Trotsky em janeiro de 1917: “Homem do Bronx lidera a Revolução Russa”

2017 assinala o centenário do maior acontecimento da história mundial: a Revolução Russa. Os nomes de Vladimir Lênin e Leon Trotsky estarão para sempre ligados àquela momentosa perturbação social, política e econômica, que mudou para sempre o curso da humanidade. Muitas pessoas familiarizadas com a história do século XX sabem que, quando a classe trabalhadora russa derrubou o czar em fevereiro de 1917, Lênin se encontrava no exílio na Suíça, perto de retornar a Petrogrado no famoso trem selado. Mas onde se encontrava Trotsky antes de voltar ao turbilhão.

Em janeiro de 1917, Trotsky escreveu em seu diário: “Gastei dois Anos-Novos da guerra na França, o terceiro foi gasto no oceano. O que 1917 reserva para nós?”. Trotsky, sua esposa Natalia Sedova e seus dois filhos, Lev e Sergei, estavam no navio a vapor Montserrat, com destino aos EUA desde a Espanha, de onde foram expulsos do continente europeu.

Há cem anos, em 13 de janeiro de 1917, apenas algumas semanas antes do colapso do czarismo, aos 38 anos de idade, Trotsky chegava na Cidade de Nova Iorque. Durante dois meses e meio ele viveu e trabalhou na exuberante cidade antes de retornar à Rússia revolucionária. Como revolucionário profissional socialista e internacionalista, ele se lançou de cabeça na atividade política a partir do momento em que desembarcou.

Trotsky era, literalmente, um homem sem passaporte, perseguido durante toda a vida adulta pelas autoridades, exilado, deportado e expulso de um país após outro. Foi exilado duas vezes à Sibéria por suas atividades revolucionárias na Rússia e escapou ambas as vezes. Da Inglaterra à Áustria, e nos Bálcãs, na Suíça, França e Espanha, Trotsky vivia e respirava o Marxismo revolucionário onde quer que fosse. Era um escritor prodigioso e editor de jornais, artigos, livros, panfletos, e fez incontáveis discursos pela revolução socialista e contra o capitalismo, o imperialismo e a guerra em vários idiomas.

Trotsky lembrou de suas primeiras impressões da cidade em sua autobiografia de 1930, Minha Vida: “Aqui estava eu em Nova Iorque, cidade de prosa e fantasia, da automatização capitalista; suas ruas, um triunfo do cubismo; sua moral filosófica, a do dólar. Nova Iorque impressionou-me tremendamente porque, mais do que qualquer outra cidade do mundo, ela é a expressão mais plena de nossa era moderna”.

Um dia depois de sua chegada, ele escreveu: “Deixei uma Europa envolta em sangue, mas saí com uma profunda fé na revolução que se aproximava. E foi sem “ilusões” democráticas que pisei neste solo desta suficientemente velha Nova Iorque”.

Como explica Kenneth Ackerman em seu informe altamente detalhado e extensamente pesquisado, Trotsky em Nova Iorque, 1917: Retrato de um Radical às Vésperas da Revolução, Trotsky tocou o solo já correndo. De origem judia-ucraniana, ele desembarcou nas infames colmeias humanas do Lower East Side (LES), em Manhattan, lar das dezenas de milhares de imigrantes da Europa Oriental.

Apenas algumas semanas depois da chegada de Trotsky, distúrbios sobre os preços da alimentação irromperam no LES. Centenas de mulheres protestaram contra os preços da alimentação, que duplicaram ou mesmo triplicaram às vésperas da I Guerra Mundial. Os comerciantes especuladores e os que não respeitaram um boicote organizado pela Liga Contra os Preços Altos das Mães foram verbalmente e fisicamente agredidos, suas mercadorias impregnadas de querosene e um protesto espontâneo de centenas de manifestantes invadiu a prefeitura próxima. De acordo com Eric Ferrara do Projeto de História do LES: “As zangadas mulheres – muitas com crianças a reboque – começaram a cantar em inglês e ídiche. ‘Queremos comida para nossos filhos!’”.

