Editorial da 1ª Edição do jornal Tempo de Revolução. Faça sua assinatura e receba no seu e-mail!
As revoluções são a locomotiva da história. O regime da propriedade privada dos grandes meios de produção, que se consolidou a partir da Grande Revolução Francesa de 1789, trouxe ao mundo a promessa de liberdade, igualdade e fraternidade, porém, um regime nascido da exploração do homem pelo homem não poderia e não possibilitou a concretização de seus ideais. Vimos o avanço da técnica, da indústria, da ciência e das artes e vimos tudo se converter em seu contrário.
Hoje, o que o capitalismo nos oferece são as guerras, a violência policial ou do crime organizado, o retorno de ideias obscurantistas, a fome, o desemprego, as pandemias, a barbárie. Se este sistema não tem nada mais a oferecer para a humanidade, que morra! E somente uma revolução pode cumprir esse papel.
A classe operária já tomou os céus de assaltos em 1871, na França, e, em 1917, construiu o primeiro Estado operário da história. Mesmo traídos pela casta burocrática e massacrados pelo stalinismo, os trabalhadores e jovens soviéticos seguiram seu combate, inspiraram revoluções no mundo inteiro durante todo o século 20 e, em pleno século 21, vimos os trabalhadores venezuelanos dar passos importantes na luta contra o capital e movimentos revolucionários derrubarem em dias ditaduras que duravam décadas, durante a Primavera Árabe.
No momento em que a Covid-19 tomou o planeta, uma onda revolucionária varria o mundo e ameaçava as classes dominantes de Hong Kong, Líbano, Equador, Chile, entre uma série de outros países. Essa onda foi barrada pela pandemia, mas logo deu os primeiros sinais de que não seria por muito tempo quando, nos EUA, o assassinato de Geogle Floyd pela polícia culminou em manifestações massivas que reverberaram por todo o globo, inclusive aqui no Brasil. Hoje, no momento em que lançamos nosso novo jornal, a Colômbia está em chamas e trabalhadores, jovens e camponeses barraram a reforma que atacaria diretamente a vida dos explorados colombianos. Mas também acompanhamos as grandes manifestações no Paraguai, Peru, Guatemala, Rússia, Nigéria, Índia… Enquanto os de cima se dividem, os de baixo lutam.
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É com esse espírito, inspirados por essa nova situação que se abre em todo o planeta e da necessidade da derrubada do capitalismo pelos trabalhadores que a Esquerda Marxista lança o “Tempo de Revolução”, um jornal com um novo caráter, focado em nossas campanhas e atividades na luta de classes. Que expressará a ação militante na luta de classes, sobre a base do programa de independência de classe, do qual o marxismo é a expressão maior.
Este novo jornal será um instrumento de ação e de impulsão das atividades, dos militantes e simpatizantes no terreno concreto da ação política. Ele inspira e explica as campanhas e atividades da Esquerda Marxista, as tarefas de construção da organização e das diferentes frentes de intervenção. Ele relata a vida das seções da CMI, suas atividades e vitórias. É um jornal marxista, internacionalista.
A formação política prática, que ele incentiva, se liga e dá continuidade às atividades teóricas e políticas expressas no site www.marxismo.org.br e na revista América Socialista.
Este novo jornal busca ser uma expressão real do que se passa nas fábricas, escolas, locais de trabalho e da vida dos trabalhadores e da juventude.
É sob esta orientação para mobilizar, organizar e construir a organização revolucionária que a Esquerda Marxista combate pela revolução socialista e pela construção de uma sociedade nacional e Internacional baseada na economia planificada, na expropriação dos expropriadores burgueses, no controle coletivo e democrático dos trabalhadores sobre o conjunto da sociedade para resolver as necessidades mais sentidas, imediatas e históricas da classe trabalhadora. Esse é o sentido de todas as suas publicações.
Leia nesta edição:
- Nosso logo e projeto gráfico
- Mais de mil ativistas de 23 estados do Brasil convocam encontro nacional contra Bolsonaro para julho
- O 13 de maio e a luta contra o racismo hoje
- Juventude se prepara para o Encontro Nacional Abaixo Bolsonaro
- Em defesa da vida de todos os trabalhadores e estudantes
- Ferroviários de SP na luta contra a privatização da CPTM
- Tempo de estudar o marxismo e a revolução
- Vamos estudar Trotsky? A experiência na organização de um seminário sobre a obra do revolucionário russo
- 1º de Maio de 2021: a CMI mantém a bandeira vermelha hasteada