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Atendendo ao chamado internacional feito por La Izquierda Socialista do México e pela Corrente Marxista Internacional, organizações políticas, de juventude e estudantis se reuníram em frente ao Consulado Geral do México em São Paulo nessa tarde de 22 de Outubro. Estiveram presentes cerca de 30 pessoas representando o Diretório Central dos Estudantes da USP, o Comitê de Luta da ETEC Franco da Rocha da campanha “Público, Gratuito e Para Todos: Transporte, Saúde, Educação! Abaixo a Repressão!”, a Juventude Marxista, o JUNTOS! (organização de juventude do MES, Corrente do PSOL), o Comitê Norueguês de Solidariedade com a América Latina, Espacio de Lucha contra el Olvido y la Represión (Elcor) de la Red contra la Represión (Mexico), Estudantes Brasileiros da Sexta Escuelita Zapatista, Espaço de Comunicação Autônoma “Subversiones”, e a Esquerda Marxista, seção brasileira da CMI.
Um ato solene com faixas, cartazes e palavras de ordem aos gritos teve lugar em frente ao Consulado, situado numa mansão em um bairro burguês de São Paulo. O camarada Caio Dezorzi, em nome da Esquerda Marxista, abriu o ato explicando que desde 26 de setembro nenhum jovem ou trabalhador no mundo pode deixar de estar solidário com o povoado de Ayotzinapa, que teve 6 mortos, 20 feridos e 43 estudantes da Escuela Normal Rural “Raúl Isidro Burgos” sequestrados pela polícia local, sabidamente ligada ao narcotráfico. “Um ataque a um é um ataque a todos! A luta dos estudantes mexicanos é nossa luta! Nos solidarizamos com o movimento estudantil do IPN, de todas as escolas e universidades do México e em especial exigimos resposta do governo mexicano sobre os 43 estudantes sequestrados em Iguala! O governo é o responsável! É inaceitável que usem a mídia burguesa para se eximirem de qualquer responsabilidade e dizerem que o narcotráfico é incontrolável! Os sobreviventes do massacre deixaram claro que quem forrou de balas os ônibus onde estavam os estudantes eram policiais locais e que os sequestrados entraram em carros da polícia! E é sabido que o governo tem relações umbilicais com o narcotráfico!”
Depois se seguiram outras falas e palavras de ordem. Estavam presentes também estudantes mexicanos e colombianos, em intercâmbio no Brasil.
O Cônsul não estava presente. Em seu lugar, nos recebeu o Cônsul para assuntos econômicos, que alegou não ter autorização para dar uma resposta política, mas recebeu a carta assinada por diversas entidades e se comprometeu a entregar às autoridades mexicanas.