Como recordou Trotsky em Minha Vida: “Depois que os alemães iniciaram a guerra submarina irrestrita, montanhas de suprimentos militares bloqueavam as ferrovias e encheram todas as estações e portos da costa Leste. Os preços dispararam instantaneamente e vi milhares de mulheres – mães, na cidade mais rica do mundo – sair às ruas, virar as prateleiras e invadir as lojas. Como será no restante do mundo depois da guerra? Eu me pergunto”.

Em suma, a classe trabalhadora de Nova Iorque em 1917 era uma panela de pressão da luta de classes e das intrigas políticas. Socialistas, anarquistas, ativistas sindicais e espiões da polícia invadiam as ruas lotadas, os cortiços, as sociedades de ajuda mútua, clubes étnicos e cafés. Com os EUA à beira de entrar na I Guerra Mundial, o sentimento anti-guerra era alto – assim como as acusações de comportamento antipatriótico ou pró-alemão. Ainda antes de sua chegada, Trotsky já era bem conhecido entre os exilados políticos e imigrantes da Rússia e da Europa Oriental como um dos líderes do sovíete de St. Petersburgo durante a Revolução Russa de 1905.

A primeira providência de Trotsky foi a de se reunir com Nikolai Bukharin, a quem ele conhecia de seus dias em Viena, e insistiu em uma visita imediata à Biblioteca Pública de Nova Iorque. Desesperadamente pobre, Trotsky pôs em uso sua famosa pena e começou o trabalho revolucionário no dia seguinte. Uniu-se a Bukharin e Volodarsky na edição de um jornal revolucionário, Novy Mir, produzido em East Village na rua 77 St. Mark’s Place. Algumas fontes alegam que Trotsky viveu durante um tempo após sua chegada no apartamento de Bukharin do outro lado da rua, na rua 80 St. Mark’s Place. Durante sua carta estadia na cidade, Trotsky também escreveu artigos para publicação no jornal radical em Ídiche Der Forverts, bem como para o The Call, em inglês, e o Volkszeitung, em alemão.

Natalia encontrou um apartamento de 18 dólares ao mês através do amigo de um amigo no número 1522 Vyse Avenue, no Bronx, perto da Rua 172. Em Minha Vida, Trotsky escreve que viveu na Rua 164, no Bronx – “se não estou errado”. No entanto, a maioria dos historiadores concordam que ele morou na Vyse Avenue (embora o verdadeiro prédio onde morou foi derrubado e reconstruído em 1931).

Eles mobiliaram seu apartamento parceladamente, e, como lembra Trotsky, ele “estava equipado com todos tipos de comodidades a que nós europeus não estamos acostumados: luz elétrica, gás de cozinha, banheiro, telefone, elevador automático e até mesmo uma calha para o lixo. Estas coisas conquistaram completamente os garotos para Nova Iorque. Durante um tempo o telefone foi o seu maior interesse; não tínhamos este misterioso instrumento nem em Viena nem em Paris”.

Trotsky lia insaciavelmente a coleção eslava da Biblioteca Pública de Nova Iorque, assim como estudava a história econômica dos EUA. Não sabendo quando tempo iria permanecer nesta nova terra, começou por entendê-la e ficou claramente feliz por ter a oportunidade de estudar de perto a futura superpotência do mundo.

Como ele explicou em Minha Vida: “Os números mostrando o crescimento das exportações estadunidenses durante a guerra me surpreenderam; eram, de fato, uma revelação total. E foram estes mesmos números o que não só predeterminou a intervenção dos EUA na guerra, como também o papel decisivo que os EUA iriam desempenhar no mundo depois da guerra. Escrevi vários artigos sobre isto no momento, e dei várias conferências. Desde aquele momento o problema da ‘América versus Europa’ se tornou um dos meus principais interesses. E mesmo agora (1930), estou estudando a questão com o maior cuidado, com a esperança de lhe dedicar um livro a parte. Para se entender o futuro destino da humanidade, este é o mais importante de todos os assuntos”.

