Em 17 de janeiro, a Campanha em Defesa dos Sindicatos no Paquistão (PTUDC), organizou a histórica Convenção Trabalhista e um protesto em Islamabad. Mais de 300 ativistas sindicais, estudantes, políticos, mulheres e jovens estivaram presentes.
A atividade foi coordenada por Chaudry Muhammad Yasin, presidente da Autoridade para o Desenvolvimento Capital (CDA), sendo que o camarada Adam Pal, líder principal do PTUDC, foi o convidado principal.
Os Trabalhadores e ativistas começaram a se agrupar na Praça Abpara, em Islamabad. Lá organizaram uma marcha em direção à Assembléia. A principal reivindicação da marcha foi a Aprovação pelo Parlamento do Decreto de Relações Industriais de 2011, que perderá a validade em 17 de março e o Território Federal de Islamabad ficará sem nenhuma lei sindical. Diferentes palavras-de-ordem sobre as questões dos trabalhadores foram levantadas na marcha: contra o aumento dos preços, por segurança no trabalho, por saúde e serviços básicos. Um encontro de massas foi realizado no centro comunitário de Abpara, sob o título: “Implorar por direitos é um insulto – Devemos conquistá-los”.
O médico Changez Malik do PTUDC de Rawalpindi foi o secretário do evento. Yasir Irshad, do PTUDC da Caxemira, fez o discurso de abertura. Ele explicou o papel desempenhado pela classe trabalhadora na sociedade e falou de sua exploração pela classe capitalista dominante. Discorreu sobre a história do movimento operário no Paquistão, seus fluxos e refluxos. Criticou o papel dos líderes dos trabalhadores que se venderam para a classe dominante. Yasir enfatizou a necessidade da unidade dos trabalhadores e uma luta conjunta para por fim ao sistema capitalista responsável por toda a miséria.
Entre os outros oradores estiveram o líder da Federação dos Trabalhadores do Paquistão, Zahoor Awan, o líder do PTCL camarada Ijaz, o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores de Ferrovias, camarada Raja Imran, o vice-presidente da Unidade Popular do Paquistão da Internacional Airlines CBA, o camarada Shoaib Khan, o secretário geral da Associação Paquistanesa dos Trabalhadores da Fábrica de Artilharia WAH, Rana Zafar. O vice-presidente da Associação do Todos os Escriturários do Paquistão (APCA), Shahzad Kayani, e Chaudhry Nadeem, líderes do Conselho de Trabalhadores no Esporte, Abdul Rauf secretário geral da União dos funcionários da Refinaria de Petróleo Attock, o presidente do Sindicato Hidro WAPDA da zona de Rawalpindi, os companheiros Malik Rateh Khan e Asif Rashid do Movimento Jovens desempregados (BNT), o secretário geral do Sindicato Ferroviário de Mehnat Kash, Rauf Khan, o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários, Tahir Awan, o secretário geral da Federação de Todos os Paramédicos do Paquistão, Shahid Jan, o secretário geral da União dos Trabalhadores em Água e Esgoto WASA, Iftikhar Khan, Tariq do APCA Instituto Paquistanês de Ciências Médicas PIMS, Chaudhry Mubashi e Mujhahid Shah do APCA de Rawalpindi, secretário geral da União Revolucionária das Ferrovias, Chaudhry Zaheer, o camaradas Fauzia Rajput dos Ferroviários, o camarada Kamran da Fábrica de Transporte Ferroviário de Islamabad, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários, Anwar Tanoli, Siddique Awan do Departamento de Obras Públicas PWD, Rooh Ullah da Associação dos Oficiais do Banco Nacional e outros.
Em seu discurso, o convidado principal, o camarada Adam Pal disse que: “o aumento dos preços e o desemprego atingiram níveis astronômicos no país e no estado, isso vai tirar aos poucos os benefícios que foram conquistados pelos trabalhadores. Trinta e oito mil pessoas por dia são empurradas para baixo da linha da pobreza, mas por outro lado, os meios de comunicações burgueses e a classe dominante estão impondo a manipulação da consciência das massas, para iludi-las. Nenhum único problema da classe trabalhadora desta região pode ser resolvido sem a destruição deste sistema. As questões levantadas pelos meios de comunicação não têm nada a ver com os trabalhadores, e na verdade elas representam os conflitos internos da classe dominantes por seus próprios interesses. As questões fundamentais enfrentadas pela classe pobre são: alimentação, roupas, moradia, saúde e educação, que não podem ser resolvidas dentro do capitalismo”.
“Enquanto a classe dominante tem atacado implacavelmente a classe trabalhadora, os líderes da classe trabalhadora compartilham essa responsabilidade com ela. Os corruptos líderes sindicais estão ajudando a classe dominante na exploração dos trabalhadores. Os trabalhadores estão ficando cansados disso tudo”.
“Os trabalhadores no Paquistão têm desafiado a relação de propriedade e estão mais uma vez unindo-se por uma greve geral para tomar o poder em suas mãos, para formar um Estado operário através da revolução socialista. Somente a formação de uma sociedade sem classes pode emancipar os trabalhadores e os pobres”. Disse ainda que: “os trabalhadores que derrotaram as forças das trevas antes, vão derrotá-las novamente, aquelas forças da reação que tentam dividir os trabalhadores em nome da raça, cor ou religião. Trabalhadores da Índia e de outros países na região virão para frente de combate, ficarão com seus irmãos e irmãs de classe do Paquistão em uma luta pela vitória do socialismo”.
Uma resolução foi aprovada com as seguintes exigências:
- Legislação no Parlamento para o Decreto das Relações Industriais de 2011 antes de 17 de março
- Escala de pagamento básico e todos os privilégios relacionados para o pessoal paramédico nos hospitais de Islamabad;
A reunião de massas foi concluída com o canto da Internacional.