (11) 998777144 / (11) 959540936.