Mas ele também prestou grande atenção ao desenvolvimento da Rússia e, apesar das profundezas da derrota da Revolução de 1905, manteve sua perspectiva revolucionária. No artigo comemorativo “Lições de um Grande Ano”, ele escreveu: “Uma coisa é certa – se vier uma revolução, ela não será o resultado da cooperação entre capital e trabalho. As experiências de 1905 mostram que isto é uma Utopia miserável. Familiarizar-se com essas experiências, estudá-las, é o dever de todo trabalhador que pensa, que está ansioso para evitar erros trágicos. É neste sentido que dizemos que os aniversários revolucionários não são apenas dias de recordações, como também dias para resumir as experiências revolucionárias”.

Renomado orador, ele foi muito procurado como orador público, falando em russo e alemão em Nova Iorque, Philadelphia e em outras cidades próximas. Um cartaz de aviso que sobreviveu o anuncia como orador principal contra a guerra no famoso sindicato de Nova Iorque dos toneleiros. Ele também deu conferências na Universidade Livre da Rússia na East Seventh Street.

Enquanto se aclimatava em seu novo lugar de moradia, encontrou-se com outros revolucionários russos exilados, como Alexandra Kollontai, assim como com os líderes do Partido Socialista da América. Não surpreendentemente, ele não ficou impressionado, para dizer o mínimo, dada sua perspectiva reformista. Como ele relata em Minha Vida, “Durante aqueles meses os EUA estavam se preparando para a guerra. Como sempre, a maior ajuda veio dos pacifistas. Seus vulgares discursos sobre as vantagens da paz em contraposição à guerra invariavelmente terminavam com a promessa de apoiar a guerra se ela se tornasse ‘necessária’. Era este o espírito da campanha de Bryan. Os socialistas cantavam em sintonia com os pacifistas. É um axioma bem conhecido que os pacifistas pensam como inimigos da guerra somente em tempos de paz.

“…. Uma vez vi, através da janela de meu escritório no jornal, um homem velho com olhos inflamados e uma barba grisalha emaranhada se deter ante uma lata de lixo e dela pescar um pedaço de pão. Ele verificou a crosta com as mãos, em seguida tentou morder a coisa petrificada e finalmente bateu na lata de lixo com ela várias vezes. Mas o pão não cedeu. Finalmente, olhou em torno dele como se estivesse com medo ou embaraçado, enfiou seu achado sob o casaco desbotado e caminhou ao longo da St. Mark’s Place. Este pequeno episódio ocorreu em 2 de março de 1917. Mas não interferiu de forma alguma nos planos da classe dominante. A guerra era inevitável e os pacifistas tinham que apoiá-la”.

Ele continuou a tirar a pele desses diletantes: “Imigrantes que tinham desempenhado algum papel na Europa em sua juventude, muito rapidamente perderam a premissa teórica que trouxeram com eles na confusão de sua luta pelo êxito pessoal. Nos EUA existe uma grande classe de exitosos ou semi-exitosos médicos, advogados, dentistas, engenheiros e similares que dividem suas preciosas horas de descanso entre os concertos de celebridades europeias e o Partido Socialista Americano. Sua atitude com relação à vida se compõe de retalhos e fragmentos da sabedoria que absorveram em seus dias de estudantes.

“…. Meu primeiro contato com esses homens foi suficiente para atrair seu sincero ódio em minha direção. Meus sentimentos em relação a eles, embora provavelmente menos intenso, também não eram particularmente simpáticos. Pertencíamos a mundos diferentes. Para mim, eles pareciam a parte mais apodrecida deste mundo com a qual estava e ainda estou em guerra”.

Imediatamente assumiu a luta contra os presunçosos reformistas nas páginas de Novy Mir: “O jornal era a sede da propaganda revolucionária internacionalista. Em todas as federações nacionais do Partido Socialista havia membros que falavam russo, e muitos da federação russa falavam inglês. Desta forma, as ideias de Novy Mir encontraram o seu caminho aos círculos mais amplos de trabalhadores estadunidenses. Os mandarins do socialismo oficial ficaram alarmados. Surgiram intrigas contra o imigrante europeu que, segundo se dizia, havia posto o pé no solo americano ainda ontem, não entendia a psicologia dos estadunidenses e estava tentando impor seus fantásticos métodos aos trabalhadores estadunidenses. A luta se tornou amarga”.

