Esquerda Marxista em luta contra demissão arbitrária na Unicamp

A Esquerda Marxista está em luta, junto com várias organizações, para reverter a injusta demissão do companheiro Sidney Silva ocorrida na Universidade de Campinas (Unicamp) ao impulsionar o combate para evitar a trágica demissão de 330 funcionários dos bandejões. A Fundação da Unicamp (Funcamp) o demitiu com uma farsa de uma suposta justa causa. Vale frisar que ele é trabalhador cipeiro, e que estava liderando a resistência contra essa grave agressão às liberdades democráticas e ao direito de lutar por empregos e direitos.

A demissão ocorreu pela conduta do trabalhador que teria prejudicado a Funcamp por ter participado da histórica Assembleia Unificada da Unicamp no último 15 de outubro e de ter participado da decisão coletivamente aprovada em Assembleia dos estudantes e funcionários, de realizar um “pula catraca” no Restaurante Universitário. Hipocrisia clássica que usa qualquer brecha para perseguir, assediar e, ao final, demitir quem organiza a luta da classe trabalhadora.

A Unicamp que se diz tão democrática está promovendo a demissão de um trabalhador terceirizado cipeiro por justa causa, justamente por ele estar participando da luta em defesa dos empregos. Por isso, tal atitude é um caso evidente de autoritarismo e com claro viés de perseguição. É uma prática antissindical, cerceando a liberdade de organização dos trabalhadores, buscando intimidar a luta. Uma demissão sumária, sem qualquer processo administrativo e que fere os princípios e valores que a Funcamp diz defender, nem com nenhuma das palavras feitas pela Reitoria da Unicamp na histórica Assembleia Unificada. O que vemos é que a atitude da Unicamp reflete a conjuntura, alinhada as práticas dos governos Bolsonaro e Dória.

Sabemos que o setor de alimentação é parte fundamental da universidade. A luta dos terceirizados é esquecida e negligenciada. Sindicatos fecham os olhos e os patrões pisam ainda mais. Isso ocorre em várias instituições do Estado, inclusive nas Universidades. No momento de tantos ataques ao conjunto da classe trabalhadora e da juventude, cortes na educação e destruição da Universidade pública, medidas como essa só reforçam o limite do discurso dos que dizem defender uma verdadeira democracia universitária, mas ignoram a luta dos trabalhadores da base da pirâmide dentro da própria Universidade. Sem os trabalhadores da alimentação, a universidade não funciona. Querem que a classe trabalhadora pague a conta. A vida dos terceirizados, com salários rebaixados e já sem vários direitos e mínimas condições de trabalho, é sempre a primeira a ser afetada. Não estão nem aí para a classe trabalhadora. É mais um absurdo que estamos vivendo nesta difícil conjuntura.

A Esquerda Marxista esteve desde o primeiro momento neste combate, denunciando as arbitrariedades com o anúncio das 330 demissões dos terceirizados, assim como se colocou na linha de frente da defesa do companheiro Sidney Silva. Cobramos das entidades sindicais, movimentos sociais e estudantis, além das entidades da própria Unicamp (Adunicamp, STU, APG e DCE) para que estejam firmes na luta, e sigam o compromisso de estar lado a lado dos terceirizados contra as demissões que se anunciaram.

Da mesma maneira, a Esquerda Marxista clama para todos reafirmarem o profundo repúdio à demissão persecutória realizada contra Sidney Silva, pedindo sua readmissão com julgamento favorável ao recurso protocolado junto ao Conselho Curador da Funcamp, que se reunirá agora nesta sexta-feira, dia 13 de dezembro, às 15h. Estaremos lá! Venha você também!

Nenhuma demissão! Nenhuma família na rua! Nenhum direito a menos!

Funcamp/Unicamp, garanta os empregos dos terceirizados!

Funcamp/Unicamp, reverta a demissão realizada! Reintegração do Sidney, Já!