A única exceção foi Eugene V. Debs. Novamente do capítulo “Nova Iorque” de Minha Vida: “O velho Eugene Debs se destaca entre a geração mais velha devido à incessante chama interior de seu idealismo socialismo. Embora fosse um romântico e um predicador, e não um político ou um líder, era um revolucionário sincero; no entanto, sucumbiu à influência de pessoas que eram a todos os respeitos inferiores a ele. A arte de Hillquit consistia em manter Debs em seu flanco esquerdo enquanto mantinha amizades de negócio com Gompers. Debs tinha uma personalidade cativante. Cada vez que nos reuníamos, ele me abraçava e me beijava; o velho homem não pertencia aos ‘áridos’. Quando os Babbitts proclamaram um bloqueio contra mim, Debs não fez parte dele; simplesmente se afastou, entristecido”.

Apenas um mês depois da chegada de Trotsky, bandeiras vermelhas drapejavam sobre o palácio do czar em Petrogrado. Ele pinta a cena em sua autobiografia:

“Depois do misterioso silêncio dos cabos telegráficos durante dois ou três dias, chegaram os primeiros relatos confusos do levante em Petrogrado. A cosmopolita classe operária de Nova Iorque estava emocionada. Os homens esperavam e tinham medo de esperar. A imprensa estadunidense se encontrava em estado de total perplexidade. Jornalistas, entrevistadores, repórteres vinham de todos os lados aos escritórios de Novy Mir. Durante um tempo nosso jornal foi o centro dos interesses da imprensa de Nova Iorque.
“As chamadas telefônicas dos escritórios e organizações do jornal socialista nunca paravam.
“’Chegou um cabograma dizendo que Petrogrado nomeara o ministério de Guchkov-Miliukov’. O que isto significa?’
“’Que amanhã haverá um ministério de Miliukov e Kerensky’.
“’É mesmo? E depois?’
“’Depois? Seremos nós os próximos’.
“’Hum!’
“Essas coisas se repetiram dezenas de vezes. Quase todos com quem conversei tomaram minhas palavras como uma piada. Em um encontro especial dos ‘dignos e dos mais dignos’ socialdemocratas russos, li um artigo no qual eu sustentava que o partido proletário inevitavelmente assumiria o poder na segunda etapa da revolução russa. Isso produziu o mesmo tipo de impressão de uma pedra lançada em um charco cheio de rãs pomposas e fleumáticas. O Dr. Ingermann não hesitou em explicar que eu ignorava as quatro primeiras regras da aritmética política e que não valia a pena desperdiçar cinco minutos para refutar meus sonhos sem sentido”.

Trotsky, obviamente, riu por último, enquanto suas perspectivas eram confirmadas nas semanas e meses vindouros. Os trabalhadores russos de Nova Iorque tinham uma perspectiva diferente: “As massas trabalhadoras adotaram as perspectivas da revolução de forma muito diferente. Comícios, extraordinários por seu tamanho e entusiasmo, eram realizados por toda Nova Iorque. Por todos os lados, as notícias de que a bandeira vermelha estava flutuando sobre o Palácio de Inverno trouxeram uma alegria animada. Não somente os imigrantes russos, também seus filhos, que mal conheciam o idioma russo, acudiram a estes comícios para respirar a alegria refletida da revolução”.

Trotsky imediatamente reservou passagem no primeiro barco disponível e se preparou para seu retorno à Rússia. Às vésperas de sua partida, seu filho de nove anos de idade Sergei, que se recuperava da difteria, foi autorizado a dar um breve passeio – e se perdeu enquanto tratava de averiguar se realmente existia uma “First Street”. Depois de horas de pânico, ele finalmente foi localizado na delegacia de polícia local. “Quando minha esposa chegou na delegacia uma hora mais tarde, acompanhada por nosso filho mais velho, foi recebida alegremente, como uma convidada longamente esperada. Seryozha estava jogando damas com os policiais, e sua face estava ruborizada. Para esconder seu embaraço sobre a atenção oficial excessiva, ele, diligentemente, mascava uma goma de mascar americana com seus novos amigos”.

Isto pode explicar muito bem a enigmática sentença final da obra de Trotsky de 1934, Se a América se tornasse comunista: “Uma última profecia: no terceiro ano do governo soviético na América já não mais mascarás gomas de mascar!”. Talvez tenha associado essa “goma de mascar americana” a sua quase ausência no navio de volta à revolução!

Apesar desse pequeno embaraço, em 27 de março, Trotsky, Natalia e seus dois filhos embarcaram o navio a vapor norueguês, o SS Kristianiafjord, rumo à Rússia. Depois de passar perto de um mês como hóspede do imperialismo britânico no Campo de Internação de Prisioneiros de Guerra em Amherst, na Nova Escócia, Canadá, Trotsky chegou a Petrogrado em 4 de maio. O restante, como se costuma dizer, é história. Trotsky voltou a liderar o sovíete de Petrogrado, junta-se ao Partido Bolchevique e se tornou seu líder público fundamental, negociou o tratado de Brest-Litovsk, criou e liderou o Exército Vermelho e muito, muito mais.

O tempo de Trotsky em Nova Iorque foi breve, mas claramente teve profundo impacto em sua compreensão do mundo e do imperialismo e da luta pelo socialismo. Desde uma referência enigmática ao “bruxo do Bronx” em sua polêmica contra a oposição pequeno-burguesa no SWP, às suas discussões sobre as perspectivas para um partido operário nos EUA, suas experiências nos EUA o equiparam melhor para analisar as complexidades e contradições dos problemas americanos. Trotsky estava ansioso por regressar aos EUA e solicitou um visto de entrada para receber tratamento médico no final dos anos 1930. Desnecessário dizer que a este odiado inimigo do imperialismo não lhe foi permitido regressar.

Ele termina seu capítulo sobre Nova Iorque como se segue: “Seria um grande exagero dizer que aprendi muito sobre Nova Iorque. Mergulhei nos assuntos do socialismo americano muito depressa, e estava até o pescoço de trabalho para isto. A Revolução Russa chegou tão rápido que só consegui captar o ritmo geral da vida do monstro conhecido como Nova Iorque. Estava voltando à Europa com o sentimento de um homem que apenas espreitou a fundição que vai forjar o destino do homem. Meu único consolo foi a ideia de voltar. Até agora não renunciei a esta esperança”.

Trotsky certamente nunca voltou aos EUA, mas seu tempo na Cidade de Nova Iorque não passou despercebido. Como escreveu o Bronx Home News mais tarde em 1917: “Homem do Bronx lidera a Revolução Russa”.

Já se passou um século desde que Trotsky pisou pela primeira vez na cidade de John D. Rockefeller e Wall Street. Desde então, as contradições insolúveis do capitalismo somente se intensificaram. A economia mais uma vez está à beira de uma grande crise e a confiança em todas as instituições do sistema foi quebrada. Enquanto os apologistas liberais e reformistas torcem as mãos sobre os acontecimentos de 2016, os camaradas da seção estadunidense da Corrente Marxista Internacional (CMI) reconhecem o significado histórico de Bernie Sanders e Donald Trump e estão cheios de otimismo mais revolucionário do que nunca. Assim como em 1917, este não é o momento para ficar à margem da história e da luta. Junte-se à CMI e nos ajude a terminar o trabalho começado por Lênin e Trotsky há um século!


Artigo publicado originalmente em 13 de janeiro de 2017, no site da Corrente Marxista Internacional (CMI), sob o título “Trotsky in January 1917: ‘Bronx Man Leads Russian Revolution'”.

Tradução Fabiano Leite.